terça-feira, 12 de abril de 2011

Duro na queda

Por Luiz Carlos Azedo
Com Leonardo Santos

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, viaja hoje para mais uma reunião do Fundo Monetário Internacional (FMI) sob ataque especulativo. No mercado, crescem as apostas de que mais cedo do que se espera acabará substituído pelo seu próprio secretário executivo, Nelson Barbosa, que neste momento acompanha a presidente Dilma Rousseff na viagem à China.


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O bombardeio é motivado por dois indicadores vitais da economia: o primeiro é a insustentável valorização do real frente ao dólar, que atingiu patamares que projetam no horizonte uma possível mudança na política cambial; o outro é a alta da inflação, que continua ameaçando ultrapassar o teto de 6,5%.

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Mantega minimiza as críticas. O Ministério da Fazenda teria na cartola medidas capazes de evitar que o dólar continue “derretendo” e que a inflação fuja ao controle. Quanto à fritura a que estaria sendo submetido, tira por menos: todas as medidas adotadas foram discutidas com a presidente. Mantega não
está na comitiva da viagem à China em função da reunião do FMI. O problema é convencer o mercado.

Braço de ferro

Guido Mantega já venceu algumas quedas de braço no governo. A primeira foi com o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, que defendeu um salário mínimo entre R$ 560 e R$ 570. Foi obrigado a recuar depois que a presidente Dilma bancou o mínimo de R$ 545. Agora, deu um chega pra lá no presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli (foto), que anunciou um possível aumento do preço da gasolina. Mantega é o presidente do Conselho de Administração da estatal.

Código//


O governo está dividido em relação ao Código Florestal. O ministro da Casa Civil, Antônio Palocci, tenta costurar uma posição de consenso entre os ministros da Agricultura, Wagner Rossi; do Meio Ambiente, Izabella Teixeira; e do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence.

Cartada

O presidente da República em exercício, Michel Temer, aposta alto na candidatura do deputado Gabriel Chalita (PSB) a prefeito de São Paulo em 2012. A transferência dele para o PMDB estaria garantida. Temer tem conversado sobre alianças com o PT e o PSDB. O governador Geraldo Alckmin (PSDB) vê a proposta com bons olhos, caso José Serra não aceite ser candidato. No PT, o vice de Dilma ouviu da senadora Marta Suplicy (SP) que os petistas terão candidato próprio.

Crianças

De 2000 a 2009, a taxa de mortalidade de crianças com menos de 1 ano no Brasil caiu de 21,2 óbitos por mil nascidos vivos para 14,8

Migrações

Presidente do PPS, o deputado Roberto Freire (SP) entra hoje no Supremo Tribunal Federal (STF) com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) para questionar dispositivos da Resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nº 22.610. Editado em outubro de 2007, o texto diz que a saída de um filiado de um partido político para criar uma outra legenda não é motivo para perda do mandato. “A resolução é equivocada. Torna letra morta a decisão do Supremo em garantir que o mandato é do partido”, observa. Três deputados do PPS estão deixando a legenda para fundar o PSD com o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab.

Loteado

Sérgio Dâmaso assume hoje a diretoria-geral do Departamento Nacional de Pesquisa Mineral. Defenestrado do cargo, Miguel Nery será assessor da Presidência da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI). Pelo acordo entre PT e PMDB no setor mineral, caberá aos petistas indicarem o novo diretor-presidente da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM). O mais cotado para assumir o cargo é Manuel Barretto da Rocha Neto, diretor de Geologia e Recursos Minerais da CPRM.

Jabá/ A deputada Rose de Freitas (do PMDB-ES) será a primeira mulher a assumir a Presidência da Câmara, em substituição a Marco Maia, que viaja à Espanha em caráter oficial em companhia do deputado Romário (PSB-RJ). Assistirão ao clássico Barcelona x Real Madrid no sábado.

Reforma/ Presidente do Senado, José Sarney (PMDSB-AP) pretende se reunir amanhã com o presidente da Comissão de Reforma Política, senador Francisco Dornelles (PP-RJ), para discutir a agenda de votação das propostas da comissão.

Trem-bala/ O Senado deve votar hoje a Medida Provisória (MP) nº 511/10, que autorizou a União a oferecer garantia para financiamento de até R$ 20 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ao consórcio que construirá o Trem de Alta Velocidade (TAV).



Trancada/ A pauta da Câmara está trancada por 14 medidas provisórias, dentre elas a que fixa novas regras para o programa Minha Casa, Minha Vida. O PL nº 1481/07, que permite o uso de recursos do Fundo de Universalização de Serviços de Telecomunicações (Fust) para financiar serviços como a internet de banda larga, depende

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