Por Luiz Carlos Azedo
Com Leonardo Santos
luizazedo.df@dabr.com.br
Três mosqueteiros da oposição no Senado, desafetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, estão em sério risco eleitoral em seus estados: Arthur Virgílio (PSDB-AM), Tasso Jereissati (PSDB-CE) e Heráclito Fortes (DEM-PI). Como Aramis, Athos e Porthos, em O Visconde de Bragelonne, de Alexandre Dumas, correm o risco de morrer em meio à batalha.
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Arthur Virgílio está isolado no Amazonas, numa disputa na qual não conseguiu uma coligação robusta e lançou como candidato a governador o vereador Hissa Abrahão (PPS). Enfrenta o ex-governador Eduardo Braga (PMDB) e a deputada Vanessa Grazziotin (PCdoB) como principais concorrentes. No Ceará, Tasso rompeu com o clã dos Gomes por causa da candidatura do deputado petista José Pimentel na chapa do governador Cid Gomes (PSB), candidato à reeleição. Enfrenta ainda Eunício Oliveira, candidato a senador do PMDB.
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No Piauí, Heráclito Fortes foi surpreendido pela candidatura do deputado Ciro Nogueira (PP), que também entrou na disputa. Já enfrentava a concorrência do ex-governador petista Wellington Dias e de seu companheiro de chapa, Mão Santa (PSC). Além disso, concorre graças a uma liminar para escapar da Lei da Ficha Limpa.
Escapa
Dos caciques da oposição na linha de tiro do presidente Lula, o líder do DEM, o senador José Agripino Maia, é o que está em melhor situação eleitoral. No Rio Grande do Norte, enfrenta o senador Garibaldi Alves Filho (PMDB) e a ex-governadora Vilma de Faria (PSB), mas leva a vantagem por ser o único candidato ao Senado na chapa de Rosalba Ciarlini (DEM), que lidera a disputa pelo governo do estado.
Bancada
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer eleger 16 senadores do PT e garantir, com isso, a Presidência do Senado para a legenda num eventual governo da petista Dilma Rousseff. Caso o eleito seja o tucano José Serra, avalia que poderá infernizar a vida do seu sucessor. Aposta na eleição de Paulo Paim (RS), Cláudio Vignatti (SC), Gleisi Hoffmann (PR), Marta Suplicy (SP), Fernando Pimentel (MG), Lindberg Faria (RJ), Carlos Abicalil (MT), Delcídio Amaral (MS), Walter Pinheiro (BA), Wellington Dias (PI), José Pimentel (CE), Humberto Costa (PE), Paulo Rocha (PA), Jorge Viana (AC), Ângela Portela (RR) e Fátima Cleide (RO). Hoje o PT tem oito senadores, enquanto o PMDB tem 18. O PSDB tem 14 e o DEM, 13 parlamentares.
Pé no barro
Candidato natural à Presidência da Câmara, o líder do governo, deputado Cândido Vaccarezza, durante a campanha, passará apenas 48 horas por semana em Brasília. Por causa da ascensão meteórica no primeiro mandato, no qual se tornou um dos principais articuladores governistas, abandonou as bases eleitorais e agora corre atrás do prejuízo. Vaccarezza foi o artífice do acordo do PT com o PMDB que garantiu a eleição de Arlindo Chinaglia (PT), em 2007, e do atual presidente da Casa, Michel Temer (PMDB).
Termômetro
Nesta semana serão divulgadas 12 pesquisas de intenção de votos. Foram realizadas pelos institutos Ibope — para presidente e vice —, Cooperfil, Ecope, Class, DataAz, Promotion, Mapa, Serpis, Nassau e IPC — para governadores e senadores no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina, em Goiás, em Tocantins, no Piauí e em Pernambuco.
Correio
As exportações por via postal já aumentaram 30% neste ano. Os principais destinos foram os Estados Unidos, seguidos pela Argentina e pelo México. O valor exportado foi de US$ 23,7 milhões
Freio de mão
Com a saída do ex-governador Anthony Garotinho (PR) da disputa pelo Palácio Guanabara, o governador fluminense Sérgio Cabral (PMDB) puxou o freio de mão na campanha eleitoral, cuja equipe de comunicação chegou a contar com 230 pessoas. Hoje, faz campanha na famosa feira de Duque de Caxias, reduto de nordestinos e do prefeito tucano José Zito.
Imexível
Dilma Rousseff não poupa elogios ao ministro da Fazenda, Guido Mantega. Segundo ela, em meio à crise mundial, no rastro da crise imobiliária norte-americana, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu à equipe econômica uma proposta anticíclica, Mantega remanejou o Orçamento e voltou com R$ 26 bilhões para o programa Minha Casa, Minha Vida. O projeto é a menina dos olhos da plataforma eleitoral da petista.
Pesos pesados/ O presidente Lula e o presidente da Comissão Europeia, o português Durão Barroso, encerram juntos, na quarta-feira, no Itamaraty, o 4º Encontro Empresarial Brasil- União Europeia, promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pela sua congênere, o Business Europe.
Dossiê/ O depoimento do secretário da Receita Federal, Otacílio Cartaxo, deve ocorrer na próxima quarta-feira, na Comissão de Constituição e Justiça. O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) cobra explicações sobre o vazamento do sigilo fiscal do vice-presidente executivo do PSDB, Eduardo Jorge.
Astral/ A jornalista Kátia Maranhão, ex-Casseta e Planeta, lança amanhã, às 19h, na Fnac (ParkShopping de Brasília), o blog Notícias que fazem bem.
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