Por Luiz Carlos Azedo
Com Leonardo Santos
Vice-governador fluminense, Luiz Fernando Pezão (PMDB) começou a se movimentar como candidato à sucessão do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB). É homem do interior do estado, que pisa no barro e encarou as crises e as tragédias do estado, como a da Região Serrana, para a qual acaba de anunciar a prorrogação do aluguel social destinado às 7 mil famílias atingidas pelas chuvas deste ano, num montante de R$ 42 milhões.
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A outra opção de Cabral seria o seu secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, o bem-sucedido xerife na luta contra o tráfico de drogas nas favelas cariocas. Hoje é o nome mais competitivo entre os integrantes da equipe de Cabral, mais até do que Pezão, mas o delegado gaúcho, cada vez mais midiático, nega, categoricamente, pretensões políticas. Caso Cabral deixe o cargo para concorrer ao Senado, a candidatura de Pezão será quase irremovível. Ele assumirá o governo e concorrerá à reeleição como ocupante do Palácio Guanabara, mesmo que não tenha decolado nas pesquisas.
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Na verdade, está se armando uma grande confusão no arraial de Cabral. O prefeito Eduardo Paes (PMDB), que seria um nome forte para a sucessão, concorre à reeleição e não pretende trocar a atual cadeira pela de governador. Ao pôr um petista como vice de sua chapa, saiu fora da disputa e abriu espaço para a candidatura do senador Lindbergh Farias (PT).
Favoritismo
O petista Lindbergh Farias (foto), ex-prefeito de Nova Iguaçu, o segundo maior colégio eleitoral do estado, hoje disputa com o ex-governador Anthony Garotinho (PR) a liderança nas pesquisas de opinião para a sucessão de Cabral. Atropelado pelo debate sobre a distribuição dos royalties da camada pré-sal, assumiu a linha de frente da campanha em defesa da participação especial do Rio de Janeiro nas receitas da exploração do petróleo. Acredita na possibilidade de chegar às eleições com tanto favoritismo que receberia o apoio de Cabral. O PT só sacrificou a candidatura do deputado federal Alexandre Molon à prefeitura do Rio de Janeiro e decidiu apoiar a reeleição de Eduardo Paes com esse objetivo.
A frente
O ex-prefeito Cesar Maia aposta todas as suas fichas numa aliança com o ex-governador Anthony Garotinho (PR), que pretende voltar ao Palácio Guanabara. É uma estratégia de sobrevivência do DEM, para a qual está sendo atraído o PSDB. O caminho crítico é a aliança para a prefeitura do Rio de Janeiro, na qual são pré-candidatos os herdeiros dos dois caciques: o deputado federal Rodrigo Maia (DEM) e a deputada estadual Clarissa Garotinho (PR).
Posse //
A presidente Dilma Rousseff comparecerá à posse da presidente da Argentina, Cristina Kirchner, no próximo sábado, dia 10. De luto em razão da morte do ex-presidente Néstor Kirchner, seu marido, Cristina não compareceu à posse da presidente Dilma em 1º de janeiro.
Energia
As consultorias jurídicas do Ministério de Minas e Energia e da Casa Civil já concluíram parecer que permite a renovação das concessões de energia elétrica no país que vencem em 2015. O governo concluiu que é possível reduzir os custos do serviço. A renovação será por mais 30 anos
Farinha pouca
Mobilização para partilhar a arrecadação sobre mercadorias compradas pela internet. De acordo com a governadora do Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini (foto), do DEM, o estado tem sido prejudicado com as compras via internet porque elas são taxadas nos estados de origem. A ideia é dividir a taxação, sem aumentar o custo para o consumidor.
Nem tanto/ Embora o governo diga que o PR nunca saiu da base governista, citando a votação da DRU, quando quase toda a bancada votou com o governo, o líder da legenda na Câmara, Lincoln Portela (MG), reitera a posição de independência do partido. Segundo o deputado, tirando a DRU, a bancada foi liberada para votar contra o governo.
Controle/ Tramita no Senado projeto de Lei do senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) que prevê a transferência de poder de fiscalização da exploração de petróleo da Agência Nacional do Petróleo (ANP) para a Receita Federal. Na avaliação do senador, o acidente da Chevron mostrou que a ANP não tem capacidade técnica para monitorar a exploração do setor.
Toalha/ O governo desistiu de votar duas MPs na Câmara para não trancar a pauta do Senado e atrasar a tramitação da DRU. Uma trata de alterações nas áreas de três parques nacionais e tem validade até 12 de dezembro. Outra é um pacote de subvenção econômica para instituições financeiras ligadas ao microcrédito produtivo e tem validade até 22 de dezembro.
Entrevista/ O ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso voltará ao Roda Viva amanhã, ao vivo, a partir das 22h, na TV Cultura. A entrevista será mediada pelo jornalista Mario Sergio Conti.
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