Por Luiz Carlos Azedo
Com Guilherme Queiroz
luizazedo.df@diariosassociados.com.br
O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), desembarcou ontem à noite em Brasília. Motivo: pegar uma carona hoje de manhã com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para Pirapora (MG), onde começa a Caravana do São Francisco de Dilma Rousseff (PT), a ministra candidata que precisa subir rápido nas pesquisas. Lula guarda na memória a primeira grande incursão pela região, em 1994, quando perdeu para Fernando Henrique Cardoso mas começou a conquistar o coração dos nordestinos. Uma foto sua coalhada de crianças, às margens do São Francisco, é uma de suas favoritas.
Wagner poderia esperar a comitiva na Bahia, como bom anfitrião, mas aí a foto do desembarque seria capitalizada pelo ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima (PMDB), seu desafeto, que desafia o petista com o propósito de tomar o seu lugar no Palácio de Ondina. Foi o próprio presidente Lula quem solicitou a presença do governador baiano no voo presidencial. Há quem aposte que usará seu poder de sedução para fazer nova tentativa de reaproximar Geddel e Wagner, garantia de um único palanque governista para Dilma. Não será tarefa fácil, a não ser que Geddel jogue logo a toalha, mas esse não é do feitio do tinhoso peemedeebista. A aliança PT-PMDB na Bahia hoje não existe.
Casa nova
O governador de Minas, Aécio Neves (PSDB), marcou a mudança do primeiro grupo de funcionários para a futura sede do governo do estado, no bairro Serra Verde, em Belo Horizonte, para 15 de janeiro. O último pilar de sustentação da futura sede do governo — o maior prédio suspenso do mundo — já foi retirado. Inicialmente, serão transferidos para a Cidade Administrativa, projetada por Oscar Niemeyer, a Governadoria, a Vice-Governadoria e as Secretarias de Estado de Planejamento e Gestão e de Governo. Cerca de 16 mil servidores serão transferidos ao longo do primeiro semestre.
No ar
No Brasil, três obras ficaram famosas por desafiarem a engenharia, o Museu de Arte de São Paulo (Masp), a ponte Octávio Frias de Oliveira, em São Paulo, e a ponte Hercílio Luz, em Florianópolis (SC). O prédio da Cidade Administrativa do Estado de Minas Gerais, com quatro andares, envidraçado, está suspenso pelo teto por apenas duas colunas. Tem vão central de 80 metros e duas balanças de 35 metros. Ou seja, tem o comprimento de 150 metros
Participativo/ O relator-geral do Orçamento, deputado federal Geraldo Magela (PT-DF), discute, hoje, às 9h, a previsão de gastos e investimentos do governo federal para 2010. Participarão do debate os representantes do Fórum Brasil do Orçamento (FBO), que reúne entidades de todo o país que acompanham a execução do orçamento público. Além de apresentar propostas, se discutirá a destinação de recursos para o incentivo à participação das entidades civis no controle dos gastos públicos.
Traslado/ A Comissão de Relações Exteriores do Senado aprovou, em caráter terminativo, proposta que obriga o governo a arcar com os custos de repatriação de brasileiros falecidos no exterior quando sua família for de baixa renda. Preocupado com o impacto no orçamento da estrutura consular, o Itamaraty não gostou da iniciativa. O Ministério do Planejamento também está ressabiado com a nova despesa.
Cautela/ Apesar da vontade de ser vice na chapa da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, o presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (SP), não deve abandonar a agenda no interior paulista. Para todos os efeitos, até as convenções partidárias de 2010, o peemedebista não quer descartar a possibilidade de disputar a reeleição a deputado federal.
Armas/ A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou uma PEC que proíbe, pelo prazo de 10 anos, o arrocho de verbas destinadas ao reaparelhamento das Forças Armadas. Pela proposta, os recursos também não poderão ser usados para engordar o superávit, durante o período.
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