quarta-feira, 17 de abril de 2013

Crescimento e inflação

Brasília-DF - Luiz Carlos Azedo
Correio Braziliense - 16/04/2013
 
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, reduziu a previsão de crescimento da economia deste ano de 4,5% para 3,5%, segundo o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2014 enviado ontem pelo Executivo ao Congresso Nacional. Já o Comitê de Política Monetária do Banco Central se reúne hoje e amanhã para decidir se aumenta a taxa básica de juros (Selic), hoje em 7,25% ao ano.

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Aposta-se que o BC aumente a taxa. Pelo menos essa é a expectativa do mercado, em razão do fato de a inflação nos últimos 12 meses ter ultrapassado o teto de 6,5%, da meta de inflação. Nem Mantega, nem o presidente do BC, Alexandre Tombini, têm uma explicação amplamente aceita pelos economistas para o que está acontecendo. E a presidente Dilma Rousseff é apontada com a verdadeira responsável pelas decisões de ambos.

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No final de semana, por causa dos preços dos alimentos, principalmente o tomate e a farinha de mandioca, Dilma foi bombardeada pela mídia. Teme-se que a causa da inflação seja a expansão da moeda num momento de retração da economia. Ou seja, a oferta de dinheiro seria maior que a de bens produzidos. Detalhe: crescimento de 3,5% e inflação de 6,5% em 2014, na avaliação do governo, não atrapalhariam a reeleição da presidente Dilma Rousseff.

Incendiário//

Declaração do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) pôs mais lenha na fogueira que incendeia a Comissão de Direitos Humanos da Câmara, presidida pelo deputado Marcos Feliciano (PSC-SP): "A farra gay acabou naquela comissão", disse.
 
Sem acordo
A ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann descartou mesmo a possibilidade de a Cia Docas de Pernambuco assumir a administração do porto de Suape (PE), como reivindica o governador Eduardo Campos. Gleisi também trombou com o líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-MA), cujo relatório não agrada ao Palácio do Planalto porque faz concessões a empresários, trabalhadores e governadores no seu texto sobre a nova lei dos portos.

Baldeação
Ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra está com um pé fora do PSB do governador Eduardo Campos (PSB). Pré-candidato ao governo de Pernambuco, defende a reeleição da presidente Dilma Rousseff e recebeu sinais de que o senador Armando Monteiro (PTB), ex-presidente da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), pode ser o candidato apoiado pelo PSB à sucessão de Campos.

Fusão
O PPS fará um congresso extraordinário amanhã para homologar a fusão com o PMN. Participarão os deputados federais e dois delegados por estado. O presidente da legenda, Roberto Freire conduz as negociações com plenos poderes.

Pressão
Pressionado pelo governador Sérgio Cabral (PMDB), o senador Lindbergh Faria (PT)-RJ) mandou recado para a cúpula do PT de que não abre mão de sua candidatura. Mesmo que para isso tenha que deixar a legenda. O fiador da aliança do PT com o PMDB, cujo candidato é o vice-governador Luiz Fernando Pezão, é o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Fachada/ Líder do PSDB , o senador Álvaro Dias (PR), convidou o ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, para prestar esclarecimentos na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado sobre a execução do programa "Minha Casa, Minha Vida". Um grupo de ex-funcionários da pasta estaria fraudando contratos de construção.

Estradas/ Fracassaram as concorrências para a construção da segunda ponte internacional em Foz do Iguaçu (PR), ligando o Brasil ao Paraguai, e para as obras de duplicação de um trecho de 15,4km da BR-470 (SC). As exigências afugentaram investidores.

Ouvidoria/ A senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO) tomará posse hoje como nova ouvidora-geral do Senado Federal. Foi indicada pelo presidente do Senado, senador Renan Calheiros (PMDB-AL).
Ética/ O Conselho de Ética da Câmara pautou para quarta-feira abertura do processo que analisará pedido de cassação do mandato do deputado Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO) por suas relações com o contraventor Carlinhos Cachoeira.

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