domingo, 14 de outubro de 2012

Eleições à parte


Brasília/DF Luiz Carlos Azedo
 11/10/2012 Correio Braziliense
 
O PMDB anunciará hoje o esperado apoio do deputado Gabriel Chalita ao candidato do PT à
prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad. Já estava tudo acertado pelo vice-presidente da
República, Michel Temer, com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando o líder do PMDB na
Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), entrou em campo.

O deputado exigiu o apoio do PT ao seu candidato em Natal, Hermano Moraes, engrossando o coro dos
descontentes com o PT por causa das disputas do segundo turno.O PT pretende apoiar Carlos Eduardo, do PDT, que lidera a disputa na capital potiguar, o que não é nada demais, uma vez que os dois partidos andam
às turras em vários lugares.

Tanto que o cacique peemedebista Geddel Vieira Lima, vice-presidente da Caixa Econômica Federal,
anunciou ontem o apoio ao candidato do DEM, ACM Neto, na disputa pela prefeitura de Salvador com o
petista Nelson Pelegrino. Geddel, provavelmente, renunciará ao cargo ou será demitido.

A presidente Dilma Rousseff viajou ontem para São Paulo. Encontrou-se com Lula e Temer. Mesmo
assim, os caciques do PMDB cancelaram a reunião marcada para ontem à tarde com objetivo de
anunciar o acordo de Chalita com Haddad. A legenda também exige neutralidade dos ministros
petistas em Mauá, município da Grande São Paulo, onde se enfrentam Vanessa Damo (PMDB) e
Donisete Braga (PT).

Previdência

O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia, do PT-RS, pretende votar o fim do fator
previdenciário logo após o segundo turno das eleições municipais.

Os ministérios da Fazenda e da Previdência são contra. “Vou procurar a Receita Federal e o
Ministério da Previdência para começarmos o debate”, avisou.

De volta

O deputado Augusto Carvalho, do PPS-DF, reassumiu o cargo de deputado federal. Afastado da
Câmara desde julho, retorna à Casa no lugar do titular, Geraldo Magela (PT), que permanece no
governo Agnelo Queiroz como secretário da Habitação.

Fair play

Por 9 a 1, o ministro Joaquim Barbosa foi eleito hoje presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele
será o primeiro negro a presidir um poder da República. Barbosa seguiu a tradição da Corte e votou num
colega: o ministro revisor do mensalão, Ricardo Lewandowski, com quem vem se digladiando desde
o começo do julgamento da Ação Penal 470. Eleito vice-presidente pelo mesmo placar, Lewandowski votou na ministra Cármem Lúcia.

Emoções

Bombou na internet, na reunião da cúpula do PT e no plenário do Senado, onde foi lida aos prantos
pelo senador Eduardo Suplicy, a carta escrita por Miruna Genoino, filha do ex-deputado e ex-presidente do PT José Genoino. Fala da vida do dirigente condenado pelo STF por corrupção ativa. Ele era o presidente do PT quando houve o escândalo do mensalão. 



Abstenções

O alto índice de abstenções no primeiro turno, principalmente nas grandes cidades, deixa os marqueteiros com a pulga atrás da orelha. Não sabem se foi fruto do desencanto com a política ou puro comodismo do eleitor. No segundo caso, pode resultar numa legião de votos úteis no segundo turno. Em São Paulo, não compareceram às urnas 30% os eleitores 

 
Por cima/ A ministra da Cultura, Marta Suplicy, trouxe Marcos Souza de volta ao cargo de diretor de
Direitos Intelectuais, que já começou a reestruturar o setor. Ele havia sido demitido por Ana de
Hollanda, em 2010.

Municípios/ Emenda do deputado Guilherme Campos limita em 30% o percentual que a União
poderá reter do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e do Fundo de Participação dos
Estados (FPE) para pagamento das dívidas do Pasep. Foi acatada pelo relator Sandro Mabel (PMDB-
GO).

Investimentos/ Na abertura da Futurecom, feira de tecnologia de comunicação, no Rio de Janeiro
(Riocentro), o presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara, deputado federal Eduardo
Azeredo (PSDB-MG), criticou a multinacional chinesa Foxconn, que reduziu os investimentos no Brasil de
US$ 12 bilhões para US$ 1 bilhão este ano.

Nos trilhos/ O senador Gim Argelo (PTB-DF) pegou carona no trabalho da Casa Civil do Governo do
Distrito Federal ao anunciar a inclusão do VLT de Brasília no PAC da Mobilidade.



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