domingo, 12 de agosto de 2012

Mais álcool, menos gasolina

Brasília-DF - Luiz Carlos Azedo
Correio Braziliense - 11/08/2012
 
Desde a descoberta do petróleo da camada pré-sal, em que pese a construção das novas usinas hidrelétricas da Amazônia, a busca de energia limpa deu marcha à ré. Com o foco da Petrobras voltado para a exploração de óleo em alto-mar, a ideia de transformar o país em potência do biocombustível ficou para trás.

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"Nosso etanol perde competitividade e deixa de ser vantajoso em relação à gasolina, que vive um artificialismo no seu preço. O combustível verde e amarelo está em baixa por vários fatores, mas, principalmente, pela falta de uma política estável de incentivo à produção", critica o deputado Arnaldo Jardim (PPS-SP), presidente da Frente Mista de Defesa da Infraestrutura e membro da Comissão de Minas e Energia da Câmara.

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De acordo com a Secretaria de Comércio Exterior, o Brasil deixou de ser um potencial exportador de biocombustíveis para ser um grande importador. Em 2011, o país comprou dos Estados Unidos 1,1 bilhão de litros de etanol destilado de milho. "Esse fato está na contramão do discurso oficial, de que o Brasil não pode e não deve abrir mão do uso de energias renováveis e limpas", destaca Jardim.

Promessa

O Ministério de Minas e Energia estuda o assunto, mas, até agora, o governo não efetivou a redução de PIS/Cofins da cadeia produtiva e o aumento da mistura de etanol à gasolina para 25%, suficiente para reaquecer o setor sucroacooleiro. A safra 2011/2012 recuou 17%, ou seja, 5 bilhões de litros.

Museu//

O escritor Jorge Amado, cujo centenário de nascimento está sendo comemorado em todo o país, ganhará um museu exclusivo. A decisão foi anunciada pelo governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), durante café na casa em que o escritor morou, em Salvador. O governo de Portugal doou projeto, de autoria do arquiteto Miguel Correa.

Mano a mano

O Tribunal Superior Eleitoral aprovou resolução sobre o tempo dos candidatos da cidade de São Paulo no horário eleitoral gratuito. Com a decisão, José Serra (PSDB) e Fernando Haddad (PT) passam a ter 7 minutos e 39 segundos, cada, na tevê e no rádio. É o único aspecto da campanha no qual o tucano e o petista estão em igualdade de condições.

Das cinzas

O DEM pode renascer das cinzas e recuperar antigos redutos eleitorais no Nordeste. Presidente da legenda, o senador potiguar José Agripino Maia não esconde a alegria com as últimas pesquisas de intenção de votos. Em Salvador, com ACM Neto; em Fortaleza, com Moroni Torgan; e em Aracaju, com João Alves Filho, a legenda é favorita.

Deixar cair

Diante da intransigência dos ruralistas, o líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB), já trabalha com a possibilidade de deixar a medida provisória do Código Florestal caducar. Em maioria na comissão mista que examina a matéria, a turma do agronegócio aprovou emenda que desobriga os proprietários de reflorestar as margens dos rios intermitentes, uma grave ameaça bioma do Cerrado.

Índios

A população indígena voltou a crescer, segundo o IBGE. Agora, são 896,9 mil pessoas, de 305 etnias, que falam 274 línguas

Réus do Além

Dois defuntos assombram os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo a defesa, os empréstimos tomados pelo empresário Marcos Valério foram obra exclusiva do ex-vice-presidente do Banco Rural José Augusto Dumont — que morreu em um acidente em abril de 2004 . E o ex-tesoureiro e ex-líder do PP na Câmara José Janene — morto em setembro de 2010 — seria o destinatário do dinheiro que caberia ao ex-deputado Pedro Corrêa e ao deputado licenciado Pedro Henry, ambos do PP.

Dinamite/ A Operação Ágata, que mobiliza 9 mil homens do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, de Foz do Iguaçu a Corumbá, além de mil homens da Polícia Federal, aprendeu 12 toneladas de explosivos. Grande parte desse material era transportada por caminhão e foi interceptada no sul de Mato Grosso. Além de dinamite, foram recuperados 9 mil metros de mecha, 315 espoletas e armas diversas.

Exportações/ Fiscais federais agropecuários, em greve, deixaram de emitir os certificados internacionais necessários para as exportações de carne e outros produtos nos portos de Santos (PS),Paranaguá (PR), Itajaí (SC) e Navegantes (SC). Frigoríficos e produtores estão acumulando grandes prejuízos.


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