Brasília-DF - Luiz Carlos Azedo |
Correio Braziliense - 30/01/2013 |
Esquenta a campanha para as presidências da Câmara e do Senado, nas
quais o deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) e o senador Renan
Calheiros (PMDB-AL), respectivamente, são francos favoritos. Em outras
circunstâncias, as eleições no Congresso estariam no centro do
noticiário dos telejornais e da mídia. A disputa pelo comando das duas
Casas, porém, acabou ofuscada pela tragédia de Santa Maria.
» » Renan já fazia uma campanha silenciosa, nem sequer formalizou a candidatura até agora. Henrique só não seguiu a mesma trilha porque o seu colégio eleitoral é mais numeroso e exige articulação política mais ampla. Ambos estavam sendo bombardeados por adversários que exumavam velhas denúncias. » » O noticiário minava suas candidaturas, enquanto os possíveis concorrentes — Pedro Taques (PDT-MT) e Randolfe Rodrigues (PSol-AP), no Senado; Rose de Freitas (PMDB-ES) e Julio Delgado (PSB-MG), na Câmara — faziam um piquenique à sombra do noticiário político. Mas veio a fumaça de Santa Maria, que encobriu a batalha que se trava nos bastidores do Congresso. Tarrafa A presidente Dilma Rousseff orientou a equipe do PAC a manter uma relação republicana com os prefeitos de oposição. Não quer saber de discriminação e já iniciou uma rodada de audiências com os prefeitos das capitais, como ACM Neto, do DEM. O que espera deles são projetos que se enquadrem nos programas do governo e uma boa execução financeira, além do reconhecimento de que ninguém está sendo prejudicado por critérios partidários. Ligação direta O Palácio do Planalto resolveu aproveitar ao máximo o fato de que os municípios são considerados entes federados e já não dependem dos governos estaduais, nem de seus deputados e senadores, para captar recursos federais. Na segunda-feira, Dilma anunciou um pacote de bondades de R$ 66,8 bilhões em várias áreas. O problema agora é fazê-lo acontecer, o que é impossível sem parcerias com os prefeitos. A fórmula foi usada com sucesso pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para implantar o programa Bolsa Família, que garantiu sua reeleição em um ambiente político pautado pelo escândalo do mensalão do PT. Infra-estrutura Do pacote de bondades do governo federal, serão aplicados em obras de saneamento, pavimentação e mobilidade urbana R$ 35,5 bilhões Cadê o médico? Mais de 3 mil assinaturas foram recolhidas na última segunda-feira, primeiro dia do movimento “Cadê o Médico?”, realizado pela Frente Nacional de Prefeitos, em Brasília. O abaixo-assinado pedindo para que o governo federal adote medidas urgentes a fim de contratar médicos formados em outros países será entregue à presidente Dilma Rousseff e ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha. No volante O ator José Abreu, astro da última novela global Avenida Brasil, resolveu assumir a veia política e será candidato a deputado federal pelo PT. Amigo da presidente Dilma Rousseff, foi militante da antiga VAR-Palmares. Entre as proezas, a participação no transporte de parte do dinheiro do cofre da amante de Adhemar de Barros (imortalizado pelo bordão “rouba, mas faz”), Ana Benchimol Capriglione. Ela era o “Dr. Rui”. A bagatela de US$ 2,5 milhões estava sob sua guarda, em Santa Teresa, e foi roubada por guerrilheiros da VAR-Palmares para financiar a luta armada contra o regime militar. Mandacaru Depois do carnaval, Dilma Rousseff fará um giro pelo Nordeste socialista. A presidente planeja visitar, em fevereiro, a Paraíba, de Ricardo Coutinho, o Ceará, de Cid Gomes e, claro, Pernambuco, de Eduardo Campos. É um afago no PSB, partido-chave na coligação para a disputa da reeleição presidencial em 2014. Digital/ A ministra da Cultura, Marta Suplicy, e o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, lançam amanhã, no Rio de Janeiro, uma linha de crédito voltada para a digitalização de salas de cinema. Estarão o diretor-presidente da Ancine, Manoel Rangel, e representantes do mercado audiovisual. Queimaduras/ No Hospital Regional da Asa Norte de Brasília (Hran) a enfermaria de grandes queimados está sem anestesista. Quem passa perto se assusta com os gritos de dezenas de crianças atendidas diariamente no local para a troca de curativos. É que as feridas precisam ser lavadas para a remoção dos tecidos mortos, o que é muito doloroso. |
quarta-feira, 30 de janeiro de 2013
Tragédia ofuscou eleição
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