Brasília-DF - Luiz Carlos Azedo |
Correio Braziliense - 08/02/2013 |
A bancada do PMDB dava como certa a indicação de Gabriel Chalita para o Ministério da Ciência e Tecnologia, mas a nomeação subiu no telhado. Consta que a presidente Dilma Rousseff teria se irritado com declarações do peemedebista dando como certa a nomeação. » » » Na verdade, a ida de Chalita para o Ministério da Ciência e Tecnologia ficou incerta desde que uma ala petista de São Paulo, estimulada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, passou a defender o apoio do PT a uma candidatura do PMDB ao Palácio dos Bandeirantes. A intenção é deslocar o presidente da legenda, Michel Temer, da vice-presidência da República para o governo de São Paulo, mas a candidatura poderia cair no colo de Chalita. » » » Dois ministros de ponta do governo Dilma registraram grande incômodo com isso, ambos ligados à área de Ciência e Tecnologia devido às atividades-fim: o titular da Educação, Aloizio Mercadante, e o colega da Saúde, Alexandre Padilha. Ambos sonham com a cadeira do governador tucano Geraldo Alckmin. A ministra da Cultura, Marta Suplicy, que também compartilha esse desejo, nem precisou se mexer. Carismático O argumento que mais pesa contra a ida de Gabriel Chalita para o Ministério da Ciência e Tecnologia é sua ligação com o movimento carismático da Igreja Católica, a rigor, o eixo principal de sua base eleitoral. Criacionistas Como se sabe, Gabriel Chalita é ligado aos criacionistas, que são uma corrente de intelectuais, liderada pelos membros da Academia de Ciências do Vaticano, que se opõe às pesquisas com embriões e à legalizacão do aborto, entre outros assuntos polêmicos. A reação à indicação de Chalita na comunidade científica brasileira (majoritariamente laica) é muito forte. Dez anos//
O PT decidiu celebrar os seus 10 anos no poder com a realização de 13 seminários em diferentes regiões do país. O primeiro contará com a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu se prepara para ir a todos.
Caiu a ficha/ O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, foi a La Paz para se reunir com o colega boliviano, Carlos Romero. Na pauta, o combate ao crime organizado e ao tráfico de drogas. O governo brasileiro quer permissão para que veículos aéreos não tripulados da PF sobrevoem espaço aéreo boliviano. Para o Brasil, o saldo da política cocaleira do presidente Evo Morales é a epidemia de crack. Qualidade/ O prefeito Eduardo Paes e o secretário estadual de Defesa Civil e comandante-geral do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, coronel Sérgio Simões, firmaram acordo com o Sindicato dos Hotéis, Bares e Restaurantes para casas noturnas, restaurantes e bares da cidade. Agricultura O ministro Mendes Ribeiro, da Agricultura, que se recupera de um câncer, não tem a menor intenção de deixar a pasta para facilitar um rearranjo da equipe ministerial. A propósito, a presidente Dilma Rousseff costuma ser solidária com os aliados que enfrentam tratamentos quimioterápicos e radiológicos, até porque já passou por essa experiência. Mendes Ribeiro é peemedebista, mas foi escolhido por ser amigo da presidente da República.
Quer conversar
Ressabiado com os aliados do PMDB, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, do PMDB, até hoje cobra a solidariedade do partido na questão dos royalties de petróleo. Agora que o comando do Congresso passou a mãos amigas, ou seja, às do senador Renan Calheiros, no Senado, e do deputado Henrique Eduardo Alves, na Câmara, Cabral tem esperanças de que o assunto seja tratado com mais racionalidade e carinho para com o Rio de Janeiro.
O veto Aprovada pela Câmara em novembro do ano passado, a lei que redistribui os recursos dos royalties do petróleo entre todos os estados da Federação foi parcialmente vetada pela presidente Dilma Rousseff, em seu artigo 3º. Cabral quer manter o veto para não perder receita da ordem de R$ 20 bilhões
Sem teto
A deputada Erika Kokay, do PT-DF, resolveu apoiar os integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) no Distrito Federal que ocupam há um mês a área intitulada “Novo Pinheirinho”, no Pistão Sul, em Taguatinga. “Entendo que a luta do movimento no DF tem como principal objetivo o direito à moradia, direito este tantas vezes mencionado pela presidente Dilma Rousseff.” |
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013
De bom tamanho
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013
Meu pirão primeiro
Brasília-DF - Luiz Carlos Azedo
Correio Braziliense - 07/02/2013
O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), após visita de cortesia ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, anunciou que não há “o menor risco de confronto” entre as duas instituições. Cumprirá as formalidades para cassação dos mandatos dos parlamentares condenados na Ação Penal 470 . Estão nessa situação os deputados José Genoino (PT-SP), João Paulo Cunha (PT-SP), Pedro Henry (PP-MT) e Valdemar Costa Neto (PR-SP).
