Num encontro de antigos militantes do PCB em Niterói – cidade na qual o partido foi fundado, em 25 de março de 1922 --, há uma semana, em homenagem ao ex-dirigente comunista José Oto Oliveira (que foi sequestrado e barbaramente torturado em 1975, mas não entregou nenhum companheiro) fui questionado por minha querida amiga Angela Bueno Medeiros Teixeira, por causa de minhas colunas e outras coisas que andei escrevendo no FaceBook sobre a situação nacional.
“Azedo, foi você que me recrutou para o partido. É isso
mesmo que está acontecendo? Votei na Dilma, não acredito no que leio nos
jornais e vejo na tevê”, disse.
Ela não é a única, tenho muitos amigos, colegas e parentes,
alguns muitos próximos, e velhos camaradas do antigo Partidão, inclusive velhos
capa-pretas, que também acreditam na Dilma, votaram nela e defendem o governo. Mas,
creio, agora estão perplexos com o que está acontecendo. Digo mais, até a oposição
está perplexa com a dimensão da crise que se avizinha.
Mas voltemos à conversa com a minha amiga querida. Disse-lhe
apenas que tudo o que está sendo investigado seria tornado público pela Justiça
e que, se ela não acredita nos jornais e nas tevês, que procurasse ler os
documentos do processo, base para o trabalho dos repórteres que cobrem a
Operação Lava Jato da Polícia Federal e seus desdobramentos. E então formasse a
sua opinião, sem intermediários.
Aliás, a todos os militantes que recrutei para
o velho PCB. ao longo de minha vida partidária, disse que o partido não precisava de seguidistas, mas de gente que pensasse pela sua própria cabeça.
Está tudo aqui, no site do Ministério Público Federal, Anginha querida: http://noticias.pgr.mpf.mp.br/noticias/noticias-do-site/copy_of_geral/lava-jato-pgr-pede-investigacao-dos-fatos-criminosos-envolvendo-49-autoridades-com-prerrogativa-de-foro
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