Brasília-DF - Luiz Carlos Azedo |
Correio Braziliense - 11/06/2013 |
Apesar de favorita, a candidatura à reeleição da presidente Dilma Rousseff sofre um ataque especulativo que estava escrito nas estrelas. Como a aprovação de seu governo caiu oito pontos nas pesquisas, a primeira baixa em dois anos e meio de mandato, essa oscilação foi o bastante para que o coro do "volta Lula" se formasse novamente entre aliados políticos e empresários descontentes com o Palácio do Planalto.
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Suposta ameaça de estagflação (estagnação com inflação) e dificuldades de relacionamento com o Congresso formam o caldo de cultura para isso. Com um olho nas análises dos economistas e outro na própria base eleitoral, petistas e aliados insatisfeitos com Dilma não escondem que gostariam de ver o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como capitão do time e não à beira do gramado.
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A campanha à reeleição de Dilma Rousseff foi antecipada, porque a presidente da República solicitou ao seu padrinho político um pronunciamento público em favor da sua reeleição. Lula fez o dever de casa, mas, o que parecia uma estratégia correta para acabar com as especulações de sua volta ao poder, parece que virou um bumerangue. Por causa da situação da economia e do que parece ser uma estratégia de seus desafetos no Congresso para desgastá-la politicamente.
Simulações
Simulações feitas pelo Datafolha, em pesquisa realizada entre os dias 6 e 7 de junho, mostram que a presidente Dilma Rousseff (PT) seria eleita no primeiro turno, caso as eleições fossem hoje, com 51% de intenções de voto. Marina Silva (Rede Sustentabilidade) teria 16%; Aécio Neves, 14%; e Eduardo Campos, 6%. Sua vantagem em relação aos adversários caiu de 26 para 15 pontos
Plano B
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), caso fosse candidato, teria 55% dos votos, o que seria uma vitória mais tranquila. Nesse cenário, Marina Silva teria 15%; Aécio Neves, 13%; e Eduardo Campos, 5%. O resultado reforçou o coro dos que desejam a volta de Lula ao poder, inclusive no PT.
Tô fora
Foi mesmo para o espaço o sonho do marqueteiro João Santana (foto), que defende a candidatura do ex-presidente Lula ao governo de São Paulo. Embora seja o nome mais competitivo entre os candidatos do PT, com 26% de intenções de votos, Lula perderia a eleição para o governador Geraldo Alckmin (PSDB), que tem 42%. É mais fácil disputar a Presidência.
Credibilidade
O senador Cristovam Buarque (foto), do PDT-DF, só faltou pedir a demissão do ministro da Fazenda, Guido Mantega, e do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, por causa da alta da inflação. "Falta de credibilidade dos responsáveis pela política econômica brasileira", disse. Para ele, o governo errou nos pacotes de desoneração ao segurar artificialmente o preço dos combustíveis.
Memória
Bastidores da destituição do ex-presidente João Goulart em 1964 e outros episódios relevantes da nossa história política são revelados pelo ex-deputado federal Aníbal Teixeira, no livro Flautista do Rei (Editora Clio), que será lançado hoje, no Salão Verde da Câmara dos Deputados, às 17h.
Casa, comida e remédio//
O custo de vida em São Paulo subiu 0,61% em maio, o dobro da taxa registrada em abril, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Saúde (2,47%), habitação (0,92%) e alimentação (0,22%) puxaram a alta.
Mergulhou/ O presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda, mergulhou. Cancelou sua palestra sobre Tecnologia da Informação como Vetor Essencial para Enfrentar os novos Desafios do Setor Financeiro, prevista para hoje, na Febraban.
Sudeco/ Cerca de 30 mil pessoas já se inscreveram para o concurso da Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste, que se encerrarão no próximo dia 16. As provas serão aplicadas pela Fundação Professor Carlos Augusto Bittencourt, a Funcab. Das 100 vagas disponíveis, 29 serão para nível médio e as demais para nível superior.
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