Brasília-DF - Luiz Carlos Azedo |
Correio Braziliense - 05/08/2012 |
A avaliação de parte da oposição de que o julgamento dos 38 réus do
mensalão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) servirá para
"desconstruir" a imagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é
precipitada. Primeiro, o líder petista não está no banco dos réus;
segundo, sua popularidade é associada à avaliação positiva de seus dois
governos, independentemente do escândalo que marcou o primeiro
mandato.
A pesquisa de opinião divulgada na sexta-feira pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT) mostrou como anda o prestígio de Lula: se houvesse eleições para a Presidência, Lula venceria com 69,8% dos votos; Aécio Neves (PSDB-MG) teria 11,9%; e Eduardo Campos (PSB), 3,2%. Ou seja, o ex-presidente, aparentemente, continua imbatível nas urnas. Somente a candidatura à reeleição da presidente Dilma Rousseff, que hoje teria 56% dos votos, pode barrar o suposto projeto de volta ao poder. Lula tirou o corpo fora da crise do mensalão quando ocupava a Presidência da República. Depois do barraco que armou ao procurar o ministro Gilmar Mendes para tentar adiar o julgamento, o ex-presidente "arrecuou os arfes", como diria o folclórico roupeiro botafoguense Neném Prancha. Ou seja, já deu a demonstração de solidariedade aos companheiros e aliados que estão no banco dos réus. Agora, vai aguardar o resultado numa espécie de "me inclua fora dessa" e tratar de aproveitar a campanha eleitoral para reencontrar os militantes petistas e seus eleitores. Rotina No Palácio do Planalto, a ordem é manter a rotina e não deixar o julgamento contaminar as atividades do governo. Os ministros estão orientados a não dar opinião sobre o julgamento. A intenção é descolar o governo Dilma do caso. O único réu que ainda exerce funções no governo é o ex-presidente do PT José Genoino, assessor especial do Ministério da Defesa. Porém, é um apadrinhado do ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Nelson Jobim, que o nomeou quando era o ministro da pasta. Fronteiras A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado examina na terça-feira projeto da senadora Ana Amélia (PP-RS) que permite a instalação de lojas francas (freeshops) nas 28 cidades brasileiras que fazem fronteira com outros países e estão sofrendo brutal concorrência dos nossos vizinhos. Saia justa A Associação da Parada do Orgulho LGBT de Brasília convidou o governador Agnelo Queiroz a comparecer ao evento, marcado para 23 de setembro. Em 14 edições, a manifestação nunca teve a presença de um governador. Gays Pesquisa da USP mostra que, em Brasília, da população acima de 18 anos, são homossexuais ou bissexuais 10% dos homens e 5% das mulheres Lançamento/ Dirigido por Isa Grinspum Ferraz, sobrinha de Carlos Marighella, o documentário Marighella, com narração do ator Lázaro Ramos e música-tema de Mano Brown, entra em cartaz no próximo dia 10. O filme foi exibido em sessões lotadas na última Mostra Internacional de São Paulo e no Festival do Rio de 2011. Resíduos/ Terminou o prazo definido pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei n° 12.305/2010) para apresentação do Plano de Gestão de Resíduos Sólidos, que garante aos municípios o repasse de recursos federais para as áreas de saneamento e limpeza urbana. Mais da metade dos 5.564 municípios do país não dão destinação correta ao lixo. |
domingo, 5 de agosto de 2012
A "desconstrução"
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário