Por Luiz Carlos Azedo
Com Leonardo Santos
A cúpula do PMDB observa o cenário político como quem não quer nada, mas quer tudo ao mesmo tempo. Pela primeira vez desde a posse da presidente Dilma Rousseff, a legenda ocupa a posição de grande fiadora do governo no Congresso — pelo peso de sua representação na Câmara e no Senado.
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Longe de confusões, o vice-presidente Michel Temer passou a semana no exterior, em razão da viagem a Moscou, e passa o domingão em São Paulo. Sabe que o Palácio do Planalto precisa de sua liderança com deputados e senadores do PMDB. Basta ver a ginástica que o governo está fazendo para evitar um retrocesso ambiental com a aprovação de um novo Código Florestal pró-ruralistas.
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O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), é um aliado que não vacila, mas a dupla Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo, e Renan Calheiros (PMDB-AL), líder da bancada, esfrega as mãos: chegou a hora de resolver as demandas dos aliados. Porque a bancada começa a manifestar grande insatisfação com o governo. Não esperem, porém, atitudes incendiárias do PMDB. Ao contrário do PT, o partido gosta é de ser bombeiro.
Radicalizou
Relator da reforma administrativa do Senado, o senador Ricardo Ferraço (foto), do PMDB-ES, esticou a corda com os colegas e os servidores da Casa ao propor uma reforma administrativa radical, que extingue muitos cargos comissionados e reduz a 25 o número de servidores nos gabinetes dos senadores (se todos trabalhassem, não haveria espaço para as mesas). Apesar das caras feias, o senador pretende agora discutir com as bancadas e os servidores as propostas apresentadas, entre elas a eleição do diretor-geral pelo plenário do Senado.
Casa cheia
O Senado inchou com o tempo. Apesar de senadores e servidores terem plano de saúde com direito ao Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, a Casa tem serviço médico próprio, com 48 médicos, oito dentistas e mais 43 profissionais da área de saúde. A média de funcionários é de 72 para cada senador, num total de 5.880 servidores
Ficha limpa
O ex-governador José Roberto Arruda (sem partido) não morre antes de morrer. Nove entre dez criminalistas apostam que estará livre da Lei da Ficha Limpa nas eleições de 2014. Uma barbeiragem no processo, que ainda tramita em primeira instância, pode fazer do escândalo que o derrubou do Palácio do Buriti uma grande chicana. Para ser impedido de disputar a eleição, ele teria que ser julgado em primeira e segunda instâncias.
Trânsfuga
A cúpula do PSB quer impedir a transferência do deputado Gabriel Chalita para o PMDB com o objetivo de concorrer à Prefeitura de São Paulo. O mandato ficaria com a legenda por causa do princípio da fidelidade partidária. Chalita pretende recorrer à Justiça, sob a argumentação de que estava sendo estigmatizado na legenda. Por trás do jogo duro, uma conversa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, presidente do PSB. Chalita é ligadíssimo ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).
Adoção/ A vice-presidente da Câmara, deputada Rose de Freitas, comanda amanhã, no plenário Ulysses Guimarães, sessão solene que festeja a vigência da Lei Nacional da Adoção (nº 10.447/02). E instituiu o 25 de maio como o Dia Nacional da Adoção.
Seguros/ Um dos maiores entusiastas da reforma da saúde dos Estados Unidos, o ex-congressista democrata Patrick Kennedy, filho do falecido senador Ted Kennedy, virá ao Brasil para participar da 5ª Conseguro, principal evento do setor de seguros do Brasil. Será em Brasília, no início de junho.
Inovação/ O Prêmio Nacional de Inovação 2011, promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria com o Movimento Brasil Competitivo (MBC), encerra as inscrições em 31 de maio. Nas categorias Gestão da Inovação, Design, Responsabilidade Social e Competitividade, os prêmios variam de R$ 300 e R$ 700 mil.
Recadastramento/ O Tribunal Superior Eleitoral começa amanhã a coletar as impressões digitais de todos os eleitores de Alagoas. O estado adotará o sistema de votação por meio de urnas biométricas a partir das eleições municipais de 2012.
Mulheres//
Diretora executiva da ONU Mulheres, a ex-presidente chilena Michelle Bachelet prepara sua visita ao Brasil, prevista para 13 de junho, quando deverá se encontrar com a presidente Dilma Rousseff.
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