Por Luiz Carlos Azedo
Com Leonardo Santos
É um sucesso a experiência de integração de pessoas com deficiência no mercado de trabalho, inclusive na indústria pesada. Só não é maior por causa das dificuldades de adaptação das grandes empresas — e da administração pública — à Lei das Cotas (nº 8.213/91), que garante a contratação de profissionais com algum tipo de deficiência física, intelectual ou mental para tarefas que efetivamente possam ser executadas por esses trabalhadores.
Segundo dados do Ministério do Trabalho, das 211 mil vagas previstas pela legislação em 6,5 mil empresas fiscalizadas, 116 mil foram ocupadas, num universo de 4,8 milhões de trabalhadores.
“Não adianta apenas fiscalizar e punir as empresas”, explica o coordenador do Projeto de Inclusão da Pessoa com Deficiência do Ministério do Trabalho em São Paulo, o auditor fiscal José Carlos do Carmo, que é médico. “É preciso parceria entre as empresas e os sindicatos para estabelecer metas e programas de inclusão, levando em conta as características das empresas. O critério é a capacidade de realizar as tarefas para as quais foi contratado”, acrescenta o especialista em medicina do trabalho.
Ambiente
O avanço do programa depende da melhoria das condições de acessibilidade, da capacitação profissional e da construção de um ambiente de cooperação com os demais trabalhadores das empresas. É crescente a adesão de empresas com menos de 100 trabalhadores, que não têm a obrigação de contratar pessoas com deficiência. E o desempenho dos profissionais é surpreendente. Há casos de amputados trabalhando em manutenção de linhas vivas de energia.
Exemplo
No ano passado, empresas com 100 ou mais trabalhadores contrataram 1.682 empregados pela Lei de Cotas. Já as empresas menores, sem a mesma obrigação, realizaram 39% mais contratações. Ou seja, empregaram 2.339 trabalhadores com deficiência
80 anos
O Instituto Fernando Henrique Cardoso está coletando depoimentos de 80 personalidades políticas para colocar no blog do ex-presidente quando ele completar 80 anos. São comentários de políticos, economistas e estudiosos que participaram da trajetória de FHC (foto) enquanto ele comandava o Palácio do Planalto. Até integrantes do atual governo estão sendo convidados a colaborar.
Outra vez
É incrível a capacidade de o ministro da Educação, Fernando Haddad, levar bola nas costas. Foi o último a ficar sabendo da encrenca com o livro Por uma vida melhor, da Coleção Viver, cuja autora, Heloísa Ramos, preconiza que o uso da língua popular é válido, mesmo com erros de concordância e de regência verbal. O livro foi distribuído a 484.195 alunos de 4.236 escolas pelo Programa Nacional do Livro Didático para a Educação de Jovens e Adultos (EJA).
Falta combinar
O deputado Gabriel Chalita (PSB-SP) agendou para o próximo 4 de junho a sua filiação ao PMDB. Será candidato à Prefeitura de São Paulo. O vice-presidente da República, Michel Temer, já tem o aval da presidente Dilma Rousseff para a operação, mas ainda precisa combinar com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), a liberação do passe do político ligado à Igreja Carismática. Se o PSB brigar pelo mandato de Chalita, a operação vira um desastre.
Ponto/ Funcionários da Câmara reclamam da hora de bater o ponto. Como simples mortais, quando acaba o expediente, são obrigados a formar filas enormes para que o dia de trabalho não deixe de ser computado.
Concurso/ O Ministério do Meio Ambiente está recontratando 127 servidores temporários de seus quadros. Eles foram dispensados no fim de janeiro e seriam substituídos por meio de um concurso público que subiu no telhado.
Azebudsman/ A propósito da nota “Cola”, publicada ontem, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) nega que tenha se atrapalhado com os números e recebido um torpedo do Palácio do Planalto com informações sobre o acordo Brasil–Paraguai relativo à Itaipu Binacional. Por quase quatro anos, a petista foi diretora financeira da empresa.
Amigo// O senador Anibal Diniz (PT-AC) foi à tribuna do Senado rebater as acusações do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), relator do novo Código Florestal, contra Fábio Vaz de Lima, marido da ex-senadora Marina Silva (PV-AC). Aldo acusou Vaz de Lima de “fraudar o contrabando de madeira”.
Qual a fonte da notícia sobre o novo concurso do MMA para a seleção de temporários??
ResponderExcluirNão entendi o significado de "ultimo concurso que subiu no telhado"???