sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Tragédia

Por Luiz Carlos Azedo
Com Leonardo Santos
A reunião da equipe ministerial de hoje com a presidente Dilma Roussefff ganhou uma nova pauta: a tragédia causada pelas chuvas na Região Serrana do Rio de Janeiro, que havia resultado, até o início da noite de ontem, em mais de 470 mortes. Um desastre anunciado, pois os estudos demonstram que o regime de chuvas está mudando em todo o país em decorrência do aquecimento global. O que não se sabe é exatamente onde ocorrerão as grandes trombas d'água.

Salta aos olhos a incapacidade de prevenir as tragédias, tomando medidas para proteger as populações das áreas de risco. E o fato é que o assunto é tratado no dia a dia de todas as esferas do governo - a começar pelo Ministério da Integração Nacional - como se fosse mais uma banalidade a cargo da burocracia federal. Não é.

Está mais do que óbvio que o país precisa de um sistema integrado de Defesa Civil, envolvendo todos os órgãos do governo que lidam com os problemas quando a tragédia ocorre, e que só então são mobilizados. É preciso um plano de contingência para atender as regiões de risco, que possa ser acionado com antecedência em função das previsões meteorológicas.

Aviso

A Marinha do Brasil mantém um serviço de previsão do tempo e de orientação aos homens do mar dos mais eficientes, chamado de ´Aviso aos Navegantes`. Por que não pode existir um serviço semelhante da Defesa Civil direcionado às áreas de risco, que em geral são conhecidas, quando nada por líderes comunitários e autoridades municipais? Por que não direcionar uma parte dos recursos do programa Minha Casa, Minha Vida e das demais linhas de financiamento habitacionais da Caixa Econômica Federal para enfrentar o problema nas áreas de risco como prioridade, mesmo contrariando conveniências políticas e eleitorais?

Visita

Pode-se dizer que a visita da presidente Dilma Rousseff à Região Serrana fluminense para ver in loco a tragédia causada pelas chuvas foi, no mínimo, uma obrigação. Porém, marcou uma mudança de postura em relação ao comportamento do ex-presidente Lula, que evitava associar a própria imagem a eventos negativos, embora sempre determinasse providências para socorrer os flagelados. Dilma vinha se mantendo recolhida ao Palácio do Planalto.

Emergência

O presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS) anunciou ontem que a Casa está preparada para votar emergencialmente qualquer medida do governo destinada a socorrer os atingidos pelas chuvas. Comunicou o fato aos governadores do Rio, Sérgio Cabral (PMDB); de Minas, Antonio Anastasia (PSDB); e de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). A mensagem também foi enviada aos prefeitos de Nova Friburgo, de Petrópolis e de Teresópolis, no Rio; e os paulistas de Atibaia, Franco da Rocha e São Paulo.

Dois por um

Eleito deputado federal pelo PPS, Cezar Silvestri foi nomeado novo secretário de Desenvolvimento Urbano do Paraná pelo governador Beto Richa (PSDB). Sua vaga é disputada por Luiz Carlos Setim (DEM), primeiro suplente da coligação, e por João Destro (PPS), que vem a ser apenas o oitavo. Se ganhar na Justiça por ser o primeiro suplente de seu partido, Destro derrubará do cargo, entre muitos outros que assumirão, dois deputados do PPS com vaga garantida pela ordem de votação de suas coligações: Augusto Carvalho, do DF, e Carmen Zanotto (SC).

Sem-cargos

A bancada nordestina do PT, em reunião com o presidente da legenda, José Eduardo Dutra, definiu as prioridades para ocupação dos cargos de segundo escalão: a Presidência do Banco do Nordeste do Brasil para o Ceará; uma diretoria do BNB para a Bahia; a presidência da Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf) para o Piauí; e a presidência da Companhia Hidrelétrica do Vale do São Francisco (Chesf) para Pernambuco.

Sem remédio

A redução de mais de R$ 36 milhões na compra de medicamentos justifica a falta de remédios em hospitais públicos do Distrito Federal. Segundo dados orçamentários do GDF, em 2009 foram empenhados R$ 205, 5 milhões para a compra de medicamentos. No ano passado, o valor foi de R$ 169,5 milhões.

Solidariedade

O governador de Minas, Antonio Anastasia (PSDB), determinou que os hospitais das cidades mineiras de Além Paraíba e Juiz de Fora prestem assistência aos pacientes vindosdo Rio de Janeiro, principalmente do município de Sumidouro, na divisa entre os dois estados

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