Brasília-DF
- Luiz Carlos Azedo
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Correio
Braziliense - 29/06/2013
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A
presidente Dilma Rousseff bateu o pé e manteve a proposta de plebiscito para
aprovar a reforma política, apesar da resistência dos principais caciques da
Câmara dos Deputados, a começar pelo presidente da Casa, Henrique Eduardo
Alves (PMDB-RN). Com a bandeira do plebiscito, pretende surfar a onda de
protestos que ocorrem por todo o país.
Representantes
de mais de 20 movimentos sociais organizados de jovens foram recebidos ontem
por Dilma e apoiaram a proposta de plebiscito, que entrou na pauta dos
manifestantes, de cima para baixo. O principal ponto defendido pelas
entidades é o financiamento público exclusivo de campanhas, uma velha
proposta do PT. A proposta de plebiscito para "ouvir a voz das
ruas" se tornou uma bandeira para a reeleição de Dilma Rousseff.
Os presidentes dos partidos de esquerda que integram a base governista
— PT, PSB, PDT e PCdoB —, reunidos em São Paulo, endossaram a proposta, que
ainda divide as respectivas bancadas. Na avaliação do Palácio do Planalto, a
oposição mordeu a isca. Contrários ao plebiscito, PSDB, DEM e PPS defendem a
realização de um referendo para aprovar as reformas decididas no
Congresso.
Chapa
branca
A
maioria dos jovens que se reuniram com as entidades representadas na reunião
com Dilma Rousseff ontem faz parte da base governista e foi contra as
manifestações, no início do movimento. "Estamos elegendo a campanha pelo
plebiscito e pela reforma política com participação popular contra o
financiamento privado de campanha, como a grande prioridade dos movimentos
sociais organizados", disse o secretário Nacional de Juventude da
Central Única dos Trabalhadores (CUT), Alfredo Santos.
Repressão
O
presidente do Conselho Nacional de Juventude, Alessandro Melchior, que também
representa a Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e
Transexuais (ABGLT), criticou excessos das polícias militares, informando que
apresentará relatório à Comissão de Direitos Humanos da Organização dos
Estados Americanos (OEA).
Representação
Segundo
a secretária Nacional de Juventude da Secretaria-Geral da Presidência,
Severine Macedo, os jovens entre 15 e 29 anos têm dificuldade para disputar
eleições, se eleger e ocupar espaços representativos. O país tem 51 milhões
de jovens
O Maracanã informa//
A presidente Dilma Rousseff , o governador
do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), e o prefeito da capital fluminense, Eduardo
Paes (PMDB), não confirmaram presença no jogo de amanhã entre Brasil e Espanha,
no Maracanã, a grande final da Copa das Confederações. É agenda de risco.
Eminência
O
ministro da Educação, Aloizio Mercadante , tornou-se o mais influente
integrante da equipe de Dilma Rousseff. É o articulador das propostas do
governo com os aliados. Coube a Mercadante enquadrar os petistas que
resistiam à proposta de plebiscito, entre eles, o líder da bancada na Câmara,
José Guimarães (CE), que ontem lançou nota garantindo pleno apoio da bancada
ao plebiscito.
Na dela
O
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que ontem viajou para a África,
negou que tenha criticado a presidente Dilma Rousseff por causa da forma como
vem conduzindo a resposta às manifestações populares. "Dilma mostrou
extraordinária sensibilidade ao propor a convocação de um plebiscito sobre a
reforma política", disse.
Diálogo
Veterano
de muitas crises políticas, o senador Pedro Simon , do PMDB-RS, criticou a
presidente Dilma Rousseff pela forma "autoritária" com que conduz
as reuniões que vem fazendo com grupos de ativistas, lideranças políticas,
dirigentes de partidos, governadores e prefeitos e os presidentes do Senado,
da Câmara e do Supremo tribunal Federal (STF). "A hora é de diálogo e de
entendimento. Não dá para anunciar medidas polêmicas antes de ouvir as
sugestões dos interessados", afirmou.
Guilhotina/ Primeiro deputado com ordem de prisão no
exercício do mandato desde a redemocratização do país, Natan Donadon
(PMDB-RO) se entregou à Polícia Federal ontem, num ponto de ônibus da L2 Sul
de Brasília, dois dias depois de o mandado de prisão ser expedido pela
ministra Cármem Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF). Está preso na
Papuda. Na terça-feira, começa a tramitar a cassação de Donadon na Câmara.
Magistratura/ A Associação dos Juízes
Federais do Brasil (Ajufe) apresentou várias propostas de mudanças no
Judiciário, entre elas: ampliação do acesso à Justiça, reformas processuais
com diminuição de recursos, aceleração dos julgamentos, fim do foro
privilegiado, mudanças na forma de indicação de ministros das Cortes Superiores,
ampliação da democratização interna do Judiciário e a federalização da
Justiça Eleitoral.
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