Por Luiz Carlos Azedo
Com Leonardo Santos
O governo pretende começar o corte nos gastos públicos centralizando o controle das despesas de custeio dos ministérios. Não somente dos gastos com passagens, diárias e eventos, que crescem como unha e precisam ser aparados semanalmente, mas também com os serviços de segurança, limpeza, papelaria, compra de água mineral etc. São despesas que deseducam a burocracia por causa dos desperdícios e das eventuais fraudes nas compras e na contratação de serviços.
O Ministério da Fazenda está concluindo um sistema para aumentar o controle sobre esse fluxo de gastos. E o Ministério de Planejamento prepara-se para centralizar a contratação de serviços e a compra de materiais na Esplanada. O objetivo é levar adiante a política do “mais com menos”, preconizada pela presidente Dilma Rousseff como um choque de austeridade no funcionamento dos ministérios.
A ordem é dar o exemplo na Esplanada para ter autoridade perante a máquina administrativa na hora de efetuar os demais cortes de despesasl e até mesmo em investimentos do PAC. Tudo isso sem paralisar a execução dos serviços prestados ao público e as obras públicas.
Arrastão//
Com apoio de mais 11 pequenos partidos, a candidatura de Marco Maia (PT-RS) à Presidência da Câmara dos Deputados já soma a adesão de 21 legendas (das 22 que possuem representação na Casa). Se o petista perder a eleição, será a maior “trairagem” da história da Casa.
Não tem
A ministra do Planejamento, Miriam Belchior (foto), disse ontem que as reivindicações salariais dos servidores do Judiciário precisam ter um “pé na realidade”. Segundo ela, o Judiciário já tem um salário superior ao do Executivo e o aumento de 31% é uma reivindicação “um tanto salgada” do pessoal da Justiça.
Tesourada
Não se sabe ainda o tamanho dos cortes no Orçamento da União de 2011, mas a proposta da equipe econômica deve ficar pronta em 10 dias. O contingenciamento deve ultrapassar os R$ 40 bilhões
Pressão
Sobre a interpretação de que seus aliados no PR estão passando um rolo compressor na candidatura de Sandro Mabel (PR-GO), inclusive com ameaça de expulsão da legenda, o presidente da Câmara, Marco Maia, candidato à reeleição, desconversa: “Isso é um problema interno do partido e eu não tenho nada a ver com isso”. Ontem, Valdemar da Costa Neto (PR-SP), secretário-geral do PR, e Lincoln Portela (PR-MG), novo líder do partido, procuraram Maia para informar que a executiva fechará questão no apoio ao petista.
Conspiração
O deputado Sandro Mabel (PR-GO), candidato à Presidência da Câmara, evita expor seus apoiadores na disputa. Está ciente dos riscos da candidatura e não quer indispor os aliados com o governo. No boca a boca da campanha, afirma que é candidato do governo e não fará oposição à presidente Dilma Rousseff. Mas seu slogan é desafiador: “O sonho vence a imposição”.
De ouvido
O deputado Aldo Rebelo, do PCdoB de São Paulo, resolveu estrilar por causa das críticas ao novo Código Florestal, do qual foi o relator. “Tanto os jornalistas que escrevem e opinam sobre o Código Florestal quanto os especialistas de plantão contratados por organizações não governamentais deveriam fazer um esforço de leitura e, no mínimo, tentar chegar ao fim das 270 páginas do relatório que foi aprovado pela Comissão Especial do Código Florestal”, critica o parlamentar, que virou Geni para o movimento ambientalista.
Corre-corre/O Palácio do Planalto mobilizou-se para abortar a candidatura do deputado Nelson Marquezelli (PTB-SP), que ameaçava concorrer como avulso à Presidência da Câmara. Com apoio da bancada ruralista, poderia forçar um segundo turno na disputa.
Tapete/O líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN), manda avisar que não tem preferência pela candidatura da deputada Rose Freitas (ES) na disputa pela Primeira-Vice-Presidência da Câmara. Na sua avaliação, os demais candidatos também têm condições de representar a legenda.
Miudinho/Devagarinho, o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), reestrutura seu secretariado de olho nas eleições municipais. Ontem, anunciou o nome de mais seis secretários, totalizando 21 integrantes do primeiro escalão. Ainda falta anunciar os titulares de três secretarias: da Promoção da Igualdade, das Relações Institucionais e de Ciência e Tecnologia.
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