Brasília-DF - Luiz Carlos Azedo |
Correio Braziliense - 08/07/2012 |
A presidente Dilma Rousseff, que na sexta-feira foi vaiada por
servidores no Rio de Janeiro, quebrou mais uma cesta de ovos petista:
mandou cortar o ponto de todos os grevistas do governo federal. Com
isso, esticou ainda mais a corda com os funcionários, principalmente
das universidades federais. A ordem dada à ministra do Planejamento, Miriam Belchior, que negocia os aumentos, é não pagar os dias parados.
Antes, eram os parlamentares do PT que reclamavam da perda de influência na administração, a ponto de o presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), retirar-se de uma reunião com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, por causa da nomeação de um apadrinhado no Banco do Brasil que não saiu. Agora, são os sindicalistas da Central Única dos Trabalhadores (CUT) que esperneiam: "O servidor não pode ser intimidado e prejudicado por exercer um direito como o da greve. Vamos manter a paralisação", promete Oton Pereira Neves, do Sindicato dos Servidores do Distrito Federal (Sindsep-DF). Os sindicalistas querem equiparar os salários do Executivo aos do Legislativo e do Judiciário, o que equivaleria a um aumento médio de 22%, segundo o governo. A decisão de cortar o ponto dos grevistas engrossa o coro dos petistas que se queixam da mudança do tratamento recebido no Palácio do Planalto desde que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou o poder. Dilma quer acabar com as greves remuneradas do serviço público, marca registrada da CUT no Distrito Federal e no Rio de Janeiro. Buscapé// A conexão do empresário Adir Assad com a Delta Construções na execução das obras do Rodoanel, que é investigada pela CPI do Cachoeira, segundo os tucanos, não tem nada a ver com o governo de São Paulo. Os repasses federais de recursos da obra já foram auditados pelo Palácio dos Bandeirantes. E-comércio O comércio eletrônico movimentou, no ano passado, R$ 18,7 bilhões. Quem parou Os servidores estão em greve nos seguintes órgãos federais: Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Ministério da Saúde, Ministério do Planejamento, Ministério do Trabalho e Emprego, Ministério da Integração Nacional, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Ministério do Desenvolvimento Agrário, Ministério da Justiça, Fundação Nacional do Índio (Funai), Ministério da Agricultura, Arquivo Nacional, Instituto Nacional de Propriedade Industrial e Hospital das Forças Armadas. Cadafalso A CPI do Cachoeira tomará o depoimento do prefeito de Palmas, Raul Filho, na terça-feira. O petista foi gravado em 2004 em conversa com o contraventor goiano Carlinhos Cachoeira. Na gravação, eles negociam recursos em troca de vantagens na administração da capital do Tocantins. Das seis convocações aprovadas na reunião da CPI realizada na quinta-feira, a do prefeito de Palmas é a única agendada pelo presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB). Impostos O Senado aprovou projeto que reparte, entre estados de origem e de destino, o ICMS nas vendas pela internet. Antes dessa mudança, São Paulo ficava com 80% da receita, pois o consumidor de um estado que adquire o produto de uma loja virtual em outro estado paga o ICMS na origem da mercadoria. Autor do projeto, que agora segue para a Câmara, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), avalia que a proposta abre caminho para a reforma tributária. Candidatas/ Caiu a diferença entre os sexos nas candidaturas para o cargo de vereador. Foram registrados 51.731 mil candidatos. As mulheres somam 16.367 candidaturas, o que representa 31,6%. Ribeirinhos/ A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, e o comandante da Marinha, almirante Julio Soares de Moura Neto, assinam, amanhã, termo de cooperação técnica para a construção de 100 lanchas sociais para atender populações ribeirinhas do Norte e do Centro-Oeste. Serão gastos R$ 23,1 milhões. Jirau/ A Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados resolveu investigar denúncia de tortura nas dependências da Hidrelétrica de Jirau, no Rio Madeira. Na madrugada de 2 de abril, no auge do movimento grevista que resultou no incêndio de alojamentos da construtora Camargo Corrêa, Raimundo Braga Souza, 22 anos, foi detido e torturado por policiais que fazem a segurança da usina. Ficou 54 dias preso ilegalmente. Fedor/ Um rato morto mobilizou o serviço de limpeza do Congresso neste fim de semana. Está atormentando os profissionais da Rádio Senado. O animal morreu, mas não foi encontrado Ninguém aguenta o mau cheiro do rato. |
segunda-feira, 9 de julho de 2012
A greve e o ponto
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