Brasília-DF - Luiz Carlos Azedo |
Correio Braziliense - 16/09/2012 |
Mudança no modus operandi dos cartéis internacionais de drogas, segundo
especialistas, está relacionada ao aumento da violência e ao poder de
organizações criminosas, como o Primeiro Comando da Capital (PCC), em
São Paulo, e o Comando Vermelho (CV), no Rio de Janeiro. O pagamento do
tráfico de drogas da América do Sul para os Estados Unidos e a Europa
passou a ser feito em cocaína e crack, o que transformou o Brasil no
segundo mercado consumidor do mundo.
» » » O Brasil já consome 60% da cocaína produzida na Bolívia, segundo estudos da Universidade Federal de São Paulo. A política externa brasileira, que preserva as boas relações com os países vizinhos, inibe uma política mais dura contra os traficantes bolivianos. Como se sabe, o presidente Evo Morales protege os plantadores de coca. Seu consumo é um costume andino tradicional, mas a produção boliviana adquiriu escala globalizada de exportação. » » » O Brasil tem hoje 2,8 milhões de usuários de cocaína, ou seja, 20% do mercado mundial, atrás apenas dos Estados Unidos com 4 milhões. A Região Sudeste concentra 46% dos usuários, a maioria nos estados de São Paulo e do Rio de Janeiro. O Nordeste absorve 27%; o Norte e o Centro Oeste, 10%; e o Sul, 7% dos consumidores. A violência e o consumo de crack estão entre as principais preocupações dos eleitores nas eleições municipais, principalmente nas cidades de maior renda per capita. Crack O Brasil é o maior consumidor do mundo, com 1 milhão de viciados Já era// Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) retomam amanhã o julgamento da Ação Penal 470, que já consumiu 23 sessões. Agora, começa a análise do item mais polêmico: o pagamento de propinas a políticos da base aliada do governo Luiz Inácio Lula da Silva. A tese do caixa dois não colou. Estado-maior Homem-forte da Assembleia Legislativa paulista, o deputado Campos Machado faz e acontece na campanha de Celso Russomanno (PRB) a prefeito de São Paulo. Participam do comando de campanha quatro representantes do PTB; quatro do PRB; quatro das demais legendas coligadas; além de dois ex-deputados estaduais: Adilson Barroso e Alberto Hiar, o Turco Loco, dono da grife Cavalera. Surpresa A maior surpresa da disputa pela prefeitura do Recife pode ser um segundo turno entre o candidato do PSB, Geraldo Julio, que está com 39% de intenções de votos, e Daniel Coelho (PSDB), com 15%, que continua subindo. Com 22%, o petista Humberto Costa está em queda livre, cristianizado pela militância petista. Contratos O governo tenta convencer o mercado de que a medida provisória que prorrogou as concessões de energia elétrica não oferece "insegurança jurídica". O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, minimizou a queda das ações das empresas. Já o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Nelson Hubner, rechaçou as versões de que haveria "quebra de contrato". As atuais concessionárias precisam confirmar interesse na renovação até 15 de outubro. Fica/ Antônio Carlos Rodrigues (PR-SP), que assumiu a vaga de Marta Suplicy no Senado, manteve a candidatura a vereador em São Paulo. Caso seja reeleito, terá que optar entre o Senado e a Câmara Municipal. O segundo suplente, Paulo Frateschi, secretário nacional de Organização do PT e um dos dirigentes mais influentes do partido, já está de olho na vaga. Oxente/ O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), está hoje em São Paulo para gravar com o candidato petista a prefeito de São Paulo, Fernando Haddad. Ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, participa de almoço no Centro de Tradições Nordestinas. Saúde/ Mudou o plano de saúde dos servidores do Senado, que assinou convênio com o dos empregados da Caixa Econômica Federal, o Saúde Caixa. O modelo de parceria reduz os custos financeiros, mas o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), garante que os usuários do SIS continuarão a contar com a antiga rede de credenciados e ainda poderão pedir o atendimento do Saúde Caixa. Aeroportos/ O governo já admite mudar o regime estatutário da Infraero para atrair investimentos privados para os aeroportos do Galeão, no Rio de Janeiro, e de Confins, em Minas Gerais. Os operadores internacionais não querem ser sócios minoritários de empresa pública. |
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