Por Luiz Carlos Azedo
luizazedo.df@dabr.com.br
Depois da crise que levou à cassação do mandato do ex-governador José Roberto Arruda (ex-DEM) e à renúncia do vice Paulo Octávio (DEM), Brasília caminha sem maiores turbulências institucionais para a eleição de seu novo governador. Ao contrário do que ocorre na disputa pela Presidência da República e nas eleições regionais, todos se fingem de mortos no debate pré-eleitoral. Os dois principais candidatos, o ex-governador Joaquim Roriz (PSC) e o ex-ministro do esporte Agnelo Queiroz (PT), mergulharam. Aparentemente, adotaram a política da boa vizinhança e não se atacam.
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O governador Rogério Rosso (PMDB) também não quer saber de marola. Já comunicou aos aliados que descarta a reeleição e toma medidas profiláticas para evitar que a tese de intervenção federal novamente ganhe força. A cassação da deputada distrital Eurides Brito (PMDB), proposta por unanimidade pela Comissão de Ética da Câmara Legislativa, é um recado para o Judiciário de que as medidas saneadoras da vida política do Distrito Federal estão sendo tomadas. Nada como uma cabeça na guilhotina para acalmar a fúria popular, imaginam os distritais, que de novo estão na berlinda com a revelação de como foi feito o loteamento político dos cargos do GDF.
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Rosso demitiu a diretoria do Metrô, extinguiu a Brasiliatur, escalou a vice governadora Ivelise Longhi para gerenciar as obras e instituiu a responsabilidade compartilhada de gestão dos contratos de prestação de fornecedores e prestadores de serviços. O processo de julgamento do pedido de intervenção no Distrito Federal entrou na reta final. Câmara Legislativa e governo já se manifestaram ao Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o assunto. O presidente do STF, ministro Cezar Peluso, relator do processo, pediu novo parecer do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, quanto aos critérios da intervenção. Se o julgamento não ocorrer até o recesso, em julho, é a vida que segue seu curso normal. A crise de Brasília será mesmo resolvida nas urnas.
Cabeças
Entre os 100 “cabeças” do Congresso, há 69 deputados e 31 senadores. PT, com 22 nomes, e PMDB, com 17, lideram a lista. Na elite do Congresso há seis mulheres: as deputadas Alice Portugal (PCdoB-BA), Luiza Erundina (PSB-SP), Rita Camata (PMDB-ES) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e as senadoras Ideli Salvatti (, do PT-SC, e Kátia Abreu, do DEM-TO. A lista é elaborada pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) com base nos votos de jornalistas.
Solidários
A cúpula do DEM saiu em solidariedade ao presidente da legenda, deputado federal Rodrigo Maia (RJ), citado pelo “unabomber” Durval Barbosa como um dos supostos beneficiados pelo esquema de propina do governo Arruda. Assinada pelo presidente de honra da legenda, Jorge Bornhausen (SC), a nota manifesta “estranheza com a forma com que o referido sujeito busca notoriedade — e encontra —, valendo-se da condição de criminoso protegido pelo regime de delação premiada para tentar enlamear pessoas que têm o respeito de todos justamente por sua reputação ilibada”.
Farra
Já são 86 os projetos ambientais aprovados como parte dos preparativos para a Copa do Mundo de 2014: 12 estão vinculados a obras nos estádios das cidades-sede, 53 são de mobilidade urbana, 14 para aeroportos e sete para portos. Os investimentos somam R$ 24 bilhões
Garotinha
Reviravolta nas eleições para o governo do Rio de Janeiro. Com a inelegibilidade do ex-governador Anthony Garotinho (PR), candidato a governador fluminense, decretada pelo escore de 4 a 3 pelo Tribunal Regional Eleitoral, e a cassação da prefeita Rosinha Matheus (PR), o casal de políticos pensa lançar a candidatura da filha, a vereadora carioca Clarissa Matheus (PR).
Cacife
Cinquenta e seis prefeitos do PT manifestaram ontem apoio à pré-candidatura do deputado federal Walter Pinheiro ao Senado na Bahia. O parlamentar disputa a vaga na chapa do governador Jaques Wagner (PT), candidato à reeleição, com o ex-governador Waldir Pires e o deputado Nelson Pelegrino. A segunda vaga é da ex-prefeita de Salvador Lídice da Matta (PSB).
Turrão
O presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), administra a crise da legenda em Santa Catarina. Convenceu o governador Leonel Pavan (PSDB), abatido por denúncias, a desistir da candidatura à reeleição, mas o tucano não quer saber de conversa com o DEM e se recusa a apoiar o democrata Raimundo Colombo.
Garoa
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva dispensou o convite do governador Sérgio Cabral (PMDB-RJ) para passar o fim de semana em Mangaratiba. Depois de uma maratona de eventos no Rio de Janeiro, Lula voa hoje para São Paulo. Optou pelo domingão com a família em São Bernardo do Campo.
Juscelino/ Atores farão as últimas apresentações da visita guiada ao Congresso Nacional neste fim de semana em quatro horários: às 10h, ao meio-dia, às 14h e às 16h. A iniciativa da Câmara dos Deputados e do Senado faz parte das comemorações aos 50 anos de Brasília.
Azebudsman/ Sobre a nota Emergência, publicada ontem, o Ministério da Saúde informa: não foi fechado nenhum pronto-socorro na gestão do ministro José Gomes Temporão. Das seis unidades da rede federal no Rio, o setor de emergência funciona nos hospitais de Bonsucesso, de Andaraí e de Cardoso Fontes. Os hospitais de Ipanema e da Lagoa não têm emergências desde 1999; e o dos Servidores nunca ofereceu o serviço. Já o hospital do Fundão é mantido pelo Ministério da Educação (MEC).
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