Brasília-DPF - Luiz Carlos Azedo
Correio Braziliense - 21/01/2012
Não foi à toa que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, resolveu abrir as fronteiras norte-americanas aos brasileiros. Ficou para trás o medo de que chegasse uma nova leva de imigrantes de Governador Valadares (MG), que exportava trabalhadores clandestinos para a maior potência capitalista do mundo, hoje em crise. O turista brasileiro só perde para os chineses na expansão de seus gastos. Não foi só o olhar ianque que mudou desde a eleição da presidente Dilma Rousseff.
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Segundo o monitoramento dos 15 principais veículos de comunicação do mundo (Boletim Brasil nº12, Imagem Corporativa), o país continua sendo um grande "player" internacional, mesmo sem contar com o protagonismo diplomático do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O Brasil deixou de ser tratado como líder da América Latina, da qual se descolou. Hoje, é tratado como um dos grandes emergentes, ao lado da Rússia e da Índia, independentemente da boa relação com os vizinhos. Ganhou mais destaque como "local de investimento", categoria na qual aumentou em 258% a presença na mídia mundial.
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Os veículos que mais acompanham o que acontece no Brasil são El Mercurio (Chile), Financial Times (Reino Unido), Clarín (Argentina), The Wall Street Journal (EUA), El País (Espanha), China Daily (China), Le Monde (França), The Economist (Reino Unido), The New York Times (EUA) e Asahgi (Japão). O que queima o nosso filme no exterior é o de sempre: corrupção, inflação e falta de infraestrutura. A novidade são os problemas de organização da Copa do Mundo e os vazamentos de petróleo.
Estatismo
Ontem, por exemplo, repercutiu na mídia mundial uma reportagem sobre o Brasil publicada no The Economist intitulada "A mão visível", referência à "mão invisível da economia" de Adam Smith
(A riqueza das nações). Com o líder soviético Vladimir Lênin na capa, a publicação diz que o capitalismo de Estado se tornou um modelo nos países emergentes e compara o Brasil à Rússia e à China. Lembra que o país já teve 500 estatais, a maioria das quais foi privatizada, mas o Estado voltou a se fazer presente com força na economia nos últimos anos. O modelo seria uma mistura de práticas liberais com práticas estatizantes. Para Lênin (foto), o capitalismo de Estado era a "antessala do socialismo".
Nova era
Os tucanos comemoram a condenação dos assassinos da deputada Ceci Cunha (PSDB), do marido e de dois parentes em Alagoas, estado campeão de violência. "O PSDB sempre acreditou que a Justiça um dia seria feita. Treze anos de impunidade chegam ao fim. Que o resultado desse julgamento sirva para desencorajar aqueles que tentam chegar ao poder a qualquer custo", afirmou o presidente do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE). Considerado o mandante do crime, o ex-deputado Talvane Albuquerque foi condenado a 103 anos e quatro meses de prisão. Quatro assessores acusados de executar as vítimas receberam penas entre 75 e 105 anos.
Pediu pra sair
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (foto), candidato à reeleição, foi o grande ausente do programa de TV do PMDB, porque não fez questão de aparecer. Exibido na quinta-feira à noite, teve como principal estrela eleitoral o candidato do partido a prefeito de São Paulo, Gabriel Chalita. Quem falou como representante do PMDB fluminense foi o governador Sérgio Cabral.
Código
O novo Código de Processo Civil poderá ser votado em março, segundo previsão do presidente da comissão especial que discute a proposta, deputado Fabio Trad (PMDB-MS). Até lá, o relator-geral e os cinco sub-relatores terão de analisar 1.366 emendas
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