domingo, 7 de agosto de 2011

De olho no furacão

Por Luiz Carlos Azedo
Com Leonardo Santos

Caiu a ficha. A presidente Dilma Rousseff mudou o discurso em relação à crise econômica mundial, à qual se referia sempre com grande preocupação. Começou a bater no peito e dizer que o Brasil tem mais condições de enfrentar a atual crise econômica internacional do que tinha à época da crise de 2008.

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Quando a crise começou, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a perder o sono, mas optou pelo discurso da "marolinha". Conclamou o povo a gastar e turbinou o crédito. É que, nessas horas, o otimismo ajuda mais. E o pessimismo só atrapalha.

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Agora, Dilma destaca que os US$ 348 bilhões de reservas internacionais do Brasil e os R$ 420 bilhões de depósitos compulsórios — muito mais do que se tinha em 2008 — são suficientes para enfrentar a crise. Quando a crise chegou, Lula reduziu o compulsório para irrigar os bancos e garantir a oferta de crédito no mercado interno. A mesma fórmula poderá ser usada por Dilma se a situação apertar.

Blindagem

O presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Capri, comemorou o fim da blindagem sobre a carga fiscal que incide na folha de pagamento no Plano Brasil Maior. "Foi um sinalizador importantíssimo, não só para os setores diretamente envolvidos, mas para todas as empresas e trabalhadores." Segundo ele, as medidas adotadas para proteger a indústria revelam que o governo assumiu o papel de orientar, coordenar e defender o setor privado diante da crise do mercado global. "As medidas cambiais são fundamentais para criar uma expectativa: o governo está atento e não ficará como mero espectador diante dos grandes desafios que temos pela frente", avalia.

Desenganado

Até a definição de Celso Amorim para o lugar do ex-ministro Nelson Jobim no Ministério da Defesa, o nome do vice-presidente da República, Michel Temer, para ser indicado ao posto era do PMDB. A cúpula da legenda não acreditava no aviso do próprio Jobim de que a pasta não era do partido.

Overbooking

O senador João Durval (PDT-BA) ficou indignado com o convite desfeito em cima da hora para que o senador acompanhasse a presidente Dilma Rousseff na viagem à Bahia, anteontem. O parlamentar, que tem 82 anos, chegou a fazer as malas, mas foi avisado pelo Gabinete de Relações Institucionais de que o avião presidencial estava cheio. O senador, que durante a semana enfrentou ataques da oposição por ter retirado seu nome para assinar a criação da CPI dos Transportes, chegou a ser convidado novamente para a viagem, mas recusou o convite.

Ser ou não ser

A oposição tem dois possíveis candidatos à Prefeitura de Salvador: o líder do DEM na Câmara, ACM Neto, e o também deputado federal Antônio Imbassahy (PSDB). Apesar de ter o nome mais competitivo hoje, a cúpula do DEM ainda avalia se vale a pena ACM Neto entrar na disputa ou se deve aguardar a sucessão de Jaques Wagner no governo da Bahia em 2014.

Esporte

O ministro do Esporte, Orlando Silva, premia na próxima segunda-feira as empresas que mais patrocinaram atletas profissionais por meio da Lei de Incentivo ao Esporte. Desde que foi criada até 2010, o programa conseguiu capacitar investimentos das empresas de R$ 430 milhões. A expectativa para este ano é levantar um montante de R$ 300 milhões

Juventude

O governo lança amanhã o programa Políticas Públicas para a Nova Classe Média, na sede da Federação Nacional dos Trabalhadores no Comércio. O ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Moreira Franco, conduzirá o lançamento da iniciativa.

Olá, como vai?

O primeiro-ministro do Canadá, Stephen Harper, se encontrará com a presidente Dilma Rousseff amanhã. É a primeira visita de um mandatário canadense ao Brasil desde 2004. Já a última visita de um presidente brasileiro ao país foi feita pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso há 10 anos.

Super Simples//

A presidente Dilma Rousseff assina na terça-feira acordo entre governo e Frente Parlamentar da Micro e Pequena Empresa que prevê a ampliação do teto do Super Simples de R$ 2,4 milhões para R$ 3,6 milhões anuais de faturamento.

Eleições/ Levantamento da Procuradoria-Geral Eleitoral mostra que, desde a Constituição Federal de 1988 até as eleições de 2010, houve um aumento na demanda de processos na Justiça Eleitoral de 639,56%

Gargalo/ Três medidas provisórias trancam pauta de votações da Câmara a partir da semana que vem. A MP 532, que muda o estatuto do Departamento dos Correios e Telégrafos para empresa pública; a MP 533, que autoriza a União a transferir recursos financeiros para a manutenção de novos estabelecimentos públicos de educação infantil; e a MP 534, que concede desconto tributário para os tablets produzidos no Brasil.

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