Luiz Carlos Azedo - Brasília/DF
Correio Braziliense - 28/03/2013
A Comissão de Direitos Humanos da Câmara virou caso de polícia: dois
manifestantes foram detidos durante protestos contra o pastor Marco
Feliciano (PSC-SP) na presidência da comissão. Marcelo Reges e Allysson
Rodrigues Prata foram autuados pela Polícia Legislativa. O primeiro
porque chamou o pastor de racista, o segundo por supostamente invadir o
gabinete do deputado. Apesar da crise, Feliciano não renunciará ao
comando da comissão, que lhe garante um caminhão de votos na comunidade
evangélica.
» » »
O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), admitiu ontem
que não tem poder para demitir Feliciano. Houve um pacto perverso
entre os partidos que comandam a Câmara em relação à comissão. O PT
abriu mão de presidi-la por ter outras prioridades. Seus representantes
na comissão, porém, têm atuado para afastar Feliciano. A deputada
Erika Kokay (PT-DF), ex-presidente da comissão, foi a primeira a
denunciá-lo por homofobia.
» » »
O PMDB abriu mão de dois representantes na comissão e cedeu as vagas
para o PSC. O líder da bancada, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que é
evangélico, não moverá uma palha para afastar Feliciano, que conta com o
apoio dos oito deputados também evangélicos que integram a comissão.
Ou seja, a crise ficará no colo de Henrique Alves.
Novo partido// O presidente do PPS, Roberto Freire, convocou
uma reunião extraordinária do diretório nacional da legenda para o dia
13 de abril, em Brasília. Na pauta, o parágrafo 7º, do artigo 16 dos
estatutos da legenda: decidir sobre dissolução, incorporação e fusão do
partido e respectivos desdobramentos patrimoniais.
Candeal
O governador da Bahia, Jaques Wagner, telefonou à presidente Dilma para comunicar que o programa Luz para Todos no estado completou 500 mil ligações
Ex-empregada
A ministra do Tribunal Superior do Trabalho (TST) Delaíde Miranda
Arantes é mais do que uma especialista no tema direitos das empregadas
domésticas. Quando deixou o interior de Goiás, ainda adolescente,
trabalhou como empregada doméstica para poder concluir seus estudos de
segundo grau. Hoje, é a principal jurista brasileira na matéria.
Domésticas
Relatora da PEC das Domésticas, a deputada Benedita da Silva ,
do PT do Rio, está preocupada com a regulamentação da nova lei, que
cria uma nova categoria de empregadores. O Congresso ampliou os direitos
trabalhistas de domésticas, babás, cozinheiras e outros trabalhadores
em residências, que passarão a ter seguro-desemprego; Fundo de Garantia
do Tempo de Serviço (FGTS); garantia de salário mínimo; adicional
noturno; salário-família; jornada de trabalho de oito horas diárias e 44
horas semanais; hora-extra; e seguro contra acidente de trabalho.
Banho maria
A presidente Dilma Rousseff resolveu cozinhar o PSB em banho maria. A
ordem no governo é não esticar a corda com Eduardo Campos, para que ele
não tenha um pretexto que justifique o desembarque do PSB do governo.
Os petistas pretendem carimbar o rompimento de Campos como uma espécie
de traição.
É só querer
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem revelado a interlocutores
que o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, só não será o
candidato do PT ao Palácio dos Bandeirantes se desistir da disputa ou a
presidente Dilma Rousseff pedir para que permaneça na pasta. A
preferência de Lula virou uma charada para os petistas de São Paulo.
Haiti/ O general de divisão Edson Leal Pujol assumiu
ontem o comando militar da Missão das Nações Unidas para a
Estabilização do Haiti (Minustah). Substituiu o general de brigada
Fernando Rodrigues Goulart, que estava à frente da tropa desde março do
ano passado. Mais de 6 mil militares de 19 países integram a missão. O
efetivo brasileiro, porém, será reduzido de 1.910 para 1.450
militares.
Prejuízos/ Por causa das deficiências de
infraestrutura — estradas, ferrovias, portos — , o escoamento da
supersafra de grãos custa US$ 70 por tonelada a mais do que se paga nos
EUA. Exportadores afirmam que as perdas alcançam cifras suficientes
para construir “várias” hidrovias.
Alegria/ A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado
aprovou ontem projeto de lei que cria mais de 2,3 mil cargos em vários
órgãos do governo federal. Segundo o relator da matéria, senador Gim
Argello (PTB-DF), o objetivo é repor vagas que serão extintas com a
rescisão de contratos trabalhistas com terceirizados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário