Por Luiz Carlos Azedo
Com Leonardo Santos
O governo fechou um acordo com os ruralistas para votar o novo Código Florestal na próxima semana. Será nos termos do texto negociado pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e o relator do projeto, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), na noite de quarta-feira passada.
A pressão dos ruralistas para votar o relatório na tarde de ontem foi enorme. Para isso, contavam com o apoio da oposição, interessada em derrotar o governo. O Palácio do Planalto resistiu e conseguiu negociar a data da votação: terça-feira. Quer tempo para verificar se há “pegadinhas” no texto.
O acordo pegou de surpresa a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva (PV), que não participou dessa última rodada de negociação. O líder do Partido Verde, deputado Sarney Filho (MA), foi excluído da discussão: “Não participamos dos entendimentos e agora vamos analisar a Emenda 164, que o relator incluiu no texto. A decisão de votar a proposta ocorre no mesmo dia em que a ministra do Meio Ambiente anunciou que o desmatamento da Amazônia está fora de controle”.
Enrolando
Subiu no telhado o acordo para votação e aprovação no plenário do substitutivo à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) n° 11, de autoria do senador Aécio Neves, PSDB-MG, que restringe o abuso de edição de medidas provisórias (MPs) pelo governo federal. O projeto prevê que uma comissão mista de senadores e deputados analise se a MP cumpre os requisitos de urgência e relevância previstos pela Constituição, assegura tempo maior para que o Senado possa avaliar a medida e impede que ela trate de mais de um tema. O líder do governo, senador Romero Jucá, do PMDB de Roraima, manobra para evitar a votação.
Violência
Pesquisa feita pelo Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP) revela que o padrasto (29%), o tio (15%) e o primo (6%) frequentemente agridem as crianças, mas é o pai o agressor mais comum, respondendo por 38% dos casos
Digital
O vice-presidente da República, Michel Temer, fechou um acordo de cooperação científica para viabilizar a construção da Cidade Digital em Brasília. O projeto será realizado nos moldes do Centro de Inovações de Skolkovo, em Samara, arredores de Moscou, desenvolvido pelas principais universidades da Rússia.
Jabuticaba
O relator da reforma política na Câmara, Henrique Fontana, do PT gaúcho, pretende propor a adoção do voto “proporcional misto” na reforma política. “Nele, o eleitor vota uma primeira vez para escolher o partido de sua preferência e, a seguir, vota uma segunda vez para o parlamentar de sua escolha. São dois votos, um no partido e o outro no candidato”, explica. Deputados federais e estaduais e vereadores seriam eleitos de acordo com a votação de cada partido, sendo metade da bancada pela ordem da lista e a outra metade, composta pelos mais votados.
Irada
A presidente Dilma Rousseff ficou irritada quando soube que o Sistema Único de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa), criado no governo Lula, ainda não está funcionando. Sem o sistema, os agricultores têm tido dificuldade em fazer o leite, o salame e o queijo circularem além do próprio município. O secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, relatou o fato aos 5 mil agricultores acampados em Brasília.
Distrital/ O ex-governador José Serra esteve ontem nos gabinetes do senador Pedro Taques (PDT-MT) e do deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) para debater a reforma política. O tucano defende a adoção do voto distrital nas eleições municipais de 2012.
Tabela/ A comissão de Meio Ambiente e Defesa do Consumidor do Senado, presidida por Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), aprovou em caráter terminativo o projeto do senador Gim Argello (PTB-DF) que estabelece 15 dias de prazo máximo para as empresas devolverem aos clientes o dinheiro pago a mais em cobranças indevidas. A matéria seguiu direto para a Câmara.
Beata/ A Bahia está em contagem regressiva para a beatificação de irmã Dulce. Será no domingo, no Parque de Exposições de Salvador, onde estão sendo esperadas 80 mil pessoas.
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