sábado, 16 de março de 2013

Combinar com beques

Brasília-DF - Luiz Carlos Azedo
Correio Braziliense - 15/03/2013
 
A negociação da reforma ministerial encalhou onde menos se esperava: o PMDB. A ideia inicial era acomodar o partido na pasta dos Transportes, entregando-a a um politico mineiro em troca do apoio a Fernando Pimentel, ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Os mineiros, porém, querem também o Ministério da Agricultura.

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Até aí, tudo bem. O problema é que a negociação não fica nisso. O grupo de senadores que levou Renan Calheiros (PMDB-AL) de volta à Presidência do Senado não se considera representado nas articulações
do vice-presidente Michel Temer.

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Nada contra o presidente do PMDB como vice de Dilma. O problema é mais de status político. Renan quer ser tratado com a mesma deferência que foi dada ao senador José Sarney (PMDB-AL) quando este comandava o Senado.

Bancada
Com Henrique Eduardo Alves, do PMDB-RN, como presidente da Câmara, a situação não é muito diferente. Seu primo Garibaldi Alves, ministro da Previdência, é senador e não representa a bancada de deputados do PMDB, hoje sob o comando de Eduardo Cunha (RJ). O ministro da Agricultura, o gaúcho Mendes Ribeiro, em vias de ser defenestrado, ocupa o cargo por um acordo entre a presidente Dilma e seu vice.

Conversas
Renan e Henrique dialogam bem com Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB). São políticos da mesma geração, com exceção, talvez, de Henrique Alves, com mais tempo de estrada. Isso significa que vão romper com Dilma? Claro que não. Estão apenas mandando recado de que ainda não fecharam o compromisso para a reeleição da presidente da República.

Superbloco
Estima o Ministério de Minas e Energia, após recentes descobertas feitas pela Petrobras e seus parceiros no bloco BM-S-8, na Bacia de Santos, que o estoque de petróleo da camada pré-sal pode ter mais de
35 bilhões de barris


Gostou
Para o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira, o encontro de quarta-feira no Congresso, entre lideranças parlamentares e governadores, representou “o grito da Federação”. Segundo o parlamentar, o pacto federativo tem de ser uma agenda permanente do Legislativo.


Do nosso// 

 A proposta de financiamento público de campanha em tramitação na Câmara, formulada pelo relator da reforma política, deputado Henrique Fontana, do PT gaúcho, prevê a destinação de R$ 7 por eleitor, que seriam divididos entre os partidos políticos. Como há 140.646.446 de eleitores, seriam destinados R$ 984,52 milhões do Tesouro para as eleições.

Fundo/ O substitutivo do senador Walter Pinheiro (PT-BA) a oito projetos de lei complementar em tramitação no Senado para revisão dos critérios de repartição do FPE (Fundo de Participação dos Estados) ganha força. A ideia é manter o patamar de distribuição que os estados tinham em 2012.

Normas/ O Ministério do Trabalho regulamenta a segurança de máquinas e equipamentos, mas a norma que trata do assunto, modificada recentemente, enfrenta protesto generalizado do empresariado. É tão detalhada que, para ser integralmente cumprida, implicará gastos elevadíssimos.


Velhinho
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, encarregou o pecuarista João Carlos Meirelles, de 78 anos, de coordenar sua campanha à reeleição. Veterano político paulista, Meirelles cuidou do plano de governo de Alckmin na campanha presidencial de 2006. Tem amplo trânsito entre os tucanos paulistas, desde quando ocupou a poderosa Secretaria de Agricultura do governo Mário Covas.

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