Por Luiz Carlos Azedo
luizazedo.df@dabr.com.br
Com Norma Moura
O resultado das eleições do Chile caiu como uma bomba no comando da campanha de Dilma Rousseff (PT). Os aliados da ministra-chefe da Casa Civil acenderam uma luz vermelha em relação a dois aspectos da sucessão presidencial: primeiro, a divisão da base governista por causa da candidatura de Ciro Gomes (PSB); segundo, o limite da transferência de votos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a petista, que não tem o mesmo carisma e o traquejo eleitoral de Lula.
Na avaliação do Palácio do Planalto, porém, a divisão das forças da Concertacíon no primeiro turno das eleições chilenas teve mais peso no resultado do que a falta de carisma de Eduardo Frei Filho. O ex-presidente chileno tentava voltar ao poder com o apoio de Michele Bachelet, que encerra o mandato com 80% de aprovação. Por esse motivo, recrudesce a pressão para que Ciro Gomes desista da candidatura a presidente da República e concorra ao governo de São Paulo.
Guizo
Lula reluta em dizer com todas as letras ao candidato do PSB, Ciro Gomes, que ele deve desistir da disputa presidencial. Espera que a cúpula do PSB se encarregue da missão, isto é, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (foto), que preside a legenda. Para Lula, é preciso convencer o ex-ministro da Integração Nacional da necessidade de convergência de todas as forças governistas contra o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), que se mantém como favorito na disputa.
Sacrifício
Ciro Gomes viajou para o exterior. Para a cúpula petista, o candidato do PSB praticamente jogou a toalha por causa do isolamento que lhe foi imposto por Lula. Resta saber se Ciro ainda aceita o sacrifício de concorrer ao governo
Criaturas
Sim, no Brasil se transfere voto, argumenta a cúpula petista. Em 2008, João Paulo (PT) elegeu João Costa (PT) no Recife; Serra reelegeu Gilberto Kassab (DEM) na capital paulista. Aécio Neves (PSDB) e Fernando Pimentel (PT) emplacaram Márcio Lacerda (PSB) em Belo Horizonte. Em São Paulo, Paulo Maluf (PP) elegeu o prefeito Celso Pitta (PP), em 2000; e Orestes Quércia(PMDB) elegeu Luiz Antônio Fleury Filho (PMDB) governador, em 1990; no Rio, César Maia (DEM) pôs Luiz Paulo Conde na prefeitura, em 1996.de São Paulo. A interlocutores, diz que não. Os petistas de São Paulo também procuram outro caminho. O nome mais forte da legenda para concorrer ao governo, o senador Aloizio Mercadante, apesar das pressões, não aceita a tarefa de jeito nenhum.
Poderio//
O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) emplacou o assessor parlamentar Jorge Bastos na diretoria da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Ele entra no lugar de Francisco Oliveira Filho, também ligado ao ministro das Comunicações, Hélio Costa (PMDB).
Impasse
A queda de braço entre o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel e o ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias, os caciques petistas que disputam a vaga de candidato a governador de Minas, pode tirar os dois do páreo. A prioridade do presidente Lula é um acordo que garanta o apoio do ministro das Comunicações, Hélio Costa (PMDB), à candidatura de Dilma Rousseff (PT).
Casa própria
Pela primeira vez, a Caixa Econômica Federal superou a barreira dos R$ 100 bilhões em empréstimos imobiliários. Liberou a pessoas físicas, jurídicas e ao setor de habitação, em 2009, créditos no valor de R$ 125 bilhões
Aliança/ O vice-governador de Santa Catarina, Leonel Pavan (PSDB), alvejado por denúncias, está fora da sucessão do governador Luiz Henrique (PMDB), que disputará uma vaga ao Senado. Ambos devem apoiar a candidatura de Raimundo Colombo (DEM).
Gripe/ Nem Funai, nem Polícia Federal. O principal motivo da desmobilização dos índios da etnia potiguar — que ocupavam há mais de dez dias a sede da Funai, em Brasília — foi uma gripe. Abatidos, com febre e dor de garganta, os cerca de 600 índios bateram em retirada, rumo ao litoral norte da Paraíba. Porém, o cacique Caboclinho promete voltar com 5 mil indígenas a Brasília, caso as reivindicações não sejam atendidas pelo presidente da Funai, Márcio Meira.
Multa/ De olho na propaganda eleitoral antes da hora, o Ministério Público da Bahia pediu a condenação do ministro da Integração Nacional e do presidente do diretório municipal do PMDB de Vitória da Conquista por propaganda eleitoral irregular. A multa pode chegar a R$ 25 mil. “Tô com vocês. Boas festas [Geddel]”, diziam os outdoors espalhados pela Bahia.
Exército
A propósito da nota “Quem pode, pode”, na coluna Brasília-DF, o Centro de Comunicação Social do Exército esclarece: o mandato da ONU que estabelece a missão do General de Brigada Floriano Peixoto Vieira Neto, no cargo de Comandante das Forças Militares da Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (Minustah), se encerra em 09 de abril de 2010, quando será substituído.
Inicialmente, o General-de-Divisão Carlos Alberto dos Santos Cruz, em razão de exercer o cargo de Comandante da 2ª Divisão de Exército (2ª DE), Grande Comando Operacional a que estão subordinadas as Organizações Militares que constituem o atual contingente brasileiro da Minustah, foi designado pelo Comandante Militar do Sudeste (CMSE) para deslocar-se ao Haiti com o objetivo de prestar solidariedade e de levar mensagem de estímulo do Comandante Militar de Área aos integrantes das tropas do CMSE.
Posteriormente, com a evolução dos fatos, e tendo em vista a retomada do rodízio dos contingentes e a previsão de traslado dos corpos dos nossos militares falecidos para o Brasil, no próximo dia 20 (4ª feira), tornou-se imperiosa a necessidade da presença do Comandante da 2ª DE na coordenação direta das medidas a serem adotadas em São Paulo (SP).
» Centro de Comunicação Social do Exército
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