quarta-feira, 26 de novembro de 2014

A volta dos "pacotes"



Os novos ministros da Fazenda, Joaquim Levy, e do Planejamento, Nelson Barbosa, passaram a tarde de ontem reunidos com a presidente Dilma Rousseff. Vão assumir o comando da economia amanhã e anunciar logo um pacote de ajuste fiscal. Estuda-se um limite para aumento dos gastos correntes. 

Essa proposta chegou a ser defendida pelo ex-ministro Antônio Palocci durante o governo Lula, mas foi classificada como "rudimentar" pela então ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, que levou a melhor na disputa. 

Agora, pode ser o pulo do gato para recuperar a  credibilidade do governo, que tenta rasgar a Lei da Responsabilidade Fiscal no Congresso para evitar que Dilma incorra em crime de responsabilidade por causa do rombo nas contas públicas.

A posse da nova equipe econômica, com perfil social-liberal, deverá ocorrer nos próximos dias. A economista Eduarda La Roque assumirá o lugar de Arno Augustin na Secretaria do Tesouro. Presidente do Instituto Pereira Passos (IPP) da Prefeitura do Rio, foi secretária da Fazenda da Prefeitura do Rio.

Estão praticamente definidos os demais nomes: 

Banco Central – Permanece Alexandre Tombini.
BNDES – Luciano Coutinho também permanece.
Planejamento - Nelson Barbosa assume o lugar de Míriam Belchior.
Indústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior – senador Armando Monteiro (PTB-PE), ex-presidente da Confederação Nacional da Indústria.
Agricultura – senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), presidente da Confederação Brasileira da Agricultura e da Pecuária.
Minas e Energia – Míriam Belchior assume o lugar do senador Edison Lobão (PMDB-MA).



Dois fogos

A nomeação de Levy e da senadora Katia Abreu (PMDB) para o Ministério da Agricultura revoltaram os intelectuais petistas, que lançaram um manifesto contrário ao novo comando das duas pastas.

O senador Aécio Neves (MG), presidente do PSDB, ironicamente, comparou a escolha de Levy  à nomeação de um agente da CIA para chefe da KGB.



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