Por Luiz Carlos Azedp
Com Guilherme Queiroz
luiz.azedo.df@diariosassociados.com.br
Nunca as relações entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente do PMDB, Michel Temer (SP), estiveram tão boas. O petista sempre teve dificuldades
para lidar com o estilo seco e impessoaldo cacique do PMDB, que manteve obstinada oposição no primeiro mandato e desembarcou de mala e cuia no segundo governo Lula. Hoje, o PMDB é uma força de sustentação mais decisiva do que o próprio PT no Congresso e escanteou os demais aliados do governo. Agora, Temer tem pressa
para fechar a coligação eleitoral com a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, certo de que o sucesso nessa empreitada, num momento de baixa da
petista nas pesquisas de intenções de voto, lhe garantirá o lugar de vice na chapa presidencial.
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Terça-feira, Temer embarca do Rio deJaneiro para Copenhague, na Dinamarca, em companhia do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, e do prefeito carioca,Eduardo Paes, para a reunião do Comitê Olímpico Internacional
(COI) que vai decidir a sede das Olimpíadas de 2016. Lula faz campanha pelo
Rio de Janeiro, mas o assunto principal entre os companheiros de viagem é a consolidação da aliança do PMDB com o PT na sucessão de 2010. Lula tem pressa. Temer, também. Cabral e Paes são fiadores da aliança com Dilma, mas andam
agastados por causa dopré-sal e querem pagar para ver.
É Galo (13)Voador
Será difícil cumprir o prazo de 10 de novembro para começar a votação dos quatro projetos do pré-sal na Câmara. A proposta de partilha tem 350 emendas sobre a exploração e produção de petróleo, gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos na camada pré-sal. Há 301 emendas aoFundo Social, que está sendo pulverizado. A
criação da Petro-Sal recebeu 105 emendas e a capitalização da Petrobras, 67. A propósito,emenda do deputado Lelo Coimbra (PMDB-ES)suprime do texto a delimitação de “áreas estratégicas” de exploração por decreto presidencial. “É um cheque em branco, à reveliados estados e do Congresso”, dispara.
Metrô//
A partir de amanhã, o Metrô-DF retoma as negociações com a Cooperação Andina de Fomento (CAF) para financiamento do projeto Corredor Eixo-Sul (Veículo Leve Sobre Pneus), que liga Gama,Santa Maria e Entorno ao Plano Piloto. Seis representantes da
instituição estão em Brasília para análise do empreendimento. BRASÍLIA-DF por Luiz Carlos Azedo » luizazedo.df@diariosassociados.com.br
MIGALHAS
Sob pressão de sete governadores, o Ministério do Planejamento criou um grupo
de técnicos encarregados de estudar a disponibilidade de recursos que poderão ser
destinados às compensações da Lei Kandir,no ano que vem, na proposta da Lei
Orçamentária de 2010. Os estados pedem pelo menos R$ 3,9 bilhões No hangar Esperada para o fim de agosto, a reestruturação da diretoria da Infraero não saiu do hangar. Há quatro meses, o diretor de Operações da estatal, João Márcio Jordão, acumula a Diretoria de Engenharia e MeioAmbiente, departamento encarregado de assinar
ordens de serviço das obras da estatal. Entre elas, as ações do Programa de celeração do Crescimento (PAC), que andam empacadas: nenhum centavo do PAC de 2009 foi executado este ano.
José
O jogo do bicho está em vias de provocar um grande racha no PT, que não
esqueceu aorigem dos infortúnios do primeiro mandato do presidente Luiz Inácio
Lula da Silva: o famoso caso Waldomiro Diniz,assessor parlamentar do então
ministro da Casa Civil, José Dirceu, que se meteu com a jogatina. Patrocinada pela bancada pernambucana em peso, a legalização dos bingos divide ao meio os petistas na
Câmara. Presidente da legenda, Ricardo Berzoini (SP) trabalha a favor; o secretáriogeral,José Eduardo Cardozo, de São Paulo, faz comício contra. José
Genoíno (SP)acredita que legalizar é a única maneira de impedir sua contaminação
por outras atividades ilegais. Antônio Biscaia (RJ) pensa o contrário: os bingos lavam dinheiro do tráfico de drogas e são controlados por bicheiros.
Não tem
Líder do PMDB na Câmara, o deputado Henrique Eduardo Alves (foto), do Rio Grande
do Norte, já avisou ao governo que a bancada não embarcará no projeto de
taxação das cadernetas de poupança com saldo superior a R$ 50 mil, como quer o ministro da Fazenda,Guido Mantega. Argumenta que é matéria antipopular, que dá urticária nos deputados da legenda e nos demais aliados do governo. A proposta
virou bandeira eleitoral da oposição, que já está batendo no governo.
Divórcio/ Responsável pela eleição de 12 dos 46 deputados
federais do Rio de Janeiro, a aliança PMDB-PP não será repetida em 2010. O
diretórioestadual peemedebista quer aumentar sua bancada de 10 para 12 parlamentares, número difícil de atingir dividindo votos da coligação com os exaliados.Apesar do divórcio, o PMDB abriu as portas para progressistas
concorrerem pelo partido.
Barrigada/ Procurado pelo ex-governador Joaquim Roriz, que oferece um palanque no Distrito Federal à candidatura presidencial do deputado Ciro Gomes (PSB-CE), o PSB brasiliense não quer conversar sobre o assunto antes de 3 de outubro, quando se encerra o prazo de filiação partidária. Os socialistas temem alimentar boatos de uma eventual filiação de Roriz.
Municípios/ Presidente da Confederação Nacionalde Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski promete botar a boca no trombone, amanhã, por causa da queda de arrecadação do Fundeb. O deficit, em relação a 2007, aumentou 1,4%. Formadas por 20%
da arrecadação de tributos como o IPVA e o ICMS e por recursos do FPM e do FPE, as verbas do Fundeb retornam ao município de acordo com o número de
matrículas na rede escolar.
Na coluna Brasília/DF, dia 27 de setembro, domingo, no Correio Braziliense
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