Brasília/DF - Luiz Carlos Azedo
Correio Braziliense - 30/06/2012
Nova pesquisa CNI/Ibope mostrou que a avaliação do governo Dilma
Rousseff melhorou: é considerado ótimo ou bom por 59% da população, o
maior índice desde o início do mandato. Além disso, 77% dos brasileiros
aprovam a maneira de governar da presidente Dilma, mesmo percentual
apurado na pesquisa de março. A confiança mantém-se em 72% dos
entrevistados, o que endossa o seu estilo "durona" à frente do Palácio
do Planalto perante o mundo político.
» » »
Num ambiente em que os políticos da própria base do governo reclamam que
as coisas não andam — os empresários estão pessimistas e sustam
investimentos e os consumidores, endividados, desconfiam do crédito
fácil —, esses números surpreenderam a oposição. Ainda mais porque a boa
avaliação do governo é atribuída às medidas econômicas para combater a
inflação, reduzir a taxa de juros e baixar os impostos.
» » »
As áreas da educação, que registra uma longa greve nas universidades, e
da saúde, que não resolve a crise dos hospitais públicos, puxaram o
governo para baixo. Mesmo assim, a pesquisa mostra que os esforços da
presidente Dilma Rousseff para enfrentar a crise econômica foram
reconhecidos pela população. Como diria Norberto Bobbio, o bom governo é
aquele que defende o bem comum.
Sobem
As áreas mais bem avaliadas são combate à fome e à pobreza (57% de
aprovação), meio ambiente (55%) e combate ao desemprego (53%). As
ministras Tereza Campello e Izabella Teixeira, que respondem
pelas duas primeiras áreas, estão rindo à toa. Guido Mantega, da
Fazenda, e Brizola Neto, do Trabalho, também.
Descem
As políticas de saúde e educação vão de mal a pior para 66% e 54% da
população, respectivamente. Os ministros Alexandre Padilha (foto) e
Aloizio Mercadante, que comandam as duas pastas, podem ir preparando as
orelhas.
Ponto futuro//
A prioridade de Dilma Rousseff como presidente pro
tempore do Mercosul, após o impeachment do presidente Fernando Lugo,
será garantir que as eleições no Paraguai sejam democráticas, livres e
justas. O país foi suspenso do Mercosul até o pleito, previsto para
abril de 2013.
Carinho
O Programa Brasil Carinhoso do governo federal destinou, em junho, para
mais 1,9 mil famílias com crianças de até 6 anos
e renda mensal por pessoa inferior a R$ 70, o total de R$ 164,7 milhões
Volta ao ninho
Pressionado pelo ex-governador Paulo Hartung e a vice-presidente da
Câmara, Rose de Freitas (PMDB-ES), o deputado federal Lelo Coimbra
(PMDB-ES) desistiu da candidatura a prefeito de Vitória. Apoiará o
ex-prefeito Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB), que lidera a disputa. Seu
principal adversário é o deputado estadual Luciano Rezende (PPS).
Fácil, fácil
O BTG Pactual tentou comprar o BMG, da família Pentagna Guimarães, por
R$ 1 bilhão. Como modelo de negócio, sugeriu uma fusão com o
Panamericano, que tem como sócios o próprio BTG e a Caixa Econômica
Federal. A fórmula garantiria acesso aos R$ 10 bilhões colocados pela
CEF à disposição do Panamericano e não utilizados até agora. A operação
assustou o Palácio do Planalto, o mercado e o próprio BMG, cujos títulos
negociados em Nova York dobraram repentinamente de valor
Segredos
O Ministério da Defesa localizou a documentação sigilosa acumulada entre
1946 a 1991 pelo extinto Estado-Maior das Forças Armadas (EMFA). O
ministro da Defesa, Celso Amorim, informou o fato à Comissão da Verdade.
São 52 volumes de antigos segredos militares.
Festa/ Deputados do PSD comemoram a decisão do Supremo Tribunal Federal
(STF) sobre o tempo de propaganda eleitoral e o Fundo Partidário
destinados à legenda, que serão proporcionais à bancada de deputados
federais. Segundo o líder do PSD na Câmara, Guilherme Campos (SP), a
decisão consolida a legenda, que entra fortalecida nas eleições
municipais.
Pandora/ Depois de três anos de investigações, o Ministério Público
denunciou 38 pessoas envolvidas na Operação Caixa de Pandora, que apurou
esquema de corrupção na gestão de José Roberto Arruda no Governo do
Distrito Federal (GDF). Segundo o procurador-geral da República, Roberto
Gurgel, empresas beneficiadas em contratos sem licitação com o GDF
pagavam propina regular, muitas vezes mensal, a políticos aliados do
governo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário