quarta-feira, 18 de julho de 2012

O custo São Paulo

Brasília-DF - Luiz Carlos Azedo
Correio Braziliense - 17/07/2012
 
A política de alianças do PT para as eleições municipais, nas quais a joia da coroa é a prefeitura de São Paulo, quase levou a legenda ao tudo ou nada nas capitais. Na largada do pleito, o partido somente aparece com favoritismo em três: Goiânia, com Paulo Garcia; Recife, com Humberto Costa; e Porto Velho, com Fátima Cleide.

O "todos por um" do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em favor da candidatura do ex-ministro da Educação Fernando Haddad à administração paulistana, no lugar da senadora Marta Suplicy (PT), somente não será um grave equívoco se o petista for eleito.

Esse cenário levou a presidente Dilma Rousseff a meter a colher nas eleições de Belo Horizonte. Foi a mais suave e bem-sucedida articulação realizada pelos petistas nestas eleições. Reconstruiu, com apoio do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, a unidade do PT mineiro em torno da candidatura a prefeito do ex-ministro do Desenvolvimento Social Patrus Ananias. Nela, ao atrair o apoio do PMDB, do vice-presidente Michel Temer, e do PSD, do prefeito paulistano Gilberto Kassab, Dilma consolidou uma terceira frente de batalha, com repercussão política nas eleições presidenciais de 2014.

A segunda

Como se sabe, a disputa no Recife é a segunda frente importante. Nela, os petistas são favoritos, mas fizeram uma lambança: impediram o prefeito, João da Costa, de buscar a própria reeleição e frustraram as expectativas de candidatura do ex-deputado Maurício Rands, que deixou o partido e renunciou ao mandato. Era o que o governador Eduardo Campos precisava para lançar um candidato do PSB à prefeitura, seu ex-secretário de Desenvolvimento Econômico Geraldo Júlio.

Estratégia

A aliança do senador Aécio Neves (PSDB-MG) com o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, do PSB, candidato à reeleição, é outra espécie de tudo ou nada. Se Lacerda perder, a sucessão do governador Antonio Anastasia (PSDB) em 2014 passa a ser um complicador para a candidatura do senador tucano a presidente da República. Lacerda seria o candidato à sucessão estadual.

Pibinho

A presidente Dilma Rousseff sabia o que estava falando quando esnobou o "Pibinho" e disse que o mais importante para construir uma nação são as crianças e os adolescentes: a estimativa de crescimento da economia este ano caiu de 2,01% para 1,9%, segundo o boletim Focus, do Banco Central, divulgado ontem.

Mão no bolso

Cresce o lobby para o fim da multa sobre o saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) paga pelos empregadores em caso de demissões sem justa causa. O PLS N° 198/2007 tramitou nas comissões do Senado meio na moita e pode ser votado hoje, no Senado, em regime de urgência.
A multa atual é de 40%

Na onda// 

Virou uma onda: Aneel, Anatel, Anac, ANTT, ANP, ANA, Ancine, ANS, Anvisa e Antaq — além do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) — podem parar por tempo indeterminado. A greve dos professores federais virou exemplo.

Recesso/ Caso o a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) seja aprovada hoje, o Congresso Nacional entrará em recesso a partir de amanhã. Nesse caso, deputados e senadores só retornarão ao trabalho em 1º de agosto.

Outro lado/ A propósito da nota da coluna de sábado intitulada Açucarada, o Ministério Público do Amapá (MPAP) acusa a Assembleia Legislativa do Estado de "uma série de tentativas de denegrir a imagem da instituição e de seus membros". Segundo o Ministério Público, a Assembleia tentou instaurar uma CPI contra a instituição ministerial, que foi suspensa pela Justiça local e ratificada pelo Superior Tribunal de Justiça. "As licitações da instituição estão todas dentro da legalidade, tendo o MPAP adquirido açúcar no valor de R$ 2,70 o quilo, para um período de dois anos, totalizando
R$ 20.322", esclarece.

Moradia/ Segundo o Ministério Público do Amapá, o auxílio-moradia recebido pelos membros da instituição se baseia na estrita legalidade.

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