Brasília-DF - Luiz Carlos Azedo |
Correio Braziliense - 08/04/2012 |
Nunca se vendeu tanto chocolate no Brasil como na última semana. Tudo por causa da Páscoa e da "nova classe média". Essa é uma expressão cunhada pelo economista da Fundação Getulio Vargas Marcelo Neri, que acaba de lançar um livro sobre o tema — A nova classe média, o lado brilhante da pirâmide (FGV/Saraiva) — para designar a classe C, um extrato econômico visto pejorativamente pelas elites do país (a classe A) e pela classe média tradicional (a classe B). » » » O livro de Neri mostra que as mulheres, os negros, os analfabetos e os nordestinos foram os grupos que mais progrediram de vida. São famílias que ultrapassaram a pobreza e devem somar 60% da população em 2014, chegando a 118 milhões de pessoas. Em 2003, a classe C representava apenas 65,8 milhões de pessoas. » » » Essa nova classe C tem até dois filhos; na década de 1960, a média era superior a seis. Está mais preocupada com a educação desses filhos e com o emprego formal. De 2003 a 2011, seu crescimento no Nordeste foi de 42%; no Sudeste, de 16%. Ao contrário do que muitos imaginavam, inclusive Neri, a nova classe média está mais apoiada na produção do que no consumo. Mudança Essa mudança social silenciosa é mais sustentável do que supõem os críticos dos programas de transferência de renda do governo, que dão base à chamada classe E. "Mais do que frequentar templos de consumo, o que move a nova classe média brasileira é a produção. A Carteira de Trabalho é o seu principal símbolo", explica Neri. O emprego formal, as aposentadorias, o número menor de dependentes para cada família, a maior escolaridade, tudo isso contribui para que as desigualdades sociais estejam se reduzindo. Bizu// Conversas entre o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, e os principais banqueiros do país provocaram a queda dos juros no mercado futuro e estão dando o que falar. O governo pressiona os bancos privados a acompanharem o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal na redução dos juros do crédito bancário para reaquecer a economia. Sem papo Até hoje o ex-governador José Serra, do PSDB, candidato a prefeito de São Paulo, não procurou o secretário de Energia do estado, José Aníbal, para pedir apoio. Não perdoa sua insistência na manutenção das prévias do PSDB. Aníbal, que obteve 31% de votos das prévias, também não está interessado na conversa. Foi assim que Napoleão perdeu a guerra. Pente-fino O governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB) resolveu monitorar todas as alianças que estão sendo feitas pelo PT nas eleições municipais, com um olho no prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), e outro na movimentação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O tucano desconfia de que ambos estão montando um cerco eleitoral ao Palácio dos Bandeirantes, de olho nas eleições de 2014. Grampos O contraventor Carlinhos Cachoeira deve ser convocado a prestar depoimento na Comissão de Segurança Pública da Câmara. O deputado Fernando Francischini, do PSDB-PR, pretende apresentar amanhã um requerimento nesse sentido. O agente aposentado da Polícia Federal Joaquim Gomes Thomé e o sargento aposentado da Aeronáutica Idalberto Matias, o Dadá, também serão convocados. São acusados de grampear Francischini. Poupança Voltou à pauta da equipe econômica a mudança das regras da caderneta de poupança. O Banco Central deve promover mais duas reduções na taxa de juros, que deve chegar a 8,75% Business/ Empresários brasileiros vão se reunir amanhã com os colegas norte-americanos em Washington. Apostam na recuperação da economia dos EUA para compensar as perdas com a crise europeia. Promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pela Câmara Americana de Comércio (Amcham), o encontro será encerrado pela presidente Dilma Rousseff e contará com a participação da secretária de Estado americana, Hillary Clinton. Comitiva/ Os ministros do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel; da Educação, Aloizio Mercadante, e da Casa Civil, Gleisi Hoffmann; e o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, acompanham a presidente Dilma Rousseff na viagem aos Estados Unidos. Escola/ O ministro da Defesa, Celso Amorim, resolveu acelerar a implantação do câmpus de Brasília da Escola Superior de Guerra (ESG-Brasília). Servirá para intensificar o intercâmbio entre membros do governo federal, com o objetivo de aperfeiçoar a formação de recursos humanos em assuntos de defesa. A implantação do novo posto não afetará as atividades já desenvolvidas na ESG-Rio. |
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