Brasília-DF - Luiz Carlos Azedo |
Correio Braziliense - 28/02/2013 |
A explicação para a dura e extemporânea nota do PMDB fluminense contra a candidatura do senador Lindbergh Farias (PT) ao governo fluminense: a candidatura do vice-governador, Luiz Fernando Pezão, à sucessão de Sérgio Cabral (PMDB) estava fazendo água. Seu estilo interiorano de fazer política estava abrindo espaços para o ataque especulativo do petista junto aos aliados de Cabral. Pezão até hoje não assumiu publicamente que será candidato e corria o risco de ver sua chance se esvair. A nota do PMDB foi escrita a seis mãos, ou seja, além do presidente do diretório regional, Jorge Picciani, que apareceu como autor do ultimato à cúpula do PT, participaram da elaboração o prefeito carioca, Eduardo Paes (PMDB), e o próprio Cabral, que se encarregou de aliviar o tom. Noves fora a resposta igualmente dura de Lindbergh, o resultado imediato da atitude da troika peemedebista fluminense foi a conversa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com Cabral, ontem. Os dois são amigos, mas não chegaram a um acordo. Pezão é o cara de Cabral para a sua sucessão, sem chance de o governador vir a apoiar um candidato do PT; Lula, porém, não pode obrigar Lindbergh a abdicar da candidatura. O petista pode migrar para o PSB e implodir o PT fluminense. Nosso garoto O governador Sérgio Cabral deixará o cargo para disputar uma vaga ao Senado e embalar a candidatura do filho Marco Antônio Cabral, que será o puxador de votos do PMDB nas eleições proporcionais para a Câmara Federal. Se permanecer no cargo de governador, o jovem de 22 anos, que deve assumir a Presidência Nacional da Juventude do PMDB no próximo sábado, será impedido de concorrer pela lei das inelegibilidades. Quem mais põe pilha no garoto é a mãe, Suzana Neves, ex-mulher de Cabral e neta do presidente Tancredo Neves. No cargo A saída de Cabral torna mais competitiva a candidatura de Luiz Fernando Pezão ao governo fluminense. Estrategistas de sua candidatura avaliam que será mais fácil para ele se eleger se estiver no exercício pleno do cargo. O poder de transferência de voto de Cabral seria menor com Pezão na planície, disputando voto no mano a mano com Lindbergh Faria e o ex-governador Anthony Garotinho (PR). Jogo bruto Considerado bom de corpo a corpo na campanha eleitoral, Lindbergh Farias está com um olho no peixe e outro na frigideira. Sabe que os adversários planejam requentar velhas denúncias sobre sua passagem pela Prefeitura de Nova Iguaçu, que estariam no freezer do Ministério Público fluminense. Sinal verde O presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi, saiu satisfeito ontem da reunião do chamado Conselhão, a primeira na gestão Dilma Rousseff . Considerou "engenhoso" o modelo das parcerias com o setor privado na área de infraestrutura: "Os bancos terão acesso aos recursos de financiamento e o risco de crédito é absolutamente possível de ser absorvido", avalia. Para Trabuco, esses projetos de infraestrutura são o novo bônus brasileiro, com retorno adequado num momento que o mundo está com recursos altamente líquidos. "Esse dinheiro está pronto, eu diria que até ansioso, para desembarcar por aqui, basta um sinal, que ele vem. E esse sinal está sendo dado." Desabafo O palhaço Tiririca (foto), do PR-SP, gravou um CD em que conta a experiência como deputado federal campeão de votos, intitulado Tiririca — Direto de Brasília. Nas 13 faixas, das quais uma se chama Estou no Poder, o parlamentar faz um "desabafo" sobre as críticas que recebeu ao ser eleito. "Eu cheguei no poder e agora estou podendo; me criticaram bastante, disseram que eu não sabia ler; fizeram muitas fofocas, que eu não sabia escrever; fiz o teste, passei e todo mundo viu; e os que me criticaram vão para...", canta o deputado na música. Vitória O senador Rodrigo Rollemberg (PSB/DF) comemorou a aprovação da Medida Provisória 581, que regulamenta o Fundo de Desenvolvimento do Centro-Oeste (FDCO), tendo como um dos operadores de crédito o Banco de Brasília (BRB). O fundo garante para a região, já em 2013,R$ 1,4 bilhão Atuais/Presidente da Academia Brasileira de Letras (ABL), a escritora Ana Maria Machado prepara para este ano as comemorações do sesquicentenário de nascimento de Raul Pompéia e o centenário da morte de Aluísio Azevedo, autores de O Ateneu e O Cortiço, respectivamente, dois clássicos da literatura brasileira. Aproveitará as efemérides para debater os temas da educação e da habitação, abordados nas duas obras. Inclusão/ A Secretaria de Reforma do Judiciário do Ministério da Justiça, em parceria com a Universidade de Brasília, começa a organizar um índice nacional de acesso à Justiça. Pesquisa levantará informações sobre a quantidade de Varas Judiciais, Juizados Especiais, Promotorias de Justiça, Defensorias Públicas etc. O índice servirá de bússola para a identificação de locais onde há mais necessidade de serviços e políticas públicas de assistência jurídica. Vai pra Minas/ A presidente Dilma Rousseff já decidiu: o Ministério dos Transportes vai mesmo para o PMDB de Minas Gerais. O estado tem a maior malha rodoviária do país e registra os maiores índices de acidentes. O deputado Leonardo Quintão, que abriu mão da candidatura a prefeito de Belo Horizonte para apoiar a aliança com o PT, é o mais cotado para a pasta. |
sexta-feira, 1 de março de 2013
Pezão é o cara
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