Aldo terá carta branca para mudar o que for preciso e até afastar os quadros do PCdoB eventualmente envolvidos em irregularidade
Por Luiz Carlos Azedo
A presidente Dilma Rousseff deve anunciar nesta quinta-feira (27) o deputado Aldo Rebelo (PCdoB) como novo ministro do Esporte, no lugar de Orlando Silva, do mesmo partido, que está sob investigação do Supremo Tribunal Federal (STF) em razão das denúncias de supostas irregularidades no programa Segundo Tempo.
Durante o dia, seja através da conversa do secretário-geral da Presidência, ministro Gilberto Carvalho, com o presidente do PCdoB, Renato Rabelo, seja no seu último encontro com ex-ministro Orlando Silva, a presidente Dilma sinalizou que pretendia manter a legenda no ministério, mas o nome de sua preferencia era o do ex-presidente da Câmara e ex-ministro de Articulação Política Aldo Rebelo.
As outras opções que eram discutidas pela cúpula do PCdoB caíram por terra com a crise. O ex-deputado Flávio Dino, do Maranhão, atual presidente da Embratur, é um desafeto do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e de seu clã na política maranhense.
A deputada Luciana Santos (PCdoB), ex-prefeita de Olinda, que chegou a ser cogitada na montagem do ministério e foi preterida em razão de um pedido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em favor de Orlando Silva, tem menos expressão nacional e prestígio na Câmara.
Aldo assumirá o Ministério do Esporte com carta branca para mudar o que for preciso e cortar na própria carne, no caso, afastar os quadros do PCdoB eventualmente envolvidos em irregularidades. Ex-presidente da UNE e veterano parlamentar, em recente disputa por uma vaga de ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) obteve cerca de 140 votos, embora a bancada do PCdoB na Câmara tenha apenas 14 deputados.
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