Nota da Ajufe e da Apajufe esclarece supostos "vazamentos" de informações da Operação Lava Jato:
A
Associação dos Juízes Federais do Brasil (AJUFE) e a
Associação Paranaense dos Juízes Federais (APAJUFE),
em razão das inúmeras declarações
públicas de supostos “vazamentos” de
informações sigilosas na denominada "Operação
Lava Jato", esclarecem:
Os processos judiciais, em regra,
são públicos e qualquer pessoa pode ter acesso, inclusive
às audiências, salvo nas hipóteses de segredo de
justiça de acordo com as previsões legais dos artigos
5º, LX, e 93, IX da Constituição. A publicidade dos
processos e das decisões judiciais visa exatamente a garantir o
controle público sobre a atividade da Justiça.
As
10 (dez) ações penais da “Operação Lava
Jato” que tramitam na 13ª vara federal da Justiça Federal
do Paraná não estão em segredo de justiça,
inclusive a ação penal na qual foram realizados os
interrogatórios dos acusados Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef,
entre outros réus.
Por outro lado, os depoimentos
prestados na fase de investigação e em decorrência da
delação premiada encontram-se em segredo de justiça,
sob a análise do Supremo Tribunal Federal, e não se confundem
com as declarações prestadas ou que ainda serão
prestadas na referida ação penal, que são de
caráter público.
Diante disso, declaramos total
apoio e confiança no trabalho desenvolvido com zelo e
responsabilidade pela Justiça Federal do Paraná a partir da
investigação da Polícia Federal e do Ministério
Público Federal na denominada “Operação Lava
Jato”.
A AJUFE e APAJUFE não aceitam qualquer
declaração que possa colocar em dúvida a lisura,
eficiência e independência dos magistrados federais
brasileiros.
Antônio César Bochenek
Presidente
da Ajufe
Anderson Furlan
Presidente da Apajufe
Um comentário:
Os juizes estão corretos e seguem a tradição da justiça brasileira. É, foi, e sempre será uma justiça política e seletiva.
É o jogo.
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