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Alves foi enfático: “Não há a menor possibilidade, o risco mínimo, de qualquer confronto entre o Legislativo e o Judiciário. Zero. Quem pensar diferente, é como diz o dito popular, pode tirar o cavalinho da chuva. Não há a menor possibilidade. É imenso o respeito do Legislativo com o Judiciário, e vice-versa”, destacou.
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Político tradicional, decano da Câmara, curtido pelas agruras da disputa pelo cargo, Henrique Eduardo Alves não quer briga com o Supremo. No seu discurso de posse, em nenhum momento afirmou que a decisão do Supremo não seria cumprida. Apenas disse que a palavra final da Câmara será o que está previsto na Constituição, ou seja, declarar os mandatos cassados com base no devido processo legal.
Fundo
A aprovação das novas regras de distribuição do Fundo de Participação dos Estados (FPE) será uma das prioridades da agenda parlamentar do novo presidente do Senado. “É importante mobilizar todos os esforços para votarmos as novas regras do FPE”, disse Renan Calheiros (PMDB-AL).
Aftosa
O Ministério da Agricultura alterou o cronograma de combate à febre aftosa. O país somente será reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal como território livre de aftosa em 2015. O ministro Mendes Ribeiro até que tentou atingir a meta no ano passado, mas faltaram meios para alcançar o objetivo.
Balanço
O senador pelo Distrito Federal Rodrigo Rollemberg, que acaba de assumir a liderança do PSB no Senado, se reuniu ontem com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, presidente do partido. Campos se mostrou muito satisfeito com a posição das bancadas do PSB na Câmara dos Deputados e no Senado durante a eleição dos novos presidentes das Casas. No Senado, os socialistas apoiaram Pedro Taques (PDT-MT). Na Câmara, endossaram a candidatura do colega de partido, Júlio Delgado (MG), que surpreendeu ao conseguir 165 votos. Os dois candidatos enfrentaram os favoritos do PMDB, que acabaram eleitos.
Vetos
A presidente Dilma Rousseff continua mandando a caneta nos contrabandos aprovados pela Câmara e pelo Senado nas medidas provisórias. O número de vetos presidenciais subiu para 3.111
Carinho
O Palácio do Planalto terá que cortar um dobrado para conseguir votar o Orçamento da União antes dos vetos presidenciais. A base governista, majoritariamente, ameaça derrubar a sessão se não forem votados os vetos. Nada que a liberação das emendas parlamentares não resolva.
“Na Mesa!”
Na terça-feira, mesmo não eleito para a Mesa da Câmara, o deputado Inocêncio Oliveira (PR-PE) assumiu a presidência da sessão. Nenhum de seus novos integrantes estava em plenário. Foi saudado pelo colega Esperidião Amin (PP-SC): “O senhor está no lugar onde melhor serve ao Brasil, na Mesa!”.
Nova data//
Para o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), a “prioridade absoluta” do Congresso é apreciar o Orçamento da União de 2013 na terça-feira, dia 19, logo depois do carnaval. Segundo ele, o parecer emitido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux não impede a análise de matérias que não estão vinculadas aos vetos presidenciais.
Perigo/ Alguns gabinetes de senadores são forrados com a mesma espuma usada na boate Kiss, de Santa Maria. A mesma que, queimada, produziu o cianeto, responsável por centenas de mortes na tragédia. Perigosas, mas totalmente à prova de som. Os assuntos sigilosos tratados nos gabinetes não vazam.
Copa/ A Dufry Sports será a operadora de vendas da Copa das Confederações da FIFA Brasil 2013 e da Copa do Mundo FIFA Brasil 2014, com lojinhas em todos os estádios.
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013
Ziriguidum...
