Brasília-DF - Luiz Carlos Azedo
Correio Braziliense - 12/04/2012
A presidente Dilma Rousseff foi surpreendida pela decisão do Congresso de abrir uma CPI mista para investigar as relações do contraventor Carlos Cachoeira. Estava nos Estados Unidos e tomou conhecimento do fato consumado, mas decidiu lavar as mãos. O assunto é problema do Congresso. Quem no governo manteve relações perigosas com o banqueiro da jogatina goiana e seus outros negócios que se explique sobre o que andou fazendo. E esclareça tudo fora do cargo.
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O vice-presidente da República, Michel Temer, que ainda exercia a Presidência na terça-feira, não foi surpreendido pela CPI, foi atropelado. No jantar de comemoração de aniversário do PMDB, ainda procurava entender o que estava acontecendo. A iniciativa da bancada petista na Câmara, motivada pelo desejo de vingança por causa do julgamento do mensalão e das recentes denúncias contra integrantes da legenda baseadas em vídeos gravados pela arapongagem de Cacheira, era avaliada como um gesto sem pé nem cabeça devido às relações de integrantes da legenda com o contraventor.
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Ontem, o líder do PT no Senado, Walter Pinheiro (BA), justificava a decisão de endossar a CPI mista: "A proposta veio da bancada na Câmara, nós encampamos. É preciso investigar tudo e desmantelar essa rede de arapongagem". Nos bastidores do Palácio do Planalto, Pinheiro está sendo acusado de açodamento. Embora a presidente Dilma tenha lavado as mãos, ministros da Casa avaliam que CPIs costumam "dar dores de cabeça ao governo".
Por dentro
A presidente Dilma Rousseff chegou às 6h dos Estados Unidos e às 11h já estava no Palácio do Planalto, despachando com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. A agenda oficial era a execução dos programas da pasta, mas o assunto mais quente foi a Operação Monte Carlo.
Camarote
O líder da bancada do PMDB na Câmara, o potiguar Henrique Eduardo Alves, já iniciou as conversas para indicar os nomes da legenda que vão compor a CPI. Até agora não apareceu nenhum integrante da sigla nas gravações da Operação Monte Carlo, nem mesmo de Goiás. A disposição da bancada do PMDB é assistir de camarote ao embate entre o PT e o PSDB na CPI.
Espeto de pau
Em casa de ferreiro, espeto de pau. O líder do PT na Câmara, Jilmar Tatto (SP), decidiu pleitear a presidência da CPI mista que vai investigar o caso Cachoeira, deixando a relatoria da comissão para um senador indicado pelo PMDB. Na verdade, o partido assumiu uma posição menos agressiva em relação à Operação Monte Carlo. Todos os parlamentares consultados na bancada se recusaram a aceitar a relatoria.
Dura Lex
O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Gilson Dipp, escolhido para substituir a ministra Laurita Vaz como relator do pedido de habeas corpus do contraventor Carlos Cachoeira, notabilizou-se pelo jogo duro contra os juízes suspeitos de corrupção em diversos tribunais regionais quando era corregedor do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Tô fora//
O ministro da Previdência, Garibaldi Alves, não pretende deixar o cargo tão cedo. Já comunicou o fato aos colegas de bancada do PMDB no Senado. Com isso, pôs um ponto final nas especulações de uma eventual candidatura à Presidência da Casa na sucessão de José Sarney (PMDB-AP).
Pluralista/ Cerca de 2 mil prefeitos estão em Brasília para o encontro de hoje com a presidente Dilma Rousseff, que pretende lançar o programa Minha Casa, Minha Vida para as cidades com menos de 50 mil habitantes. Os que vão disputar a reeleição, não importa o partido, estão rindo à toa.
Convite/ O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Carlos Ayres Britto se encontra hoje com a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto. O motivo da visita é o convite para a cerimônia na qual assumirá a Presidência do STF, em 19 de abril.
Azebudsman/ A propósito da nota intitulada Lépido, publicada ontem na coluna, a assessoria do senador João Ribeiro (PR-TO) informa que ele reassumiu o mandato, do qual havia se licenciado para tratar de diabetes. Desde que voltou a exercer o cargo, caminha todos os dias por recomendações médicas. Por isso, já perdeu 15 quilos e está "vendendo saúde".
