O candidato à
Presidência Aécio Neves (PSDB) recebeu neste fim de semana o apoio de Marina Silva (PSB), terceira colocada no
primeiro turno, com mais de 22 milhões de votos, e da família
do falecido ex-governador de Pernambuco e ex-candidato a presidente
Eduardo Campos (PSB), isto é, de sua viúva, Renata Campos, e de seus
filhos.
O apoio Marina transferirá ainda mais votos a Aécio. Segundo o último Ibope, 64%
dos eleitores de Marina já apoiavam o candidato
tucano. A
aliança de Marina Silva com o PSDB ajudará Aécio
nos grandes centros urbanos, cujos eleitores querem melhores serviços públicos e menos corrupção. Esse segmento participou
dos protestos de rua em junho do ano passado e se identifica com Marina.
O
apoio da família Campos fortalecerá o candidato do PSDB no Nordeste, sobretudo em Pernambuco. Aécio Neves já havia conquistado
outras adesões de peso: do PSB (histórico aliado do PT nas eleições
presidenciais), do PPS, do PV e do PSC. Registra-se que Eduardo Jorge
(PV) e Pastor Everaldo (PSC), candidatos derrotados no primeiro turno,
também apoiarão Aécio.
Marina, Eduardo Jorge e Pastor Everaldo somaram mais de 23,5 milhões de votos no primeiro turno (22,68%).
Desde a eleição de 2002, essa é a primeira disputa de segundo turno em
que o PSDB consegue atrair aliados.
Em 2002, os candidatos Ciro Gomes
(então no PPS) e Anthony Garotinho (na época filiado ao PSB) apoiaram
Lula (PT) contra José Serra (PSDB).
Em
2006, Cristovam Buarque (PDT) e Heloisa Helena (PSOL), respectivamente,
segundo e terceiro colocados, ficaram neutros, não apoiando Geraldo
Alckmin (PSDB) contra Lula (PT), então candidato à reeleição.
Em 2010, Marina Silva (então filiada ao PV) ficou neutra no segundo turno entre Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB).
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