Brasília-DF - Luiz Carlos Azedo |
Correio Braziliense - 06/02/2013 |
Morreu na praia a convocação do Congresso Nacional para aprovação do
Orçamento da União de 2013 ontem. A reunião dos líderes da Câmara e do
Senado para discutir o encaminhamento da votação foi de vaca estranhar o
bezerro. O desentendimento foi tão grande que a sessão acabou adiada
para depois do carnaval pelo presidente do Congresso, Renan Calheiros
(PMDB-AL), que havia convocado a reunião logo após tomar posse.
Até mesmo o PMDB do vice-presidente Michel Temer e de Renan bateu cabeça na reunião. O líder da bancada no Senado, Eunício Oliveira (CE), defendeu a realização da sessão e a aprovação do Orçamento. O vice-líder da Câmara, Marcelo Castro (PI), foi contra a votação, exigindo primeiro a apreciação dos 3 mil vetos da presidente Dilma Rousseff que estão engavetados no Congresso. Castro recebeu do novo líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), a tarefa de representar a bancada na reunião porque o titular, que é fluminense, se considerou impedido de apreciar a matéria, por causa da posição em defesa da participação especial do Rio de Janeiro na distribuição dos royalties do petróleo. Com a decisão, o Congresso foi esvaziado e os parlamentares começaram a voltar para seus estados ontem mesmo. É o recesso do carnaval. Reforço Líder do PSB no Senado, a senadora Lídice da Mata (BA) fez coro com os partidos de oposição (PSDB, DEM e PPS) contra a votação do Orçamento da União. Na reunião dos líderes congressistas, a senadora afirmou que o seu partido quer cumprir a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de votar primeiro os mais de 3 mil vetos presidenciais, para só depois apreciar o Orçamento de 2013. Agenda Novo líder do PT no Senado, o piauiense Wellington Dias não fez o menor esforço para votar o Orçamento ontem. Na discussão da distribuição dos royalties, torce pela derrubada dos vetos da presidente Dilma Rousseff, que favorecem o Rio de Janeiro e o Espírito Santo. Dias defende uma agenda paralela às demandas do Palácio do Planalto. Sem lei Para o líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia, do PT-SP, o adiamento da votação do Orçamento não tem nada a ver com a liminar do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, determinando a apreciação dos 3 mil vetos da presidente Dilma Rousseff, como alega a oposição. "O entendimento do presidente do Congresso, Renan Calheiros, é outro: não houve sessão por falta de acordo político entre os líderes". O ministro Fux já esclareceu que a liminar não impede a aprovação do Orçamento. Adolescentes A ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, lança amanhã, no Rio de Janeiro, a Campanha Nacional de Carnaval de Proteção à Criança e ao Adolescente. O evento ocorre em parceria com a prefeitura do Rio de Janeiro. O ator Marcos Frota e a apresentadora Xuxa Meneghel serão as estrelas da solenidade. Também serão realizadas atividades em São Paulo, Recife e Salvador, além do Rio de Janeiro. Inflação Pesquisa divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas mostra que as cervejas e os chopes subiram 12,99% entre fevereiro de 2012 e janeiro de 2013. Medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), a inflação acumulada no período foi de 5,95% Ruralistas A bancada ruralista prepara a agenda para 2013. Vêm aí duras batalhas nas questões ambiental, trabalhista, tributária e indígena. Terras para estrangeiros, trabalho escravo, legislação para uso de agrotóxicos e cobranças de royalties também estão na pauta do agronegócio. Aplausos O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, cuja máscara é a mais vendida no carnaval, virou mesmo um popstar. Por onde passa, arranca aplausos. Foi assim no domingo, no restaurante Anna, italiano da Avenida Epitácio Pessoa, em Ipanema. Estaleiro Fumante inveterado, o assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, 71 anos, será submetido a uma cirurgia cardíaca hoje pela manhã. Em boletim médico, o Instituto de Cardiologia do Distrito Federal informou que Garcia fez exames de rotina na sexta-feira, quando se constatou a necessidade de mantê-lo internado. Violência Uma ação da Força Nacional de Segurança Pública prendeu ontem dois capitães da Polícia Militar de Alagoas. A Força Nacional atua em Alagoas graças à parceria entre o governo daquele estado e o Ministério da Justiça, no programa Brasil Mais Seguro. Os capitães são acusados de homicídio. |
terça-feira, 5 de fevereiro de 2013
PMDB no comando
Brasília-DF - Luiz Carlos Azedo
Correio Braziliense - 05/02/2013
O novo presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), convocou para hoje uma sessão mista para votação do Orçamento da União de 2013, que a oposição pretende obstruir. PSDB, DEM e PPS querem que os 3 mil vetos da presidente Dilma Rousseff não apreciados pelo parlamento sejam votados antes. Alguns tratam de temas polêmicos e dividem a base governista, como os royalties de petróleo e o código florestal.
Será uma demonstração de força do PMDB no comando das duas Casas a aprovação do Orçamento ainda hoje, como pretende o Palácio do Planalto. Não é uma empreitada fácil: mesmo nas bancadas do PMDB e do PT há descontentamentos em relação aos vetos da presidente Dilma Rousseff nesses temas. A eleição de Renan Calheiros para a presidência do Senado, e a de Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) para a presidência da Câmara garantiram a hegemonia da legenda no Congresso. É hora de mostrar serviço.
Renan assumiu a presidência da Congresso, ontem, com pompa e circunstância. O cerimonial foi severo (a circulação de jornalistas ficou restrita) e austero (somente água e café foram servidos na lanchonete do plenário). A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, participaram do evento. A ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, também compareceu à cerimônia. A maioria dos ministros, porém, não deu as caras. O plenário ficou parcialmente vazio.
Sem surpresas
O deputado Henrique Eduardo Alves foi eleito presidente da Câmara com 271 votos. O segundo colocado foi Júlio Delgado (PSB-MG), que teve 165 votos. Rose de Freitas (PMDB-ES) recebeu 47 votos e Chico Alencar (PSol-RJ), obteve 11 votos. A primeira vice-presidência foi ocupada por André Vargas (PT-PR). A segunda vice-presidente foi para Fábio Faria (PSD-RN). O deputado Márcio Bittar (PSDB-AC) foi eleito primeiro-secretário; para a segunda-secretaria, foi o deputado Simão Sessim (PP-RJ); a terceira-secretaria coube ao deputado Maurício Quintella Lessa (PR-AL).
Dois olhares
A cúpula do PMDB comemorou a vitória de Henrique Alves no primeiro turno, que afasta o fantasma do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, na vice da presidente Dilma Rousseff. No Palácio do Planalto, porém, a votação de Júlio Delgado (PSB-MG) não está sendo subestimada: com uma bancada de apenas 27 deputados, o parlamentar do PSB não teria 165 votos sem a ajuda de Campos, presidente da legenda.
Italianos
Renata Bueno, do PPS, ex-vereadora de Curitiba, faz um périplo pelo país em busca dos votos dos oriundi. Candidata a uma vaga de deputada no Parlamento italiano, já visitou os estados do Paraná, de São Paulo e do Espírito Santo. Ontem, desembarcou em Brasília e, hoje à tarde, viaja para Belo Horizonte. Estão em disputa quatro cadeiras de deputado para italianos residentes na América do Sul ou sul-americanos com dupla cidadania. São 1 milhão de eleitores potenciais: 400 mil no Brasil, 550 mil na Argentina e 50 mil espalhados pelos outros países do continente.
Na mesa
O PSD desbancou o DEM na composição da Mesa da Câmara, para a qual emplacou o deputado Fábio Faria (RN). O novo líder do DEM, Ronaldo Caiado, ficou desolado. Pela primeira vez na sua história, o antigo PFL ficou fora docomando da Casa.
Motoqueiro
Livre dos afazeres do cargo, o ex-presidente da Câmara Marco Maia, do PT gaúcho, se prepara para um raid de motocicleta. Com um grupo de motoqueiros, pretende cruzar a fronteira do Brasil com o Uruguai sobre duas rodas. Vai trocar as raposas do Congresso pela fauna do banhado.
Empolgado//
O deputado tucano Márcio Bittar (AC) gastou mais de uma hora lendo a mensagem da presipresidente Dilma Rousseff, a maior parte do tempo sem que o plenário lhe desse a menor atenção. No final, com as previsões para economia, elevou o tom e arrancou aplausos da base governista. Colegas da oposição estranharam.
Desoneração
Um dos destaques da mensagem da presidente Dilma Rousseff ao Congresso foi a intenção de avançar na desoneração tributária. No ano passado, a desoneração da atividade produtiva significou R$ 45 bilhões.
Banquete/ O vice-presidente Michel Temer ofereceu um banquete, ontem à noite, no Palácio do Jaburu, para os correligionários que lhe garantiram o comando do Congresso: Renan Calheiros, presidente do Senado; Eunício Oliveira, novo líder da bancada de senadores; Henrique Eduardo Alves, presidente da Câmara; e Eduardo Cunha, novo líder da bancada de deputados.
Agronegócio/ A presidente Dilma Rousseff anunciou em Cascavel, no oeste do Paraná, durante o Show Rural Coopavel, que o Plano Agrícola e Pecuário 2013/2014 será lançado em maio, com um mês de antecedência. Com juros mais baixos, os recursos serão superiores aos de 2012, quando foram destinados R$ 115 bilhões à agricultura empresarial e R$ 18 bilhões à agricultura familiar.
Apoio/ O ministro da Previdência, Garibaldi Alves (PMDB), cabalou votos para o primo Henrique Eduardo Alves relatando “causos”.
domingo, 3 de fevereiro de 2013
Aliados principais
Brasília-DF - Luiz Carlos Azedo
Correio Braziliense - 03/02/2013
A presidente Dilma Rousseff pôs o carro da reeleição na estrada com um olho no velocímetro e o outro no retrovisor: não pode violar o calendário eleitoral estabelecido pela Justiça nem ser ultrapassada pelas articulações dos concorrentes. No momento, está empenhada em consolidar a aliança do PT com o PMDB, o eixo da atual coalizão de governo no Congresso. Diante das dificuldades da economia, todo cuidado é pouco na política.
Dilma largou na frente com a eleição do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) para a presidência do Senado, na sexta-feira, e a provável escolha de Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) para o comando da Câmara amanhã. Mas até os lavadores de automóveis dos estacionamentos do Congresso sabem que suas relações com ambos nunca foram um mar de rosas. Na verdade, o grande beneficiado é o vice-presidente, Michel Temer, que comanda o partido no controle das duas Casas do Congresso. Dificilmente será removido da chapa de reeleição.
O senador tucano Aécio Neves (MG) e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), marcaram posição contra a eleição de Renan Calheiros. Jogaram o desgaste da sua eleição no colo de Dilma Rousseff. Pode ser que o mesmo ocorra em relação a Henrique Eduardo Alves. Tudo isso, porém, pode ser apenas jogo de cena. Ambos apostam no esgarçamento das relações da presidente com o Congresso, principalmente com o PMDB, para consolidar as respectivas candidaturas.
Sem partido
Não está nada fácil a vida de Marina Silva, que luta para conseguir adesões e viabilizar seu novo partido. Líder mundial do movimento ambientalista, a ex-seringueira não está conseguindo convencer os parlamentares simpáticos à sua candidatura a deixarem as respectivas legendas para embarcar no novo projeto. Além disso, o Palácio do Planalto trabalha para que o Congresso aprove uma nova legislação dificultando ainda mais a criação de partidos.
Dissidente
O deputado José Antônio Reguffe, do PDT-DF, faz campanha para Chico Alencar (PSol-RJ) na disputa pela presidência da Câmara. Tomou a decisão depois de a bancada do PDT assumir o compromisso de apoiar Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).
Dura Lex//
O vice-presidente Michel Temer saiu em defesa do Supremo Tribunal Federal (STF) na reabertura dos trabalhos legislativos. “Quem diz o que é lei é o Poder Judiciário”, assegurou. Temer defendeu a intervenção do STF nos casos em que há omissão do Legislativo e do Executivo.
Acórdão
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, concluirá amanhã o acórdão (decisão final) da Ação Penal 470, o processo do mensalão. A publicação, porém, depende dos demais ministros apresentarem seus votos revisados. Só depois da publicação do acórdão, pode haver recursos dos advogados dos réus.
Julgamentos
O Supremo começa o ano com 65 mil processos em acervo. Estão liberadas para julgamento
700 ações
Corte
Sergipanos, Cézar Britto, presidente da comissão de relações internacionais da OAB federal, e o ex-presidente do STF Carlos Ayres Britto vão à posse do advogado e conterrâneo Roberto de Figueiredo Caldas, amanhã, na Corte Interamericana de Direitos Humanos. Caldas foi indicado pela presidente Dilma Rousseff para a vaga de juiz da Corte e foi o mais votado na eleição.
