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Não é só a indústria brasileira que anda  devagar, em razão da crise 
econômica mundial e das limitações do modelo  de expansão do mercado 
interno via consumo (devido ao endividamento das  famílias e ao próprio 
ciclo de reposição dos meios de consumo duráveis).  O governo também 
precisa acelerar.
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 Nos meios  empresariais, o desânimo começa a se espalhar. Há queixas 
de que o governo  transferiu para os consumidores o papel de alavanca do 
setor produtivo.  Deixou a taxa de investimentos cair, os contratos não 
são assinados  (caso dos aeroportos), a agenda legislativa anda a passos
 de cágado  (royalties de petróleo). Sobram reclamações de que as coisas
 não  caminham nas repartições federais.
 
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 O general do  Dnit segue o princípio da coluna: quem dá o ritmo das 
obras nas estradas  é o funcionário mais lento. O ministro não consegue 
realizar as  campanhas de saúde publicadas nos prazos anunciados pelo 
Twitter. E a  Esplanada se segura na popularidade da presidente Dilma 
Rousseff e põe a  culpa da própria lentidão no poder centralizador do 
Palácio do  Planalto.
 
 Código// A medida provisória sobre o novo Código  Florestal editada 
pela presidente Dilma Rousseff desagradou  ambientalistas e ruralistas. 
Deputados e senadores apresentaram mais de  620 emendas ao texto. A 
propósito, ontem foi o Dia Mundial do Meio  Ambiente.
 
 Vacina
 
 Somente 13 estados e o Distrito Federal  alcançaram a meta de vacinação 
contra a gripe, mesmo com uma semana de  prorrogação. O balanço mostra 
que 23.010.548 pessoas foram imunizadas,  76,33% de cobertura do 
público-alvo. Entre as gestantes, a adesão foi de  68,24%, índice que 
representa 1.474.474 mulheres desse grupo. A  expectativa do Ministério 
da Saúde é atingir a meta nacional de 80% do  público prioritário até 13
 de julho.
 
 Pacotinhos
 
 É beabá do  gerenciamento de crise: mentira precisa de cúmplice. Costuma
 pôr tudo a  perder quando aparece para depor uma secretária, um caseiro
 ou um  motorista. Desta vez, porém, foi um empresário que pôs lenha na 
fogueira  na qual arde o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). 
Walter  Paulo Santiago revelou à CPI mista do caso Cachoeira que o 
pagamento  pela casa que pertencia ao governador goiano foi feito em 
dinheiro e  entregue a Lúcio Gouthier Fiúza, assessor de Perillo, e ao 
ex-vereador  Wladimir Garcez, tido como um dos principais auxiliares do 
contraventor  Carlos Augusto Ramos, o Cachoeira. "Não paguei com cheque.
 Paguei com  notas de R$ 50 e R$ 100", disse.
 
 É sério
 
 Não foi uma simples  indisposição que impediu a senadora paulista Marta 
Suplicy de  participar do lançamento da candidatura do 
ex-ministro da Educação  Fernando Haddad (PT) à Prefeitura de São Paulo.
 O problema "íntimo" que  alegou é político: a forma como está sendo 
tratada pelo candidato e seu  estado-maior. A cúpula do PT avalia que 
não precisa da ex-prefeita  petista para ganhar a eleição tendo o 
ex-presidente Luiz Inácio Lula da  Silva como cabo eleitoral. E esnoba 
Marta, que resolveu pagar pra ver.  Haddad tem 3% de preferência do 
eleitorado nas pesquisas, os petistas  acham que têm 30% de eleitores 
cativos.
 
 Nossa Casa
 
 A Caixa  Econômica Federal reduziu as taxas do Sistema Financeiro da 
Habitação  (SFH), que baixaram de 9% para 8,85% para todos os clientes, 
mas pode  chegar a 7,8%, dependendo do nível de relacionamento com o 
banco. E  ampliou o prazo do financiamento da casa própria com recursos 
da  poupança de 30 para até 35 anos.
 
 Conselho
 
 Recado da escritora  Lygia Fagundes Telles, "imortal" da Academia
 Brasileira de  Letras, autora de Ciranda de pedra e As horas nuas, a 
propósito da crise  mundial e das viagens presidenciais, para a 
presidente Dilma Rousseff:  "Dê três voltas na sua casa antes de ir para
 a casa dos outros". É um  velho ditado chinês da dinastia Ming, que 
ouviu do líder comunista Mao  Tse Tung ao visitar a China na década de 
60.
 
 Royalties / O relator do projeto  de divisão dos royalties do 
petróleo, deputado Carlos Zarattini, do  PT-SP, concluiu seu parecer e 
espera votar o projeto de partilha até 15  de julho. O Rio de Janeiro 
está isolado na negociação. Se o presidente  da Câmara, deputado Marco 
Maia (PT-RS), não conseguir abrir uma janela  na pauta de votações da 
Casa, o texto será apreciado somente após as  eleições de outubro.
 
 Dólar/ O Banco Central dos EUA (FED) divulga  hoje o "livro bege", 
documento contendo avaliação da economia  norte-americana. O mercado 
aguarda uma luz no fim do túnel. Ben  Bernanke, presidente do FED, irá 
amanhã ao Comitê Conjunto de Economia  do Congresso, em Washington, para
 explicar o relatório.
 
 Voto/ Está  pronto para apreciação no plenário do Senado o projeto 
que acaba com o  voto secreto nos processos de cassação de senadores e 
deputados. Em  Brasília, a Câmara Legislativa adotou a medida em 2006, 
projeto do  deputado Chico Leite (PT).
 
 
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