Juros
Em queda há quatro meses, a taxa média de juros para pessoa física cobrada por instituições financeiras não se mexeu em março, apesar das pressões do governo para que os bancos privados reduzam os spreds bancários: 6,33%
Correio Braziliense - 12/04/2012
A presidente Dilma Rousseff foi surpreendida pela decisão do Congresso de abrir uma CPI mista para investigar as relações do contraventor Carlos Cachoeira. Estava nos Estados Unidos e tomou conhecimento do fato consumado, mas decidiu lavar as mãos. O assunto é problema do Congresso. Quem no governo manteve relações perigosas com o banqueiro da jogatina goiana e seus outros negócios que se explique sobre o que andou fazendo. E esclareça tudo fora do cargo.
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O vice-presidente da República, Michel Temer, que ainda exercia a Presidência na terça-feira, não foi surpreendido pela CPI, foi atropelado. No jantar de comemoração de aniversário do PMDB, ainda procurava entender o que estava acontecendo. A iniciativa da bancada petista na Câmara, motivada pelo desejo de vingança por causa do julgamento do mensalão e das recentes denúncias contra integrantes da legenda baseadas em vídeos gravados pela arapongagem de Cacheira, era avaliada como um gesto sem pé nem cabeça devido às relações de integrantes da legenda com o contraventor.
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Ontem, o líder do PT no Senado, Walter Pinheiro (BA), justificava a decisão de endossar a CPI mista: "A proposta veio da bancada na Câmara, nós encampamos. É preciso investigar tudo e desmantelar essa rede de arapongagem". Nos bastidores do Palácio do Planalto, Pinheiro está sendo acusado de açodamento. Embora a presidente Dilma tenha lavado as mãos, ministros da Casa avaliam que CPIs costumam "dar dores de cabeça ao governo".
Por dentro
A presidente Dilma Rousseff chegou às 6h dos Estados Unidos e às 11h já estava no Palácio do Planalto, despachando com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. A agenda oficial era a execução dos programas da pasta, mas o assunto mais quente foi a Operação Monte Carlo.
Camarote
O líder da bancada do PMDB na Câmara, o potiguar Henrique Eduardo Alves, já iniciou as conversas para indicar os nomes da legenda que vão compor a CPI. Até agora não apareceu nenhum integrante da sigla nas gravações da Operação Monte Carlo, nem mesmo de Goiás. A disposição da bancada do PMDB é assistir de camarote ao embate entre o PT e o PSDB na CPI.
Espeto de pau
Em casa de ferreiro, espeto de pau. O líder do PT na Câmara, Jilmar Tatto (SP), decidiu pleitear a presidência da CPI mista que vai investigar o caso Cachoeira, deixando a relatoria da comissão para um senador indicado pelo PMDB. Na verdade, o partido assumiu uma posição menos agressiva em relação à Operação Monte Carlo. Todos os parlamentares consultados na bancada se recusaram a aceitar a relatoria.
Dura Lex
O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Gilson Dipp, escolhido para substituir a ministra Laurita Vaz como relator do pedido de habeas corpus do contraventor Carlos Cachoeira, notabilizou-se pelo jogo duro contra os juízes suspeitos de corrupção em diversos tribunais regionais quando era corregedor do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Tô fora//
O ministro da Previdência, Garibaldi Alves, não pretende deixar o cargo tão cedo. Já comunicou o fato aos colegas de bancada do PMDB no Senado. Com isso, pôs um ponto final nas especulações de uma eventual candidatura à Presidência da Casa na sucessão de José Sarney (PMDB-AP).
Pluralista/ Cerca de 2 mil prefeitos estão em Brasília para o encontro de hoje com a presidente Dilma Rousseff, que pretende lançar o programa Minha Casa, Minha Vida para as cidades com menos de 50 mil habitantes. Os que vão disputar a reeleição, não importa o partido, estão rindo à toa.
Convite/ O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Carlos Ayres Britto se encontra hoje com a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto. O motivo da visita é o convite para a cerimônia na qual assumirá a Presidência do STF, em 19 de abril.
Azebudsman/ A propósito da nota intitulada Lépido, publicada ontem na coluna, a assessoria do senador João Ribeiro (PR-TO) informa que ele reassumiu o mandato, do qual havia se licenciado para tratar de diabetes. Desde que voltou a exercer o cargo, caminha todos os dias por recomendações médicas. Por isso, já perdeu 15 quilos e está "vendendo saúde".
Juros
Em queda há quatro meses, a taxa média de juros para pessoa física cobrada por instituições financeiras não se mexeu em março, apesar das pressões do governo para que os bancos privados reduzam os spreds bancários: 6,33%
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