Aliado/ Principal adversário político do ex-presidente José Sarney no Maranhão, o presidente da Embratur, Flávio Dino, comemorou a vitória de seu conterrâneo Marcus Vinicius Coêlho
na OAB.
Sentenças/ A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ), órgão máximo de deliberação do Tribunal, iniciou o ano judiciário com 2.100 processos no estoque, 26 deles contra governadores. A primeira edição do ano do Diário da Justiça Eletrônico traz a publicação de 5.540 sentenças.
Segurança/ O incêndio na boate Kiss, que vitimou 236 pessoas, colocou em xeque as normas de Segurança e Saúde no Trabalho (SRTE). A diretora regional da Fundacentro no Rio Grande do Sul, Maria Muccillo, e o superintendente da SRTE, Cláudio Luis Corrêa da Silva, defendem a adoção de uma metodologia científica em análise de acidentes.
sábado, 2 de fevereiro de 2013
Atrás da mesa
Brasília-DF - Luiz Carlos Azedo |
Correio Braziliense - 02/02/2013 |
Como já era esperado, o Senado elegeu ontem, com 56 votos, o senador Renan Calheros (PMDB-AL) como presidente da Casa e do Congresso Nacional. Dois votos a menos do que esperava, mas um resultado mais vantajoso do que previra a oposição: o senador Pedro Taques (PDT-MT), seu adversário, obteve apenas 18 dos 25 votos com que contava. Dois senadores votaram em branco e dois votaram nulo. » » Todas as suspeitas de traição convergiram para a bancada do PSDB, que na última hora aderiu à candidatura de Taques. Pouco antes da votação, para quem quisesse ouvir, o novo líder do PMDB na Casa, Eunício de Oliveira (PMDB-CE), dizia que o PSDB somente manteria a primeira- secretaria do Senado se os sete integrantes que haviam se comprometido com Renan votassem, de fato, a favor da candidatura do peemedebista. » » Após a eleição, durante a sessão destinada a escolher os demais membros da Mesa, Renan pediu aos líderes dos partidos que entrassem em acordo para a indicação dos nomes. O PSDB indicou o senador Flexa Ribeiro (PA) para a primeira-secretaria. Não houve contestação. Ele vai administrar o Orçamento do Senado: R$ 3,5 bilhões. Poderes Presidente do Senado e do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL) é o terceiro na linha de sucessão da presidente Dilma Rousseff, atrás apenas do vice-presidente da República e do presidente da Câmara dos Deputados. Renan comandará sessões de votação, definirá as pautas do plenário do Senado e do Congresso, além de convocar votações extraordinárias e dar posse aos senadores. Legião O presidente do Senado também preside a Mesa Diretora, que comanda as atividades da Casa, com mais de 6,4 mil funcionários Balanço O senador Aécio Neves, do PSDB-MG, avaliou como positiva a decisão da bancada do PSDB de apoiar a renovação da presidência do Senado Federal, com a candidatura do senador Pedro Taques (PDT/MT). "O PSDB foi no caminho da preservação da instituição. Não podemos ter o Poder Legislativo, em especial o Senado da República, sob questionamentos, seja do ponto de vista ético ou também da subordinação excessiva que temos tido em relação ao Poder Executivo", disse. Cotovelada O senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) acumulará a liderança do PMDB e da Maioria com o apoio do Palácio do Planalto, que não queria Romero Jucá, do PMDB-RR, no segundo cargo. Poderia ofuscar o líder do governo, Eduardo Braga (PMDB-AM). Jucá foi líder de três presidentes da República: Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Dilma Rousseff. Pleiteava a liderança da maioria com apoio do ex-presidente José Sarney. Agora vai ocupar um dos cargos da Mesa. Com apoio de Renan Calheiros, é o relator do Orçamento da União de 2013. Na base// O deputado Anthony Garotinho (PR-RJ) assumiu a liderança do PR na Câmara, por aclamação. Afirmou que o partido precisa de uma definição sobre apoiar ou não a gestão da presidente Dilma Rousseff e que vai trabalhar para que o partido volte a integrar a base do governo. O PR é a quinta maior bancada, com 37 deputados. Em bloco O PSB se vangloria de ser o único partido que se pronunciou de forma unânime a favor de Pedro Taques. Seus quatros senadores – Lídice da Mata (BA), Antônio Carlos Valadares (SE), João Capiberibe (AP) e Rodrigo Rollemberg (DF) – subiram à tribuna pouco antes da votação para falar da importância da candidatura para a imagem e o fortalecimento do Congresso Nacional. Estado crítico É grave o estado de saúde do ex-ministro Fernando Lyra, internado na Unidade Coronária do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas de São Paulo(Incor). Está sedado, sob cuidados intensivos e com necessidade de auxílio respiratório mecânico. Internado desde 5 de janeiro, para tratamento de insuficiência cardíaca congestiva grave (que o acomete há aproximadamente 20 anos), tem infecção sistêmica e insuficiência renal aguda. Oposição/ Também apoiaram a candidatura Pedro Taques (PDT-MT), os senadores Pedro Simon (PMDB/RS), Jarbas Vasconcelos (PMDB/PE), Ana Amélia (PP-RS) e Cristovam Buarque (PDT/DF). Sabático/ O cientista político Lucas de Aragão, da Arko Advice, empresa de análise política e comunicação estratégica de Brasília, coordenará, de Nova York, o atendimento dos clientes da empresa no exterior. |
