segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Acordão para salvar as empreiteiras


O Palácio do Planalto pressiona as grandes empresas envolvidas no escândalo da Operação Lava-Jato a assinarem um acordo de leniência para que possam continuar recebendo créditos dos bancos públicos.

A Advocacia-Geral da União (AGU) argumenta que o acordo é necessário para que os contratos tenham segurança jurídica, mas nega as pressões. Sem o acordo, os contratos podem ser anulados, pois os bancos estariam sujeitos a regras de gestão financeira.

Na verdade, trata-se de uma grande operação para tentar evitar que as empresas sejam declaradas inidôneas, o que paralisaria todas as grandes obras do país e obrigaria o governo a contratar outras empreiteiras em regime de urgências ou realizar novas licitações.

O grande argumento para o acordão isso é patriótico: punição tão drástica provocaria a desnacionalização do setor, com a entrada de grandes empresas estrangeiras no mercado doméstico. 

Defesa conjunta

A Polícia Federal vazou anotações apreendidas no apartamento do empresário Ricardo Pessoa, dono da UTC Engenharia, que revelam estratégias jurídicas adotadas pelas empresas investigadas pela Operação Lava-Jato para levar a investigação à nulidade e ao arquivamento. Uma delas é "fragilizar”  as delações premiadas.

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