Brasília-DF - Luiz Carlos Azedo
Correio Braziliense - 20/09/2012
É grande o nervosismo nas campanhas de José Serra (PSDB) e de Fernando Haddad (PT). Os dois disputam ponto a ponto um lugar no segundo turno das eleições para a prefeitura de São Paulo. O estresse é elevado ao quadrado porque, enquanto os dois se digladiam, Celso Russomanno (PRB) permanece firme na liderança.
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A eleição paulista virou uma queda de braço entre dois grandes eleitores paulistas, os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, patrono da candidatura de Haddad, e Fernando Henrique Cardoso, que entrou na campanha de Serra para tentar estancar a sua queda.
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Os petistas dão como certa a ultrapassagem de Serra por Haddad, com base em suas próprias pesquisas, mas temem morrer na beira da praia: num eventual segundo turno, sem o tucano na disputa, o que ainda não está dado, Russomanno teria paridade de meios de campanha: o mesmo tempo de televisão e um arco de alianças mais amplo.
Assédio
Os petistas não largam o pé da ex-prefeita Marta Suplicy, que acaba de assumir o Ministério da Cultura. Queixam-se de que a presidente Dilma Rousseff tirou a petista do corpo a corpo da campanha de Fernando Haddad.
Dura lex
Ontem foi a vez de Waldemar Costa Neto, ex-presidente do antigo Partido Liberal (PL), e o vice da legenda, Bispo Rodrigues, irem para o pelourinho no Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro relator Joaquim Barbosa votou pela condenação de parlamentares do antigo PL por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. São acusados de vender apoio político ao governo do presidente Lula entre 2003 e 2004.
Código//
O Ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, comemorou ontem a aprovação do Código Florestal pela Câmara dos Deputados, mesmo contrariando a posição oficial do governo. "Foi a vontade da maioria, o pior era não aprovar o código". Agora, o Palácio do Planalto corre atrás do prejuízo no Senado.
Sabatina
A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado marcou para a próxima terça-feira a sabatina do ministro do Superior Tribunal de Justiça Teori Zavascki, indicado pela presidente Dilma Rousseff para o Supremo Tribunal Federal (STF) no lugar de Cezar Peluso, aposentado no início do mês. O relator é o senador Renan Calheiros (PMDB-AL).
Compulsório
Luiz Carlos Trabuco Cappi, presidente do Bradesco, desde a semana passada não poupa elogios à liberação de cerca 10% do recolhimento compulsório que estava retido no Banco Central: "Medidas como essa são importantes para ajudar a formar expectativas positivas nos agentes econômicos". Segundo o banqueiro, por seu volume e abrangência, o instrumento do recolhimento compulsório dos depósitos dos clientes nos bancos é um dos mais poderosos para a regulação da liquidez da economia brasileira. "Revela-se elemento chave para o fortalecimento de medidas anticíclicas do governo. Ao mesmo tempo, dá um toque de normalidade à condução da política monetária."
Clima
Ainda no inverno, o Rio de Janeiro teve ontem o dia mais quente do ano: no Bairro de Santa Cruz, na Zona Oeste da cidade, a temperatura atingiu a marca de 41,2 graus Celsius (ºC). Em Brasília, onde a umidade relativa do ar atingiu 22%, com máxima de 33°C, não chove há 93 dias
Esperneio
O deputado José Antonio Reguffe, do PDT-DF, criticou os deputados que retiraram o quórum da Comissão de Defesa do Consumidor, ontem. Reguffe é o relator do PL 3998/12 e apresentou parecer que obriga os planos de saúde a arcar com o tratamento de quimioterapia por via oral. A sessão foi derrubada na hora de votar o projeto. "É uma vergonha. Ser derrotado faz parte da democracia, mas não votar é algo que não posso aceitar", disparou.
Disputa/ Pega fogo a disputa pela liderança do PMDB na Câmara, na vaga de Henrique Eduardo Alves (PMDB), candidato a presidente da Casa. Estão na disputa a vice-presidente da Câmara, Rose de Freitas (ES); o ex-líder do PR Sandro Mabel (GO); e os deputados Eduardo Cunha (RJ), Lúcio Vieira Lima (BA) , Danilo Forte (CE), Marcelo Castro (PI) e Manoel Junior (PB).
Veterinários/ Atuar como médico veterinário e zootecnista sem diploma pode virar crime. A proposta do Conselho Federal de Medicina Veterinária será incluída no novo Código Penal, que tramita no Senado, pelo senador Pedro Taques (PDT/MT), relator da comissão especial que coordena a reforma do texto.
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