quarta-feira, 25 de novembro de 2015
Senador e banqueiro caíram na rede
A Polícia Federal prendeu na manhã de hoje o senador Delcídio do Amaral (PT-MS), líder do governo no Senado; o banqueiro André Esteves, do banco BTG Pactual; o chefe de gabiente de Delcídio, Diogo Ferreira; e o advogado Édson Ribeiro, que defendeu o ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró. As prisões foram um pedido da Procuradoria-Geral da República, autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal (ST).
O senador teria tentado dificultar a delação premiada de Cerveró sobre uma suposta participação de Delcídio em irregularidades na compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. Segundo investigadores, Delcídio ofereceu fuga a Cerveró, para que o ex-diretor não fizesse a delação premiada, o que reforçou para as autoridades a tentativa do petista de obstruir a Justiça.
A prova da tentativa de obstrução é uma gravação feita pelo filho de Cerveró que mostra a tentativa do senador de atrapalhar as investigações e de oferecer fuga para o ex-diretor não fazer a delação.
O senador foi preso no hotel onde mora em Brasília, o mesmo em que estava hospedado o pecuarista e empesário José Carlos Bumlai. Delcídio
foi citado na Lava Jato na delação do lobista conhecido como Fernando Baiano. No depoimento, Baiano disse que Delcídio recebeu US$ 1,5 milhão de dólares de propina pela compra da refinaria.
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