A palavra-chave do ano-novo é prosperidade, como reza a tradição natalina. Uníssono, o governo entrou no clima e fala em crescer 5% em 2012, com inflação de 4,5%. Nos bastidores, porém, a presidente Dilma Rousseff toma medidas para enfrentar um cenário pior do que aquele que é admitido oficialmente pelas autoridades do país. O principal sinal de que não se pode dar mole para o azar é o jogo duro com o aumento dos servidores do Judiciário.
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De onde vem a ameaça? Não é dos Estados Unidos, nem da Europa. É da China. O fabuloso mercado imobiliário chinês — responsável por boa parte das nossas exportações para aquele país — emite sinais de descontrole. O consumo também caiu de 58% para 36% e o gigante asiático precisa cada vez mais de crédito para crescer, porém a taxas menores. A desaceleração da China é a incógnita que ronda o Palácio do Planalto sobre a capacidade de o Brasil absorver a crise mundial. Essa pode ser a grande diferença do impacto atual da crise mundial em relação à "marolinha" de 2008.
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E o Brasil, como fica diante desse calhau? A aposta do governo era segurar a onda com os investimentos nas obras do PAC, mas isso não foi suficiente para manter o nível de atividade econômica. Será difícil chegar a 3,5% em 2012, mesmo para os analistas mais otimistas. Aos 5% anunciados na sexta-feira pela presidente Dilma Rousseff, então, nem se fala. As obras do PAC não serão suficientes para levar o crescimento da economia ao patamar do discurso oficial. Depois do PIB zero do terceiro trimestre, como diria Delfim Neto, o desânimo tomou conta do "instinto animal" dos empresários e a economia vira o ano à beira da recessão técnica.
Alavanca
O maior problema do governo, diante da desaceleração chinesa, é o setor privado da economia. A expansão de crédito ao consumidor está perto do limite. A nova classe média bateu no teto, não tem condições de elevar seu padrão de consumo sem renda extra. A importação de produtos chineses para segurar a inflação exporta empregos e desindustrializa o país. Além disso, a carga tributária elevada e a crônica deficiência de infraestrutura limitam a competitividade dos nossos produtos. Isso significa que o país vai à breca? Não, o governo pode manter a economia razoavelmente aquecida com as obras da Copa e outros investimentos, além de estímulos à indústria.
Qualquer coisa// "Não sei exatamente o que ele disse. Mas, independente disso, o Romário é muito mal informado. Aí ele vai falando qualquer coisa", disparou Pelé, que foi criticado pelo deputado Romário (PSB-RJ) por suas relações com o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira.
Qualquer coisa//
"Não sei exatamente o que ele disse. Mas, independente disso, o Romário é muito mal informado. Aí ele vai falando qualquer coisa", disparou Pelé, que foi criticado pelo deputado Romário (PSB-RJ) por suas relações com o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira.
Aposta
O PPS decidiu lançar candidato próprio no seu congresso, mas não será tão cedo. Sob comando de seu fundador, o deputado Roberto Freire, a legenda aguarda o desenrolar da disputa interna do PSDB. Cada vez mais distante da vaga de candidato tucano a presidente da República, o ex-governador paulista José Serra já disse aos amigos que não abre mão de concorrer ao cargo pela terceira vez. Mesmo que deixe a companhia do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Os fominhas
Dos 513 deputados federais, apenas 13 tiveram 100% de presença no plenário ao longo do ano, sem uma falta sequer nas 202 sessões. São eles: Alexandre Leite (DEM-SP), Edivaldo Holanda Junior (PTC-MA), Hermes Parcianello (PMDB-PR), Jesus Rodrigues (PT-PI), Lincoln Portela (PR-MG), Lourival Mendes (PTdoB-MA), Lúcio Vale (PR-PA), Luiz Fernando (PSDB-SP), Manato (PDT-ES), Pedro Chaves (PMDB-GO), Reguffe (PDT-DF), Salvador Zimbaldi (PDT-SP) e Tiririca (PR-SP).
Tem pressa
A ministra Rosa Weber tomará posse nesta segunda-feira, às 10h, no Supremo Tribunal Federal (STF). Aprovada pelo Senado na última terça e nomeada na sexta, a substituta de Ellen Gracie será empossada no plenário do Supremo em solenidade que terá a presença de 2 mil convidados. O Supremo há mais de um mês se dedica à organização da cerimônia. A pressa da ministra tem uma razão: quer se assenhorar dos processos antes do recesso e começar a trabalhar.
Minérios
Pela primeira vez na série histórica da balança comercial, as exportações de Minas Gerais ultrapassaram os US$ 35 bilhões. Segundo maior exportador brasileiro, secundando São Paulo
(US$ 54,663 bilhões), de janeiro a novembro de 2011 as vendas mineiras ao mercado exterior somaram US$ 37,986 bilhões.
Mais um/ A Câmara Municipal de Campinas (SP) vota na terça-feira o impeachment do prefeito Demétrio Vilagra (PT). A cassação foi proposta por uma comissão que apresentou na sexta-feira o relatório com a conclusão da investigação sobre as denúncias de irregularidades cometidas em contratos da prefeitura com a Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento de Campinas (Sanasa).
É aqui/ A situação de 800 refugiados haitianos nos municípios acreanos de Assis Brasil, Epitaciolândia e Brasileia, na tríplice fronteira do Brasil com a Bolívia e o Peru, será debatida na terça-feira na Comissão de Relações Exteriores do Senado. Segundo o Ministério Público Federal (MPF) no Acre, os haitianos retidos na fronteira não recebem o acolhimento humanitário adequado e oneram o Estado. O governo estadual ameaça suspender, após o Natal, a assistência que presta aos refugiados.
Aeroportos/ A Infraero e o Sindicato dos Aeroviários realizam uma audiência de conciliação amanhã para ver se chegam a um acordo salarial. Os trabalhadores nos aeroportos ameaçam entrar em greve às vésperas do Natal.
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