Por Luiz Carlos Azedo
Com Leonardo Santos
O centro da disputa pelo poder está se deslocando para São Paulo, cuja prefeitura tem o terceiro orçamento público do país. A política local já está de pernas para o ar. A sucessão do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, com a formação do PSD, provocou o realinhamento das forças políticas. O PSDB implodiu na capital, onde cinco vereadores deixaram a legenda.
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O prefeito é candidato ao Palácio dos Bandeirantes em 2014 e sua movimentação passa pela eleição de alguém de sua confiança na capital. Somente a candidatura de José Serra (PSDB) poderia reagrupar o PSDB e atrair o apoio de Kassab. Sem isso, a fragmentação dessas forças será inevitável.
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Kassab trabalha com a possibilidade de apoiar o vice-governador paulista Afif Domingos (PSD) ou seu secretário de Saúde, o ex-petista Eduardo Jorge (PV). O PSDB pode lançar o deputado José Aníbal, que integra o secretariado de Alckmin. E o PPS ensaia a candidatura da ex-vereadora Soninha Francine.
Tocou reunir
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva resolveu entrar em campo na disputa pela Prefeitura de São Paulo, coordenando os esforços do partido para a eleição. A legenda tem cinco pretendentes à Prefeitura de São Paulo e nenhum candidato definido: a senadora Marta Suplicy; os ministros da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, e da Educação, Fernando Hadad; e os deputados federais Carlos Zarattini e Jilmar Tatto. Lula teme que essa disputa atrapalhe o partido na eleição.
Teses de abril
O maior problema do PT em São Paulo, hoje, chama-se Netinho de Paula (foto). Candidato do PCdoB ao Senado nas eleições passadas, o cantor e apresentador pretende concorrer à sucessão de Kassab, em aliança com o PDT e o PSB. O PCdoB pretende lançar candidatos próprios nas principais capitais do país: no Rio de Janeiro, Jandira Feghali; em Belo Horizonte, Jô Moraes; e em Porto Alegre, Manuela D’Ávila.
Indecisa
A ex-deputada Solange Amaral (DEM-RJ), rompida com o ex-prefeito Cesar Maia (DEM), deixará a legenda, mas não sabe ainda o rumo que tomará. Conversa com o prefeito Gilberto Kassab para se filiar ao PSD, mas está com um pé no PMDB do governador fluminense, Sérgio Cabral, e do prefeito carioca Eduardo Paes.
Maratona
Amanhã, o governador Agnelo Queiroz, do PT, terá agenda de superatleta. Pela manhã, corre a Maratona Brasília de Revezamento e, à tarde, joga futebol na equipe de masters de Zico, Cláudio Adão, Viola, Dagoberto, Luisinho, Leandro (ex-Flamengo), Paulo César Caju, Eder, Paulo Roberto, Pepe e Washington. Também jogarão futebol no dia do aniversário de Brasília os craques Gabriel, o Pensador, Romeu (Zorra Total) e Luiz Felipe Andreoli (CQC).
Desagravo
A pedido de Celina Campello, enteada de Ulysses Guimarães, o senador Pedro Simon (PMDB-RS) — fez um desagravo à memória do ex-presidente do PMDB e líder da campanha das Diretas Já, que foi criticado pelo presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), em sua biografia. “Ulysses não tem nem grandeza nem espírito público. É um político menor que tem o gosto da arte política, puro gosto do jogo, sem mais nada”, disse o ex-presidente da República. Segundo Simon, o comentário é injusto e merece um pedido de desculpas de Sarney à família de Ulysses.
Reitoria/ Pega fogo a disputa pela Reitoria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), cujo segundo turno será em 25 e 26 de abril. O professor Carlos Levi, apoiado pelo reitor Aloizio Teixeira, teve 7.823 votos no primeiro turno. Ganhou entre professores, estudantes e técnico-administrativos. O candidato de oposição é Godofredo Neto, que recebeu 5.991 votos.
Tarefa/ O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, incumbiu ontem o novo diretor-geral do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), Sérgio Augusto Dâmaso de Sousa, de dar continuidade à discussão do novo marco regulatório para o setor e à transformação do órgão em agência reguladora.
Conchavo//
O líder do PV e Coordenador da Frente Parlamentar Ambientalista, deputado Sarney Filho (PV-MA), e o relator do substitutivo do Código Florestal, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), se reúnem hoje para fechar um acordo final sobre o novo Código Florestal. Ambos querem votar o relatório no começo de maio.
Emprego
Com saldo de 92.675 postos, março registrou o menor crescimento do nível de emprego no ano e o mais baixo para meses de março desde 2009, quando houve geração líquida de 34 mil empregos. No mês passado, foram contratadas 1.765.922 pessoas, terceiro maior número de admissões da série histórica iniciada em 1992. Porém, as demissões atingiram 1.673.247 trabalhadores
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