Por Luiz Carlos Azedo
Com Leonardo Santos
luizazedo.df@dabr.com.br
As pesquisas deste fim de semana — Vox Populi e Datafolha — mostram que Dilma Rousseff (PT) novamente ultrapassou José Serra (PSDB) na corrida pela Presidência da República. A vantagem é de 8% na pesquisa da Vox Populi, com 3 mil entrevistas. Hoje, o Datafolha divulga novo levantamento, com quase 11 mil entrevistas. Ou seja, com margem de erro menor.
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Dilma já tem mais de 50% de intenção de votos no Maranhão, no Piauí, no Rio Grande do Norte, na Paraíba, em Pernambuco e na Bahia. O dobro de Serra, que não chega aos 25% dos votos nesses estados, com exceção do Rio Grande do Norte e da Paraíba, onde gravita em torno dos 30%. Até aí, nada demais, pois os votos do Nordeste foram capturados pela petista faz tempo.
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Os maiores problemas de Serra estão no Sul e no Sudeste, regiões nas quais o fôlego de sua campanha vem caindo. Dilma abriu mais 15% de vantagem no Rio de Janeiro e já tem 5% em Minas. Em São Paulo, a vantagem de Serra caiu para 9%. No Paraná, para 8%; no Rio Grande do Sul, para apenas 5%. Somente em Santa Catarina, mantém uma distância de dois dígitos: 11%.
Dois turnos
Marina Silva, candidata do PV, manteve sua posição na disputa, com 8% de intenções de votos. Nesse patamar, ainda é o fiel da balança para que a eleição tenha dois turnos. A estratégia de Marina, isolada politicamente e sem tempo de televisão, é sustentar suas posições utilizando as redes sociais da internet. Marina virou um grande problema para Dilma.
Alianças
O desempenho da economia e o peso das políticas sociais, além dos índices de aprovação do governo e o prestígio de Lula, catapultaram o favoritismo de Dilma Rousseff. Porém, não se pode desprezar o papel da política de alianças do PT no processo eleitoral, o que explica muita coisa em relação, por exemplo, à situação de Serra no Sudeste e no Sul. Na verdade, o PT trabalhou com uma política de frente única e o PSDB só pensou no próprio umbigo.
Idiossincrasias
As idiossincrasias tucanas atrapalham o candidato do PSDB. Serra não conseguiu um candidato a vice mineiro para compor sua chapa, ficou sem candidato a governador no Rio e seu grupo vive se digladiando com o de Geraldo Alckmin, candidato tucano a governador em São Paulo. No Rio Grande do Sul, Serra não removeu a candidatura à reeleição da governadora Yeda Crusius (PSDB). No Paraná, o tucano Beto Richa atropelou Álvaro Dias (PSDB), o vice que não foi, na disputa pela vaga de candidato a governador. Para complicar, o irmão do senador tucano, Osmar Dias (PDT), é o candidato governista.
Debates
A grande esperança do tucano José Serra para reverter a vantagem de Dilma Rousseff está nos debates eleitorais, oportunidade de confronto direto com a petista. O calendário é o seguinte: Bandeirantes, 5 de agosto; Folha/UOL, 18 de agosto; Rede TV!, 12 de setembro; Rede Record, 28 de setembro; e TV Globo, 30 de setembro.
Eleições
Alguém precisa explicar: por que Sergipe precisa de mais recursos adicionais para realizar as eleições do que os estados de São Paulo (R$ 4 milhões) e do Pará (R$ 2,7 milhões)? O estado nordestino recebeu R$ 4,4 milhões
Deixa disso
O presidente Lula deve exercer um papel importante para baixar os ânimos entre Colômbia e Venezuela. Os dois países serão os últimos de um tour que Lula fará pela América do Sul na próxima semana. O presidente também visitará o Paraguai e o Uruguai.
Descolada
Líder nas pesquisas de opinião, a candidata do PT ao Senado, Marta Suplicy, deu o troco no candidato petista ao Palácio dos Bandeirantes, Aloisio Mercadante, que colou sua campanha na do cantor e apresentador Netinho, candidato a senador pelo PCdoB. “Marta é Marta, seja qual for o seu lado”, diz o jingle de campanha feito por Duda Mendonça (foto). A petista está de olho no segundo voto dos tucanos.
Multada/ Dilma Rousseff perdeu mais um prazo para recurso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e terá que pagar outra multa por propaganda eleitoral antecipada. O TSE condenou a petista pelos discursos realizados durante a inauguração do Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti (RJ), em março deste ano. O valor da pena é de R$ 5 mil.
Minúsculos/ Estrategistas de campanhas de candidatos nanicos estão recorrendo à tecnologia para driblar a inexistência de propaganda nas TVs em municípios do interior onde o sinal televisivo é das capitais. A alternativa é distribuir DVDs que seriam veiculados nos programas eleitorais gratuitos.
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