Luiz Carlos Azedo
Correio Braziliense- 18/01/2015
Morreu na madrugada deste sábado, em Brasília, o jornalista Oswaldo Buarim Jr., ex-editor de Política do Correio Braziliense no período entre 2005 e 2009. Ele estava em casa, com a família, quando foi vítima de um infarto fulminante. Havia completado 49 anos no último 5 de janeiro. Era casado com a jornalista Marina Oliveira e deixa dois filhos: David, 9 anos, e Ciro, 23, além da enteada Mila, de 16, a quem considerava filha.
Natural de Araraquara (SP), Buarim atualmente trabalhava como gerente de comunicação da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (Abdi). Antes, teve uma carreira impressionante tanto em redações quanto em assessorias de imprensa, sempre em Brasília. Chegou à cidade em 1984 para prestar vestibular na Universidade de Brasília (UnB).
No Correio, como editor de Política, comandou uma equipe que ganhou praticamente todos os prêmios relevantes do jornalismo brasileiro. Brilhou também no Jornal do Brasil, Revista Época, Folha de São Paulo, Zero Hora, Petrobras, Ministério de Minas e Energia e Câmara dos Deputados — lá atuou como assessor de imprensa do deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), então presidente da Casa. Assessorou também a presidente Dilma Rousseff quando ela era chefe da Casa Civil. Depois, acompanhou-a na campanha eleitoral de 2010 e na Presidência da República.
A morte repentina chocou parentes, amigos e colegas de profissão. “Hoje é um dia muito triste para mim. Perdi nesta madrugada meu ex-marido, o jornalista Oswaldo Buarim Junior, pai do meu filho mais velho, Ciro Buarim. Um homem maravilhoso, bom, amigo, um ser humano que todos que conheceram queriam bem”, escreveu a também jornalista Cynara Menezes.
Outros profissionais que com ele trabalharam registraram o pesar, como a ex-ministra de Comunicação Social Helena Chagas: “Também chocada. Uma perda imensa não só para a família e para os amigos, mas também para o jornalismo sério e honesto. Que Deus dê muita força à Marina, filhos e à legião de amigos que ele deixa”.
Bom humor
Outro amigo que sentiu a perda de Buarim foi o jornalista Eumano Silva. Os dois estudaram na UnB, dividiram apartamento e trabalharam juntos em vários jornais e revistas. “Junão (como Buarim era conhecido entre os amigos mais íntimos) chegou a Brasília em 1984 e foi um dos mais queridos de nossa geração, tanto na UnB quanto nas redações e nas assessorias pelas quais passou”, lembrou Eumano, também ex-editor de Política do Correio Braziliense e amigo de Buarim desde o primeiro momento em que o paulista chegou à capital. “Alegre e festeiro, era um jornalista inteligente, com grande visão política e bom humor”, completou.
O enterro está marcado para hoje, às 11h30, no Cemitério Campo da Esperança, com saída da Capela 1, onde o velório estará aberto a partir das 8h.
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