Brasília-DF - Luiz Carlos Azedo
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Correio Braziliense - 30/06/2013
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A final
da Copa das Confederações hoje, no Maracanã, entre Brasil e Espanha, deixou
de ser apenas uma partida de futebol. Será um momento decisivo para a
presidente Dilma Rousssef, o governador Sérgio Cabral (PMDB) e o prefeito
Eduardo Paes (PMDB), diante das manifestações de protesto. Nenhum dos três
confirmou presença no evento, para ver a "pátria de chuteiras".
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A
Polícia Militar terá um efetivo de 6 mil policiais na segurança do Maracanã.
Há tropas do Exército e da Marinha de prontidão. Hotéis, pontos turísticos,
aeroportos e a concentração dos manifestantes estão sob severa vigilância. Um
protesto contra os gastos da Copa está programado para hoje, às 10h, com
concentração na Praça Saenz Pena, no bairro da Tijuca. O ato seguirá até o
estádio de futebol.
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No
Palácio do Planalto, a avaliação é de que as manifestações do Rio de Janeiro,
que chegaram a reunir mais de 300 mil pessoas, já estão em descenso. A
presidente Dilma Rousseff não teme os manifestantes. Tem medo de uma vaia
ruidosa dos torcedores no Maracanã, como a que ocorreu no Estádio Mané
Garrincha, em Brasília, na abertura da Copa das Confederações. Teria
repercussão mundial.
Privatização
O Comitê Popular da Copa e das Olimpíadas do
Rio de Janeiro organiza os protestos contra os dois megaeventos. Segundo seus
organizadores, houve remoções forçadas e violação de direitos humanos. A
privatização do Maracanã, os custos das obras e a especulação imobiliária
também são criticados. "O movimento é pacífico. Este é nosso quinto ato,
e não temos nenhuma intenção de atrapalhar o jogo", garante o
representante da organização Justiça Global e membro da articulação do
comitê, Renato Cosentino.
Demolições
O
movimento também quer o fim da demolição do parque aquático Julio De Lamare e
do estádio de atletismo Célio de Barros, que fazem parte do complexo
desportivo do Maracanã, e da Escola Municipal Friedenreich, no entorno do
estádio. Essas ações são polêmicas desde quando foram anunciadas, mas as
críticas nunca foram levadas em conta.
Sucesso
Indiferente
às críticas e às manifestações, o presidente da Fifa, Joseph Blatter,
considera a Copa das Confederações um sucesso. "A Fifa sai maior deste
torneio", afirmou o cartola. Segundo ele, apesar de tudo, o Brasil
passou no teste. "Foi a Copa dos Campeões", disse. A Copa do Mundo
de 2014 é considerada o evento que mais lucros dá à entidade.
Na sobra
Não é
só a presidente Dilma que pretende faturar a onda de protestos que ocorre em
todo o país. A ex-senadora Marina Silva, que mantém uma posição segura
à margem esquerda do movimento, posiciona-se para recolher no seu novo
partido, a Rede Sustentabilidade, boa parte dos jovens que participam dos
protestos.
Cacife
Segundo
o cientista político Murilo Aragão, Marina Silva entra na disputa
presidencial de 2014 com um excelente cacife eleitoral. "No primeiro
turno, além de vencer em três das 27 capitais — Brasília (41,95%), Belo
Horizonte (39,88%) e Vitória (37,97%) —, foi a segunda mais votada em 13
cidades."
Leão
Segundo
cálculos do Sindifisco Nacional, a tabela progressiva do Imposto de Renda
acumula uma defasagem, em relação à inflação, de 66,4%
Imposto/ Ex-presidente do Sindicato dos Bancários do
Distrito Federal, o deputado Augusto Carvalho (foto), do PPS-DF, reapresentou
seu projeto de extinção do Imposto Sindical. Avalia que o tributo é o grande
responsável pela proliferação de sindicatos com baixa representatividade.
Pijamas/ A presidente da Argentina, Cristina Kirchner,
reformou toda a cúpula das Forças Armadas. O Exército será comandado pelo
general-de-divisão César Milani, no lugar do tenente-general Luis Alberto
Pozzi; a Marinha, pelo contra-almirante Gastón Fernando Erice, que substitui
o almirante Daniel Alberto Enrique Martin; e, a Força Aérea, pelo brigadeiro
Mario Miguel Callejo, que ocupará o posto do brigadeiro-general Normando
Constantino. Todos os oficiais-generais superiores foram
"caroneados".
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