sábado, 7 de março de 2015

Para Anginha, com afeto


Num encontro de antigos militantes do PCB em Niterói – cidade na qual o partido foi fundado, em 25 de março de 1922 --, há uma semana, em homenagem ao ex-dirigente comunista José Oto Oliveira (que foi sequestrado e barbaramente torturado em 1975, mas não entregou nenhum companheiro) fui questionado por minha querida amiga Angela Bueno Medeiros Teixeira, por causa de minhas colunas e outras coisas que andei escrevendo no FaceBook sobre a situação nacional.

“Azedo, foi você que me recrutou para o partido. É isso mesmo que está acontecendo? Votei na Dilma, não acredito no que leio nos jornais e vejo na tevê”, disse.

Ela não é a única, tenho muitos amigos, colegas e parentes, alguns muitos próximos, e velhos camaradas do antigo Partidão, inclusive velhos capa-pretas, que também acreditam na Dilma, votaram nela e defendem o governo. Mas, creio, agora estão perplexos com o que está acontecendo. Digo mais, até a oposição está perplexa com a dimensão da crise que se avizinha. 

Mas voltemos à conversa com a minha amiga querida. Disse-lhe apenas que tudo o que está sendo investigado seria tornado público pela Justiça e que, se ela não acredita nos jornais e nas tevês, que procurasse ler os documentos do processo, base para o trabalho dos repórteres que cobrem a Operação Lava Jato da Polícia Federal e seus desdobramentos. E então formasse a sua opinião, sem intermediários.

 Aliás, a todos os militantes que recrutei para o velho PCB. ao longo de minha vida partidária, disse que o partido não precisava de seguidistas, mas de gente que pensasse pela sua própria cabeça.

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