Ninguém sabe quem é o spalla, mas já se ouve o som do primeiro-violino da orquestra de Dilma Rousseff. Como se sabe, esse instrumento é empunhado com a mão esquerda, mas executado com a direita.
Mais ou menos como a presidente da República reeleita pretende fazer para enfrentar o maior rombo das contas públicas desde o Plano Real e segurar a inflação, para recuperar credibilidade com o mercado.
Mais ou menos como a presidente da República reeleita pretende fazer para enfrentar o maior rombo das contas públicas desde o Plano Real e segurar a inflação, para recuperar credibilidade com o mercado.
O ajuste da taxa de juros (Selic ) de quarta-feira nada mais foi do que o primeiro acorde do ajuste fiscal que está sendo preparado pelo governo, segundo os analistas econômicos.
Além de cortar gastos, o governo vai aumentar tarifas e impostos, ou seja, fazer aquilo que durante a campanha disse que a oposição pretendia colocar em prática.
Além de cortar gastos, o governo vai aumentar tarifas e impostos, ou seja, fazer aquilo que durante a campanha disse que a oposição pretendia colocar em prática.
A taxa de
câmbio teve desvalorização de 10% depois de 3 de setembro. Em 12 meses, o
novo patamar do câmbio representa 0,5 ponto percentual a mais na
inflação. Por isso, a Selic subiu de 11% ao ano para
11,25% ao ano.
O horizonte é sombrio para o câmbio porque o Federal Reserve encerrou o programa de compra de ativos
e a normalização da política monetária nos EUA vai valorizar o dólar
frente às demais moedas. Os preços defasados
internamente, como o dos combustíveis, sofrerão grande impacto.
O BC pôs as barbas de molho. A Petrobras precisa desesperadamente dos reajustes da gasolina e do diesel. As empresas do setor elétrico estão quebradas e vão repassar os prejuízos para as contas de luz, por causa do uso intenso das termoelétricas para compensar os reservatórios vazios nas hidrelétricas.
O BC pôs as barbas de molho. A Petrobras precisa desesperadamente dos reajustes da gasolina e do diesel. As empresas do setor elétrico estão quebradas e vão repassar os prejuízos para as contas de luz, por causa do uso intenso das termoelétricas para compensar os reservatórios vazios nas hidrelétricas.
Estamos diante de um verdadeiro estelionato eleitoral iminente: enquanto o som da vitória cativa os ouvidos, é bom o contribuinte ficar de olho na carteira.
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