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013
A volta de Renan
Brasília-DF - Luiz Carlos Azedo |
Correio Braziliense - 01/02/2013 |
O Senado deve eleger hoje, por ampla maioria, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) para a presidência da Casa. Será uma proeza e tanto. O parlamentar alagoano é alvejado por denúncias e por um coro de reprovações. Contra ele circula na internet um abaixo-assinado com mais de 250 mil subscrições. A volta por cima de Renan não tem paralelo: renunciou à presidência do Senado para evitar, em votação de seus pares, a cassação do mandato. O apoio que recebeu na ocasião, em sessão secreta, explica a liderança que exerce até hoje e também o seu sucesso ao percorrer o caminho de volta ao posto. Renan é um sobrevivente na política nacional. Ex-líder do governo Collor de Mello na Câmara, rompeu com o ex-presidente e sobreviveu à campanha pró-impeachment que o levou à renúncia. Ex-ministro da Justiça do governo Fernando Henrique Cardoso, ele voltou ao topo da política ao presidir o Senado durante o governo Lula. Agora, reassumirá o comando do Congresso sem oposição da presidente Dilma Rousseff, que fazia restrição a sua eleição. Político frio e bem-humorado, é considerado por seus pares o melhor estrategista do Senado. Dois nomes// Dois nomes estão no bolso do colete do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para disputar o Palácio dos Bandeirantes contra o governador Geraldo Alckmin, candidato à reeleição. A primeira opção é o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, um petista; a segunda, o deputado Gabriel Chalita (PMDB-SP), um aliado, que é assessorado pela filha do ex-presidente, Lurian. Traições Nas contas de Renan Calheiros, 58 dos 81 senadores deverão votar a favor de sua eleição, já contabilizados os votos contrários da turma que apoia a candidatura de Pedro Taques (PDT-MT), inclusive os quatro senadores do PSB, que decidiram romper nesta semana. Se houver traições, serão nas bancadas do PT, do PSDB e do DEM. Renan nunca contou com os dissidentes do PMDB, como Pedro Simon, do PMDB-RS, seu velho desafeto. Consenso Com apoio do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) assumirá a presidência do PSDB para dar início à construção de sua candidatura ao Palácio do Planalto nas eleições de 2014. Seu maior problema ainda é atrair os serristas de São Paulo para a candidatura. Ranheta A propósito, não convidem para a mesma mesa o vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos, do PSD, e o ex-governador José Serra. Sem muito tato, Afif sugeriu ao tucano que fosse menos ranheta ao criticar o governo. A resposta ninguém gostaria de ouvir. O vice-governador está cotado para ser o ministro das Micro e Pequenas Empresas de Dilma Rousseff. Reforma Relator da reforma administrativa do Senado, Ciro Nogueira (PP-PI) concluiu sua proposta de redução de gastos e da estrutura da Casa. Diz que a economia será de R$ 80 milhões A conta O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, mandou fazer as contas de quanto custará à administração paulista o adiamento do aumento dos preços das passagens de ônibus: R$ 180 milhões. Vai cobrar do ministro da Fazenda, Guido Mantega, com juros e correção monetária, isto é, em recursos federais para obras. Submergiu/ O líder do governo na Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), submergiu. Grande eleitor da Casa, ele fazia restrições à eleição de Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), mas se enquadrou e não moveu uma palha contra ele. A eleição será na segunda-feira. Vara curta/ O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu decidiu politizar sua condenação pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e faz campanha pelo país contra a Corte e, principalmente, contra seu presidente, ministro Joaquim Barbosa, que foi o relator do mensalão. Segundo o petista, quem fala pela nação é o Congresso e não o STF. Diz que não vai se calar nem que vá pra solitária. |
Serm plano B
Brasília-DF - Luiz Carlos Azedo |
Correio Braziliense - 31/01/2013 |
A bancada do PT na Câmara reiterou ontem seu apoio à candidatura do
líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN), à presidência da Câmara.
Descartou a possibilidade de um plano B, caso o peemedebista venha a
ser alvejado por novas denúncias até domingo.
Nos bastidores da Casa, ontem, havia expectativa de surgimento de uma quarta candidatura. Motivo: o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), na semana passada, estabeleceu que as inscrições para a eleição poderão ser feitas até às 22h de domingo. O pacto de revezamento entre o PT e o PMDB pelo comando das duas casas foi a chave para a consolidação da aliança entre os dois partidos, não só no comando do Congresso, mas também no Executivo. Além de ocupar a vice-presidência da República, o PMDB tem posições cobiçadas na Esplanada dos Ministérios. Mergulhado Henrique Eduardo Alves passou a semana mergulhado para não ter que falar de denúncias contra ele. A vice-presidente da Câmara, Rose de Freitas (PMDB-ES), e o deputado Júlio Delgado (PSB-MG), em contrapartida, intensificaram suas campanhas. Ambos acreditam que levarão a disputa para o segundo turno e prometem apoio recíproco para derrotar Henrique Alves. A eleição será na segunda-feira. Cerco Relator-geral do Orçamento de 2013, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) passou três dias sitiado em seu gabinete por prefeitos, a maioria do PMDB. O Congresso deverá votar o orçamento de R$ 2,14 trilhões na próxima terça-feira. Novo líder O senador Eunício Oliveira, PMDB-CE, exigiu ontem que o senador Romero Jucá (PMDB-RR) desistisse da liderança do PMDB na Casa. Avisou que, se tivesse que disputar os votos da bancada, o faria pela presidência do Senado, cuja eleição será amanhã. A cúpula do PMDB já entrou em campo. Havana Club Desde segunda-feira , o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está em Cuba. Deve se encontrar com o líder cubano Fidel Castro e visitar o presidente venezuelano, Hugo Chávez, que está em tratamento contra um câncer em Havana. Lula também se reunirá com o presidente cubano, Raúl Castro. O petista intensificou sua agenda junto à esquerda latino-americana. Emendas Cada um dos 513 deputados federais e dos 81 senadores pode utilizar até R$ 15 milhões do orçamento federal para sua base eleitoral, sendo R$ 2 bilhões para a saúde. As emendas individuais somam R$ 8,9 bilhões. Com emendas coletivas de bancadas estaduais e as do relator, a verba chega a R$ 18,4 bilhões Morde e assopra O ministro da Fazenda, Guido Mantega, aproveitou o encontro de prefeitos em Brasília para dar recados ao setor financeiro. Disse que as críticas que recebe são oriundas dos perdedores com a queda dos juros e que os bancos privados têm que emprestar mais. Na mesma tarde, a presidente Dilma Rousseff recebia o presidente do Banco Itaú, Roberto Setúbal. Puros Quem também está em Havana é o escritor e jornalista Fernando Moraes, que lançou a versão em espanhol de seu livro Os últimos soldados da Guerra Fria, que trata da ação de espiões cubanos contra a guerra. A obra foi escrita ao longo de três anos e 20 viagens à ilha. Balanço O Banco do Brasil e a Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco) divulgarão hoje o balanço das aplicações do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO). Participam do encontro os vice-presidentes do Banco do Brasil César Borges (Governo) e Paulo Roberto Ricci (Varejo, Distribuição e Operações), e o diretor superintendente da Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), Marcelo Dourado. Carnaval O secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, lança hoje a Campanha de Prevenção às DST/Aids do Ministério da Saúde para o Carnaval 2013. O evento será no Morro dos Prazeres, Santa Teresa, Rio de Janeiro. A campanha deste ano tem como tema "A vida é melhor sem Aids. Proteja-se. Use sempre a camisinha". |
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