Brasília-DF - Luiz Carlos Azedo |
Correio Braziliense - 14/03/2013 |
Ao precipitar a campanha eleitoral de 2014, lançando a presidente Dilma Rousseff candidata à reeleição, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez uma espécie de “apronto”. No turfe, é o último exercício de uma parelha antes da corrida; nos esportes coletivos, o último treinamento. No jargão militar, porém, tem significado mais complexo: uma espécie de teste da cadeia de comando. Mais ou menos o que está acontecendo com a base do governo Dilma com a antecipação da campanha.
É por essa razão que a reforma ministerial, inicialmente concebida para reforçar a participação do PMDB na Esplanada, acabou encruada. A antecipação do debate eleitoral serviu para revelar fissuras na base governista, a começar pela dissidência do PSB em função da virtual candidatura a presidente da República do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), que libera a legenda. O que era para ser um ajuste simples, com a entrega do Ministério dos Transportes para o PMDB, e mais algumas mexidas, acabou se tornando uma operação complicada. Os aliados descontentes com a escolha do PMDB como parceiro principal do PT passaram a namorar a candidatura de Eduardo Campos (PSB) e barganham novas posições na Esplanada para permanecer na coalizão governista. Dilma terá que entregar alguns anéis para salvar os dedos. Controle Ex-brizolista, a presidente Dilma Rousseff quer porque quer o controle do PDT. Tentou domar a legenda com Brizola Neto no Ministério do Trabalho, mas faltou cancha ao neto do fundador do partido para esvaziar o poder do ex-ministro Carlos Luppi, que pretende permanecer no comando da legenda e emplacar Manoel Dias no ministério. Brizola Neto não aceita o acordo. Mui amigo “Viu só o que eu consegui? Ampliar o poder de investimento do DF para realizar muitas obras”, anunciou o senador brasiliense Rodrigo Rollemberg (PSB) ao governador Agnelo Queiroz, em solenidade no Congresso Nacional. Rollemberg é autor do projeto de resolução que amplia o limite de endividamento anual dos estados e municípios de 16% para até 30% da receita corrente líquida em 2013 e 2014. Os dois andavam se estranhando. Muito macho Presidida pelo deputado pastor Marco Feliciano (PSC-SP), a reunião da Comissão de Direitos Humanos foi marcada hoje por protestos de manifestantes defensores dos direitos dos homossexuais e dos negros, pelo apoio de evangélicos ao pastor e por bate-boca entre parlamentares. Jair Bolsonaro, do PR-RJ, liderou a tropa de choque de Feliciano e chamou os manifestantes de “brochas”. Herança O senador Aécio Neves, do PSDB-MG, continua batendo na Petrobras, mas resolveu pegar leve com a presidente da empresa, Graça Foster. Disse que ela recebeu uma “herança maldita” dos seus antecessores: aparelhamento, ineficiência e “equívocos na transição do modelo de concessões para o modelo de partilha na exploração do petróleo”. Aécio também questionou a regularidade de algumas operações da Petrobras na aquisição de refinarias no Brasil e no exterior. Jesuítas Quem mandou o Marquês de Pombal expulsar os jesuítas do Brasil, discípulos de Manoel da Nóbrega e do padre Anchieta, que desbravaram nosso litoral? O primeiro papa latino-americano é o arcebispo de Buenos Aires, Jorge Mario Bergoglio, de 76 anos. Também é o primeiro jesuíta a assumir o pontificado, com o nome de Francisco. A ordem foi fundada em 1534 por Inácio de Loyola e o superior da Companhia de Jesus era considerado o “Papa Negro”. Dos mosqueteiros de Alexandre Dumas, PAI, o único que não morre no Visconde de Bragelone, último romance da saga de d"Artagnan, é Aramis, que vira superior da ordem. Esquizofrenia Os deputados petistas Nilmário Miranda (MG), Érika Kokay (DF) e Domingos Dutra (MA) lideram o movimento para tirar o pastor Feliciano da presidência da Comissão de Direitos Humanos. A bancada do PT, porém, banca o acordo de líderes que entregou a comissão para o PSC. Trânsito Cairam em 9,8% as mortes no trânsito de São Paulo em 2011. Mesmo assim, morreram 1.365 pessoas Roteiro/ O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, vai a São Paulo, ao Rio e a Minas; depois, Rio Grande do Sul e Bahia. É ou não é campanha? Sem papo/ O deputado Anthony Garotinho (PR) bem que tentou uma aproximação com Eduardo Campos (PSB), mas o governador de Pernambuco decidiu manter distância regulamentar do ex-governador fluminense, que já foi candidato a presidente da República pelo PSB. |
quinta-feira, 14 de março de 2013
O apronto de Lula
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