Um dia decisivo

Brasília-DF - Edson Luiz (interino)

Correio Braziliense - 25/10/2012

Está marcado para sexta-feira o último debate entre os candidatos que ficaram para o segundo turno. Para alguns, pode ser a derradeira chance de tentar convencer os eleitores e, assim, diminuir a vantagem dos adversários. É o caso de José Serra (PSDB), que está atrás de Fernando Haddad (PT) nas últimas pesquisas de opinião. O último embate entre os dois na televisão foi morno, mas o de amanhã na TV Globo promete ser interessante, já que os candidatos trocaram muitas farpas durante a semana. » » » Em outras capitais, os debates também podem ser essenciais para que eleitores indecisos definam seus votos. São cidades em que há empates técnicos, conforme as pesquisas. É o caso de Macapá, Porto Velho, Rio Branco e Cuiabá, entre outras. Mas, em outros municípios, quem pode decidir são os caciques, como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que faz campanha pelo Nordeste em apoio, principalmente, dos seus candidatos em Salvador, Nelson Pellegrino, e Fortaleza, Elmano de Freitas. » » » Resta saber se os debates serão mais importantes que a atuação dos caciques, principalmente Lula. No primeiro turno, o ex-presidente fez a diferença. Em São Paulo, alavancou a candidatura de Haddad, até então, um desconhecido da política paulista. Polêmica// O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), pretende começar a semana pós eleição com polêmica. Ele vai colocar em votação o projeto da redistribuição dos royalties do petróleo, um tema amplamente discutido. A proposta já entrou e saiu da pauta por falta de acordo várias vezes. Agora, resta saber se os líderes voltarão do recesso branco dispostos a bancar, de novo, a discussão. Em campanha O líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves, não vai curtir a ressaca pós eleição em Natal. Ele chega a Brasília na segunda-feira logo cedo para dar continuidade à campanha pela presidência da Câmara, que vai definir o substituto de Marco Maia. Um de seus principais adversários é Júlio Delgado (PSB-MG). Na estrada O PSB tem usado uma arma poderosa em várias capitais onde disputará o segundo turno. É o deputado Romário (RJ), que está fazendo campanha nas cidades consideradas estratégicas para o partido. Esta semana, por exemplo, ele já esteve em Porto Velho e Cuiabá. Além da presença física, o ex-jogador também usa as redes sociais em favor de vários candidatos. Férias/ Ninguém é de ferro. A ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, pediu uns dias de férias. Ela está de folga desde ontem e deve ficar, pelo menos, uma semana sem aparecer no Palácio do Planalto. Adida/ A ex-superintendente da Polícia Federal em Brasília, Valquíria Teixeira de Andrade, viajou para Montevidéu. Ela será a nova adida policial no Uruguai. Sua nomeação saiu há um mês. Até então, ela respondia pela Diretoria de Pessoal da PF. No hangar/O Palácio do Planalto guarda a sete chaves as exigências que fará na privatização dos aeroportos do Galeão, no Rio de Janeiro; e de Confins, em Belo Horizonte. Os detalhes do modelo de negócio serão anunciados na primeira quinzena de novembro. Repressão estudantil Número parcial levantado pela Comissão Nacional da Verdade, que esta semana fez investigações em Minas Gerais, revela que, durante o regime militar, foram vítimas da repressão 300 estudantes. Manual O Ministério da Integração Nacional começa a distribuir, amanhã, no Congresso, um manual sobre emendas parlamentares. Com 40 páginas, o livreto detalha o funcionamento e a abrangência das secretarias e autarquias, os objetivos estratégicos e os principais programas. “A busca de um melhor padrão de eficiência na apresentação, tramitação e efetivação das emendas parlamentares continua sendo um objetivo permanente do ministério”, diz o ministro Fernando Bezerra Coelho. Prêmio Será hoje, a partir das 20h30, na Embaixada de Portugal, a entrega do 9º Prêmio Engenho de Comunicação, que há anos vem reconhecendo o trabalho da mídia do Distrito Federal. Serão premiados veículos de comunicação e jornalistas em 10 categorias. Profissão perigo A ministra da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, criou um grupo de trabalho para analisar denúncias de violação dos direitos humanos de profissionais de imprensa no exercício da profissão. A intenção é criar medidas para aperfeiçoar políticas para o setor, principalmente em relação à segurança. Segundo dados da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), em 20 anos, foram mortos 24 jornalistas no Brasil. Só este ano, foram cinco casos. Colaboraram Adriana Caitano e Denise Rothenburg