Brasília-DF - Luiz Carlos Azedo |
Correio Braziliense - 25/07/2013 |
A pesquisa que está sendo feita pelo deputado Eliseu Padilha (PMDB-RS)
para saber o posicionamento da bancada do PMDB na Câmara sobre o apoio
ao governo Dilma Rousseff está criando constrangimentos para os
colegas. O resultado, porém, deve traduzir uma frase de efeito do líder
da bancada, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em entrevista ao Correio: "O PMDB
não quer sair do governo, quer entrar no governo".
Esse é o xis da questão entre a maioria da bancada e o Palácio do Planalto, um conflito que parece sem solução, ainda mais depois da proposta de enxugamento do governo por emenda constitucional, feita pelo presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), que propõe limitar o número de ministérios a 25 e, com isso, também constrange o governo. A presidente Dilma, que é quem escala a equipe, tem hoje 39 ministros. Tanto a pesquisa de Padilha como a emenda de Alves têm as cores das flores do recesso. No jargão das redações, são aqueles temas que os políticos gostam de debater quando estão em férias e que desaparecem da pauta quando o recesso parlamentar acaba. Enquanto isso, o constrangimento entre os peemedebistas e Dilma só aumenta. Sem problemas O prefeito Eduardo Paes, do PMDB, admitiu ontem as falhas no planejamento da visita do papa Francisco ao Rio de Janeiro na segunda-feira, mas prometeu que elas não se repetirão, principalmente durante a Via Sacra, em Copacabana, e no grande evento de encerramento da Jornada Mundial da Juventude, em Santa Cruz. Rezou O senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) preferiu ver o papa Francisco em Aparecida (SP), num ambiente menos político e mais informal. Esperou durante duas horas na chuva e no frio para entrar no Santuário Nacional de Aparecida, e garante que valeu a pena: "Vi de perto a simplicidade do papa e a fé das milhares de famílias que assistiram à missa. Saí renovado, com as mensagens do papa de esperança e alegria". Sigilo Advertido pelas empresas de telefonia, que avisaram que não cumpririam sua decisão, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), resolveu rever o decreto que exige os dados telefônicos de suspeitos de vandalismo. Segundo o Sinditelebrasil, que representa as empresas, informação sob sigilo só pode ser passada com aval da Justiça. Candidato// O presidente Luiz Inácio Lula da Silva resolveu dar um empurrão na pré-candidatura do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ao governo de São Paulo, que anda claudicante. Dois eventos estão sendo programados com a presença de Lula e do ministro, um em Bauru e o outro na capital, ambos em agosto. Abandonado O PT perdeu o apoio de Celso Russomanno (PRB-SP) para a disputa estadual de 2014. Segundo o presidente do PRB, Marcos Pereira, a responsabilidade é do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), que não deu a devida atenção à legenda após a eleição. Russomanno, que apoiou Haddad no segundo turno, namora o governador Geraldo Alckmin (PSDB), candidato à reeleição. Infiltrado/ Vídeos e relatos publicados nas redes sociais acusam a PM de ter infiltrado policiais sem farda no protesto da noite de segunda no Rio para provocar tumulto. O relações-públicas da Polícia Militar, coronel Frederico Caldas, se disse "enojado" com a acusação. Considera um absurdo imaginar que um policial possa agredir um colega. Mas não explica direito porque o provocador que jogou um coquetel molotov na Tropa de Choque evadiu-se do local com trânsito livre entre os policiais. Coincidência/ Episódio semelhante ocorreu no consulado norte-americano na visita do presidente Barack Obama. Foram responsabilizados militantes do PSTU, partido radical de esquerda, que não adota esse tipo de prática, apesar do discurso radical. Universidade O Ministério da Educação esclarece que os direitos de controle da Universidade Gama Filho foram negociados em 2011 pelo antigo mantenedor, Sociedade Unificada Gama Filho, com o atual, o Galileo Educacional, e, posteriormente, apresentado ao MEC para homologação. Desde março passado, após a deflagração da greve na Gama Filho, a comissão permanente de supervisão acompanha o problema. Hoje, haverá uma nova rodada de negociação com professores, servidores, estudantes e a mantenedora para tentar uma solução. Agora vai Coordenador do grupo de trabalho da Câmara encarregado de elaborar propostas sobre a reforma política, o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) garantiu que o texto será aprovado na Casa. As propostas da comissão sobre a forma de financiamento das campanhas e o sistema eleitoral deverão ser votadas. Dependendo da discussão, segundo ele, também poderão entrar na pauta o fim das coligações eleitorais e as regras de inelegibilidade. Vaccarezza lançou ontem um portal aberto aos cidadãos para debater o assunto. |
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