Brasília-DF - Luiz Carlos Azedo |
Correio Braziliense - 06/07/2013 |
Nove entre 10 petistas, a começar pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, acreditam que somente a substituição do ministro da Fazenda, Guido Mantega, será capaz de restabelecer a confiança dos investidores e evitar que a economia mergulhe numa recessão neste segundo semestre. A presidente Dilma Rousseff, porém, ainda resiste. Por quê? Porque até o ascensorista do Ministério da Fazenda sabe que o chefe cumpre as ordens da presidente da República, que é a principal responsável pela rota em que a economia se encontra, combinando inflação alta, crescimento baixo e risco maior de desemprego. Foi ela que, aconselhada pelos ministros Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) e Aloizio Mercadante (Educação), insistiu no modelo de crescimento baseado no consumo das famílias e nos juros derrubados a fórceps. Um pouquinho mais de inflação até ajudaria a bombar o Produto Interno Bruto (PIB), mas o que se viu foi exatamente o contrário. O alto custo de vida derrubou a atividade econômica. No mercado, cresce a opinião de que Dilma até poderia ter mantido os estímulos ao consumo e forçado o Banco Central a baixar os juros, desde que o Tesouro Nacional fechasse os cofres e evitasse os desequilíbrios oriundos da gastança. É possível que Mantega tenha ganhado uma sobrevida com a queda da inflação (IPCA) de junho, a menor em um ano: desacelerou de 0,37% em maio para 0,26%. Mas o horizonte é puro nevoeiro. Os preços ainda sentiram o baque da alta do dólar e o mercado de trabalho está perdendo o fôlego com muita velocidade. Desarticulação Ontem, na reunião com os coordenadores da bancada petista, Dilma ouviu críticas à condução da economia, mas fez a defesa do ministro Guido Mantega, reiterou o discurso de que a inflação está sob controle e de que não haverá recessão. Reconheceu, porém, a desarticulação do governo no Congresso, apontada por todos que se pronunciaram, inclusive o líder da bancada, José Guimarães (foto), do PT-CE. Corte Pressionado pelo mercado e com a cabeça a prêmio entre os petistas, Guido Mantega anunciou ontem um corte no Orçamento da União de R$ 15 bilhões Cariocando O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, participou ontem de um debate promovido pelo Instituto Teotônio Vilela para o desenvolvimento de um projeto para o Rio de Janeiro. Organizado pelo centro de estudos do partido, o encontro reuniu o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, os economistas Edmar Bacha e Armínio Fraga e representantes de vários setores da sociedade. Vai pagar O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), resolveu devolver o dinheiro equivalente ao custo pela utilização de um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) em 15 de junho, da ordem de R$ 32 mil. Segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo, o senador usou a aeronave para ir ao casamento da filha do líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), em Porto Seguro (BA). Renan alegou que havia usado avião como presidente do Senado. Petrobras O PSDB resolveu centrar fogo na gestão da Petrobras para desgastar o governo. A tese é de que a estatal foi aparelhada pelo PT e que é preciso investigar as operações da empresa no exterior. Ontem, o líder da bancada tucana na Câmara, Carlos Sampaio (SP), disparou: “É assustadora a notícia de que a companhia teve a menor cotação em oito anos, tanto que seus papéis são o destaque negativo da bolsa de valores hoje (ontem)”, criticou. Guru O marqueteiro João Santana é o principal defensor da estratégia adotada por Dilma Rousseff em relação às manifestações de protesto. Acredita que a presidente da República pode virar uma espécie de “titia” da garotada que vai para as ruas. A fonte Para o presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos da OAB, Wadih Damous, a reforma política é imprescindível para qualificar a representação parlamentar e criar formas de financiamento de campanha que impeçam as doações por parte de pessoas jurídicas. Segundo ele, nesses itens reside a fonte de toda a corrupção. Azebudsman A OAB retifica a nota publicada na terça-feira passada sobre o Exame da Ordem: os únicos beneficiados com a pontuação de 2,5 foram os candidatos de civil tão somente, ou seja, os da área tributária não, ao contrário do que havíamos publicado. Pediu a cabeça Embora negue, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva realmente sugeriu à presidente Dilma Rousseff que o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles substituísse o ministro Guido Mantega na Fazenda. Segundo Lula, seria um sinal de que o combate à inflação e à responsabilidade fiscal estariam acima de tudo. |
domingo, 28 de julho de 2013
Salvo pelo congo
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